segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Sistema ineficaz, elenco limitado e peças abaixo: goleada acentua problemas do Vasco

O Vasco da Gama teve suas deficiências escancaradas na goleada sofrida para o Atlético-MG, e já ligou o sinal de alerta no Brasileiro.

Willams Meneses 

Foto: Rafael Ribeiro/Vasco

É uma segunda-feira (5) nada agradável para se falar de futebol para o vascaíno. Nenhuma surpresa diante da goleada sofrida pelo Vasco da Gama por 4×1 do Atlético-MG, no Mineirão, em partida válida pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Perder para o líder da competição na casa dele é algo visto como normal. Ainda mais se considerar as limitações do elenco vascaíno, e a qualidade e o conhecido sistema implacável implantado pelo técnico Jorge Sampaoli no Atlético-MG, que explora as fraquezas do adversário. 

O problema é o Vasco ter caído tão fácil na armadilha. A equipe tentou medir forças contra um adversário muito superior, tentando pressionar lá na frente e ainda buscando construir as jogadas na saída de bola da defesa ao ataque. Foi assim que saiu a maioria dos gols do Atlético-MG: na pressão desde a intermediária. 

É claro que se torna um jogo feio com chutões, mas é necessário em casos extremos. Do que adianta sair jogando se não tem uma equipe capaz de trocar três passes seguidos? Competente foi o adversário que interceptou grande partes das saídas de bola, construindo assim o seu resultado. 

“Bola pro mato que o jogo é de campeonato!”. Seria uma solução paliativa para os problemas mais profundos do Vasco. Não quer dizer que precise fazer isso sempre, mas, como já dito antes, existem situações que exigem medidas não tão agradáveis ao olhar técnico do futebol. 

Sistema com dois pontas não está funcionando, Ramon!

Já utilizado antes mesmo da chegada de Ramon Menezes, o esquema com dois pontas está sendo seguido pelo comandante. O problema é que o Vasco não tem jogadores que entreguem o que é necessário jogando assim, isso somado com a falta de apoio aos mesmos tanto das laterais quanto do meio de campo. Na maioria das vezes, Talles Magno e Vinícius, que costumam ocupar as pontas, ficam isolados e improdutivos. 

Peças abaixo da crítica e displicência de Carlinhos e Andrey

Na partida, notou-se jogadores extremamente abaixo do que podem entregar, mesmo com as limitações. Foi o caso justamente dos pontas Talles Magno e Vinícius, o segundo que, inclusive, foi substituído por Yago Pikachu ainda no primeiro tempo, que também não conseguiu fazer muita coisa. 

Outros casos de peças abaixo que é interessante destacar foram Andrey e Carlinhos. O primeiro tomou um cartão amarelo nos primeiros minutos, o que o deixou limitado na marcação do adversário, tentou saídas de bola equivocadas e ainda foi amarelado novamente e expulso no segundo tempo. O outro citado, cometeu uma série de displicências na marcação e acabou substituído por Marcos Júnior ainda na primeira etapa. 

Miranda jogado aos leões improvisado na lateral-direita

Uma medida tomada por Ramon Menezes para tentar parar o iluminado Keno na partida foi colocando Miranda, que é zagueiro, improvisado na lateral-direita. O garoto até conseguiu vencer algumas disputas, mas foi envolvido em boa parte do jogo pelo habilidoso e veloz atacante da equipe mineira. 

4×1 saiu barato para o Vasco!

Quem acompanhou toda a partida sabe de uma coisa: saiu barato para o Vasco. Apesar de já ter sido um placar elástico, ele foi construído antes mesmo dos 40 minutos do primeiro tempo e a equipe de Jorge Sampaoli seguiu pressionando. Se não fosse as finalizações erradas e a leve baixada no ritmo em meados do segundo tempo, poderia ter sido uma goleada muito maior.

O sinal de alerta já está ligado. Com o resultado, o Vasco caiu de quinto para a nona posição, e já começa a olhar mais para baixo do que para cima na tabela. O próximo desafio será na noite desta quarta-feira (07), às 19h15min, contra o Bahia, no estádio de Pituaçu. 

Título e Texto: Willams Meneses, Vasco Notícias, 5-10-2020

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