Esta semana vai ser fértil,
tal como a anterior, em doses de fel daqueles que, nos partidos e na imprensa
que os apoia e acolhe, estão contra o acordo sugerido pelo Presidente da
República, pressionando para que o mesmo não aconteça.
À cabeça o PC e o BE (o
partido melancia que esta semana vai propor uma moção de desconfiança ao
governo só tem existência teórica: é mais um dos artifícios hipócritas em que a
III republica é pródiga). De dentro do PS surge quem era previsível: Mário
Soares, Sócrates, Manuel Alegre, Ferro Rodrigues. A Ana Gomes ainda não falou (ou
eu não a ouvi).
Na imprensa, os do costume:
Nicolau Santos, os bloquistas comentadores, os comentadores com dor de
cotovelo, a tribo acéfala da má-língua que é uma forma da SICN dar voz à baixa
política sem escrúpulos, uns indígenas avulsos que confundem a Venezuela com a
democracia, e até o cinismo de Marcelo Rebelo de Sousa, que viu a realidade
ultrapassar a sua opinião sobre a mesma.
Entretanto, o país dos
eleitores não lhes liga nenhuma. A proposta do Presidente corresponde ao que há
muito é o sentimento de bom senso que atravessa transversalmente a sociedade
portuguesa. E os partidos democráticos perceberam isso. Vão negociar, vão
discutir, vão concordar, vão discordar, vão, enfim, fazer aquilo que é próprio
de uma democracia: defender as suas propostas políticas até chegarem a
conclusões em nome do bem comum.
Nem têm outro remédio. Os
juros dispararam para valores de dois anos atrás, temos dívidas a pagar e
compromissos a respeitar, negociar em acordo com as instituições europeias não
é a mesma coisa que querer renegociar a dizer que não pagamos, o investimento e
a criação de emprego só têm viabilidade se houver credibilidade internacional
aceite pelos nossos parceiros económicos.
A não ser assim, quem ganhar
as próximas eleições (presumivelmente o PS sem maioria absoluta) vai herdar o
caos em vez de uma plataforma que lhe garanta estabilidade governativa, baseada
em critérios fundamentais económicos e financeiros que defendam os interesses
nacionais e nos permitam continuar a ser um país europeu.
Título e Texto: Maurício Barra, no blogue “Forte Apache”,
15-7-2013
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