Passeando no Facebook, assisti
a esse vídeo, interessante porque mostra a apresentadora Neila Medeiros, do SBT
Brasília, explicando o papel do jornalista e o dever de informar. Não a conheço
pessoalmente, mas gostei muito, porque ela expressou o que todos nós sentimos
perante declarações que remetem aos tempos da Censura.
Atualmente, com o Blog Boom –
tema recentemente abordado aqui no Cão Que Fuma – o mundo lê, ouve e
assiste a variadíssimas manifestações contra e a favor de qualquer assunto, o
que é ótimo, embora muitas distorções acabem divulgadas por pessoas que não
sabem distinguir censura de linha editorial, ou que insistem em repetir chavões
totalmente anacrônicos; lembremos, portanto, de que quem garante a liberdade de
Imprensa e de expressão (um direito humano inalienável; sua proteção, além de
elemento essencial às sociedades democráticas, é o primeiro dever de um
jornalista) no Brasil é a Constituição de 1988, também conhecida como
“Constituição Cidadã”.
Graças a ela e ao trabalho de várias
gerações de jornalistas, após 20 anos de Ditadura, houve a redemocratização que
extinguiu a censura e garantiu o restabelecimento do pleno exercício da
liberdade – de qualquer tipo – e assim a Imprensa (o que inclui uma modalidade
até agora desconhecida: “Rádio Escrita”, citada pelo entrevistado) é alvo de
críticas daqueles que “ouvem cantar o galo e não sabem onde”, e acusada de ser
omissa perante determinados acontecimentos ou de “atrapalhar”, simplesmente por
apurar os fatos.
Esse administrador, que se
sente tão incomodado com isso, deveria contratar um Assessor de Imprensa para
atender os repórteres e produtores de TV, Rádio, revistas, agências de
notícias, jornais e, claro, internet... e finalmente ir trabalhar, porque as chuvas vão
continuar até abril em toda a Região Centro-Oeste; sim, é verdade: se ele puser
o resto da equipe da Administração para executar trabalhos preventivos durante
a seca – asfaltar ruas e estradas, limpar bueiros e bocas-de-lobo e tapar
buracos, por exemplo - haverá menos desperdício de dinheiro público, além de se
evitar muitas tragédias durante todo o ano.
Sim, nós, jornalistas,
continuaremos eternamente a exercer a Liberdade de Imprensa, ou seja, na visão
distorcida de alguns, "atrapalhar" qualquer pessoa física ou
jurídica, instituição privada ou governo, que tente impedir que exerçamos o
nosso sagrado dever de garantir à população o acesso às informações, a qualquer
hora, não importa em quais lugares ou por piores que sejam as condições, ou
seja, informar quem fez/faz/fará o quê, quando, como, onde e porquê. Tudo isso
é inquestionável.
Claro, sempre haverá alguém
contra, mas isso faz parte do processo democrático. Ossos do ofício – que,
aliás, já foram muito mais duros de roer, justamente por falta de Liberdade.
Título e Texto: Lícia Marques
Título e Texto: Lícia Marques
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-