Documento encaminhado pela Sociedade
Brasileira de Cancerologia ao Ministério da Saúde recomendava uso do
medicamento em caráter excepcional
Wilson Lima
Quando esteve à frente
do Ministério da Saúde, o
ex-ministro Luiz Henrique Mandetta [foto] ignorou uma manifestação da Sociedade
Brasileira de Cancerologia (SBC), uma das mais respeitadas entidades médicas do
país, com mais de 70 anos de atuação, em favor da utilização precoce da cloroquina
e da hidroxicloroquina em pacientes com os primeiros sintomas de
covid-19 no país.
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Foto: Marcos Corrêa/PR |
Em sua manifestação, a
Sociedade Brasileira de Cancerologia defendeu a ideia de que o medicamento
deveria ser ministrado em caráter emergencial em virtude da então “situação
crítica de pandemia COVID 19, da ausência de vacina e de tratamentos
disponíveis efetivamente satisfatórios”. […] “O protocolo de
tratamento monitorado da CQ/HCQ E AZITROMICINA é abrangente, eficaz, de baixo
custo com potencial de grande disponibilidade no mercado e com baixa incidência
de efeitos adversos”, defendia na época a Sociedade Brasileira de Cancerologia.
Mandetta ignorou documento
O documento é assinado pelo
presidente da entidade, Ricardo César Pinto Antunes. Para Antunes, existiam
protocolos favoráveis à adoção do medicamento até então. “O protocolo
terapêutico precoce está alinhado às melhores evidências científicas (ENSAIOS
CLÍNICOS) que se disponibilizam nesse momento emergencial da crise
epidemiológica, na manutenção da saúde dos cidadãos brasileiros e na manutenção
do equilíbrio dos sistemas de saúde públicos e privados”, defendeu a entidade.
A polêmica relacionada à
administração precoce da cloroquina foi responsável pela exoneração de dois
ministros: Mandetta e Nelson Teich. Nesse meio-tempo, os dois resistiram à
adoção da medicação. Depois da saída de ambos, o Ministério da Saúde adotou, em
maio, uma nova orientação, autorizando a administração da cloroquina a
pacientes que manifestem os primeiros sintomas da covid-19.
Confira a íntegra do documento
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