quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Daniel Bessa aplaude “círculo virtuoso” de financiamento da economia (portuguesa)


Lusa
O economista Daniel Bessa defendeu nesta terça-feira a opção do Governo de utilizar parte dos fundos de pensões da banca transferidos para o Estado para pagar dívidas a fornecedores, criando assim “um círculo virtuoso” de financiamento da economia.

“O Estado vai aproveitar o dinheiro que ficava parado para fazer uma operação de tesouraria para pagar dívidas, criando um círculo virtuoso, porque falamos de fornecedores do Ministério da Saúde, que provavelmente devem à banca. Assim, pagam à banca e ficará disponível para emprestar a outras empresas”, defendeu o director-geral da COTEC, à margem da cerimónia de encerramento do Movimento Milénio 2011, em Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, Daniel Bessa realçou que a opção do Governo para os dois mil milhões de euros de folga orçamental “é boa, embora não vá salvar o mundo”, lembrando que esse montante “vai ser necessário para pagar pensões, mas não agora”.

O economista sustentou que com esta medida “o Governo não vai mexer nem nas receitas nem na despesa”.
Sobre o futuro da União Europeia, Daniel Bessa defendeu que “as decisões não são simples nem fáceis de resolver”, considerando que seria bom que no próximo Conselho Europeu, que decorre na quinta e sexta-feira, fossem dados mais alguns passos.

“Devíamos pôr-nos de acordo, porque as decisões não são simples. Andamos a responsabilizar as pessoas nomeadamente a senhora Merkel e eu no lugar dela não faria melhor”, declarou.

O ex-ministro da Economia, no governo de António Guterres, considerou que “as agências de ‘rating’ não estão a ajudar muito”, referindo-se à decisão da Standard & Poor’s de colocar em “creditwatch negative” (perspectiva negativa) as avaliações de 15 países da Zona Euro, entre os quais a Alemanha.

“Esta ameaça é inimaginável. Se há activo que o mundo inteiro considera seguro é a dívida alemã. Tenho alguma dificuldade em perceber este activismo das agências de ‘rating’”, acrescentou.
Texto: Agência Lusa/Público, 07-12-2011
Grifos meus

Até eu que sempre fui um zero à esquerda em matemática e dois em economia percebi que se trata de uma operação de tesouraria, ou contábil. Não é receita, a dívida continua lá! Os compromissos financeiros do Estado para com os seus credores, para com os cidadãos, através das instituições, continuam lá, enormes!

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