segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Civitas Cristiana na OSCE: intolerância e discriminação contra os defensores da família

Fernando Oliveira Diniz


Representando a organização holandesa Civitas Chistiana (TFP daquele país), o Sr. Daniel Martins [foto] fez incisivo discurso em defesa da família na 7ª Sessão de trabalhos da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), a qual tinha como tema a “Tolerância e não-discriminação”. Este congresso realizou-se em Varsóvia entre os dias 10 e 21 de setembro.

Perante os representantes de 57 países ali reunidos, entre os quais a União Europeia, Estados Unidos, Canadá, Rússia e Santa Sé, Daniel Martins denunciou as articulações internacionais para a promoção da chamada “Ideologia de Gênero” impingida pelo movimento LGBT, movimento este que “usa a tolerância e a diversidade como seu lema, mas são os mesmos a espalhar a intolerância e a discriminação”.

Único orador a ser advertido pela mesa diretora da OSCE sob a alegação de violar o princípio da “não-discriminação”, o Sr. Daniel Martins assinalou que em vários países a Ideologia de Gênero estava sendo ensinada para crianças de 6 anos sem o conhecimento de seus pais, enquanto o ensinamento dos princípios cristãos é frequentemente proibido.

Pelo alcance e repercussão desse pronunciamento, o transcrevemos a seguir em sua íntegra:

“A Fundação Civitas Christiana, como parte das associações em defesa da Tradição, Família e Propriedade, gostaria de contribuir para este debate: primeiro, com uma denúncia; segundo, com uma recomendação.

Há um movimento, composto de diversas associações espalhadas pelo mundo, que usa a tolerância e a diversidade como seu lema, mas que são os mesmos a espalhar a intolerância e a discriminação. É o movimento LGBT e sua Ideologia de Gênero.

Na Alemanha, vários pais já foram colocados na prisão porque seus filhos recusaram assistir a aulas de “educação” sexual e de gênero.

Nos EUA, está-se impondo banheiros transgênero nas escolas.

Em vários países, a Ideologia de Gênero está sendo ensinada para crianças de 6 anos, sem o conhecimento de seus pais, enquanto o ensinamento dos princípios cristãos é frequentemente proibido
.
O lobby LGBT também infiltrou a Igreja, e espalhou em seu seio uma aguda perseguição contra os fiéis que resistem.

Em vários outros países, como a Holanda, Argentina, Brasil, EUA, Suíça, nós pudemos documentar vários casos de crimes de ódio cometidos contra manifestantes pacíficos, tudo em nome da tolerância acima mencionada.

Todos os que se levantam contra tal imposição, especialmente em nome da Lei de Deus e da Lei Natural, estão enfrentando processos, estrondos publicitários e até interferência em suas carreiras.

Tal perseguição de âmbito mundial já havia sido denunciada por Plinio Corrêa de Oliveira, quem já em 1985 previu esta nova inquisição laica.

Em termos concretos, gostaríamos de respeitosamente pedir à OSCE que retire de suas publicações, algumas das quais se encontram no corredor adjacente, a terminologia imposta pelo movimento LGBT, como esta aqui (mostrar o folheto que diz “Igualdade de Gênero). Caso contrário, esse organismo estará, sabendo ou não, contribuindo para esta sutil, mas real imposição de uma minoria barulhenta sobre uma maioria silenciosa. Obrigado.”


Título, Imagem e Texto: Fernando Oliveira Diniz, ABIM, 23-9-2018

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