sábado, 14 de janeiro de 2012

Continuaremos, sim!

Lícia Marques
Passeando no Facebook, assisti a esse vídeo, interessante porque mostra a apresentadora Neila Medeiros, do SBT Brasília, explicando o papel do jornalista e o dever de informar. Não a conheço pessoalmente, mas gostei muito, porque ela expressou o que todos nós sentimos perante declarações que remetem aos tempos da Censura.



Atualmente, com o Blog Boom – tema recentemente abordado aqui no Cão Que Fuma – o mundo lê, ouve e assiste a variadíssimas manifestações contra e a favor de qualquer assunto, o que é ótimo, embora muitas distorções acabem divulgadas por pessoas que não sabem distinguir censura de linha editorial, ou que insistem em repetir chavões totalmente anacrônicos; lembremos, portanto, de que quem garante a liberdade de Imprensa e de expressão (um direito humano inalienável; sua proteção, além de elemento essencial às sociedades democráticas, é o primeiro dever de um jornalista) no Brasil é a Constituição de 1988, também conhecida como “Constituição Cidadã”.
Graças a ela e ao trabalho de várias gerações de jornalistas, após 20 anos de Ditadura, houve a redemocratização que extinguiu a censura e garantiu o restabelecimento do pleno exercício da liberdade – de qualquer tipo – e assim a Imprensa (o que inclui uma modalidade até agora desconhecida: “Rádio Escrita”, citada pelo entrevistado) é alvo de críticas daqueles que “ouvem cantar o galo e não sabem onde”, e acusada de ser omissa perante determinados acontecimentos ou de “atrapalhar”, simplesmente por apurar os fatos.

Esse administrador, que se sente tão incomodado com isso, deveria contratar um Assessor de Imprensa para atender os repórteres e produtores de TV, Rádio, revistas, agências de notícias, jornais e, claro, internet... e finalmente ir trabalhar, porque as chuvas vão continuar até abril em toda a Região Centro-Oeste; sim, é verdade: se ele puser o resto da equipe da Administração para executar trabalhos preventivos durante a seca – asfaltar ruas e estradas, limpar bueiros e bocas-de-lobo e tapar buracos, por exemplo - haverá menos desperdício de dinheiro público, além de se evitar muitas tragédias durante todo o ano. 
Sim, nós, jornalistas, continuaremos eternamente a exercer a Liberdade de Imprensa, ou seja, na visão distorcida de alguns, "atrapalhar" qualquer pessoa física ou jurídica, instituição privada ou governo, que tente impedir que exerçamos o nosso sagrado dever de garantir à população o acesso às informações, a qualquer hora, não importa em quais lugares ou por piores que sejam as condições, ou seja, informar quem fez/faz/fará o quê, quando, como, onde e porquê. Tudo isso é inquestionável.
Claro, sempre haverá alguém contra, mas isso faz parte do processo democrático. Ossos do ofício – que, aliás, já foram muito mais duros de roer, justamente por falta de Liberdade.
Título e Texto: Lícia Marques 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-