Álvaro P. de Cerqueira
Na minha opinião, o Sr. Pedro Porfírio, com pseudônimo
"Spit" (cuspir, em inglês) é mais um socialista nesta RD. Ele não se declara socialista, mas é claramente um socialista
estatizante disfarçado (já que não o diz), que chamo pelo nome genérico de comunista, ou melancia, fruta de casca verde e polpa vermelha.
Como tenho dito aqui, empresas estatais (vale
repetir sempre) ainda mais monopolistas, são concentração de poder político e
econômico (e vasta corrupção) nas mãos de governantes de plantão e as
respectivas burocracias, que no desgoverno petralha aparelharam amplamente o
Estado, o que transformou o Brasil numa república comuno-sindicalista, acalentado sonho de Brizolla (aliás
citado aqui por Porfírio) e seu cunhado, o ex-presidente João Goulart, cujo
desgoverno subverteu a ordem hierárquica da Marinha para tentar dar um golpe e
implantar a tal república comuno-sindicalista em que estamos hoje.
Como escutei no México o prêmio Nobel de Economia
Milton Friedman dizer na TV, referindo-se à estatal monopolista Pemex, "No
monopólio, o produtor é o senhor e o consumidor, o escravo." Definição
perfeita. Desde que foi criada, a Petrossauro explorou barbaramente o povo
brasileiro, pois sempre cobrou cerca do dobro ou mais dos preços internacionais
dos derivados de petróleo que vende. Sempre com custos elevados, por ser vasto
cabide de empregos, pagando salários e benefícios aos empregados muito acima do
mercado. E fazendo sempre doações extra ilegais ao Petros, fundo de pensão dos
empregados da estatal, cuja corrupta administração sempre fez aplicações temerárias
em bolsa ou outras, com prejuízo do fundo e enriquecimento fraudulento dos seus
administradores.
E só pode fazer isso por ser monopolista, não tendo
que concorrer com outras empresas no mercado. Além de ter o incrível privilégio
de não pagar imposto de renda, pelo menos até poucos anos atrás. Além, ainda,
de escamotear sistematicamente os resultados para pagar menos impostos e
dividendos ao Tesouro e aos sócios privados. Logo, o slogan dos
nacionalistas vesgos "o petróleo é nosso" é falso. O petróleo brasileiro
é e sempre foi dos petroleiros da Petrossauro, dos sindicalistas da CUT e dos
polítiqueiros que os manobram.
FHC é neoliberal?
É um redondo engano pensar que o melancia FHC (comuna de carteirinha) é neoliberal. Ele só privatizou
estatais porque precisou de muito dinheiro para rolar a vasta dívida pública
que encontrou ao se eleger presidente da República. Isso porque não quis fazer
as reformas de que o Brasil tanto precisa, há décadas. Eleito com grande cacife
de votos, inclusive pelo mérito do sucesso do Plano Real que debelou a
inflação, FHC tinha poderes para realizar as reformas política, a
fiscal-tributária e da previdência social, desburocratização, a
desregulamentação do mercado e outras.
Só que tais reformas mexeriam em casas de
marimbondo, que são os fortes interesses corporativos dos poderosos grupos de
pressão política desta infeliz República, nos três poderes, especialmente o
Judiciário e o Legislativo. E se tentasse fazer as reformas, não conseguiria os
votos (que aliás comprou a peso de ouro) no Congresso para conseguir aquilo que
era a maior ambição de FHC: a emenda constitucional da reeleição presidencial.
Fundos de pensão das estatais
Esta aberração da existência de fundos de pensão
trilionários, de corruptíssima administração sindicalista, só existe porque o
Brasil tem montes de empresas estatais. Os melancias, como Pedro Porfírio e tantos outros que pululam
neta RD, seguidores de nefastos caudilhos populistas (a escória do segmento
letrado da sociedade brasileira) dizem que as estatais são "patrimônio
nacional". Este é um grande mito, descarada mentira. Onde já se viu
patrimônio (do povo) que o explora selvagemente em lugar de beneficiá-lo? Esse
suposto "patrimônio" só beneficia os politiqueiros, os sindicalistas
e a vasta burocracia nele empregada.
O povo, na verdade, paga a brutal conta dos lucros e
perdas das estatais. Elas só apresentam resultado contábil (lucro) quando são
monopolistas, pois cobram caro ao povo pelo produtos e serviços que lhe vendem.
Quando não são monopolistas, são consumidoras de impostos, pois o governo lhes
cobre os usuais e regulares prejuízos contábeis com dinheiro dos impostos, que
assim deixam de ser empregados em benefício do povo. E os muitos melancias, assim como os poucos comunas declarados dizem que as estatais são "patrimônio nacional"
para defender os próprios interesses, já que em geral são empregados públicos
diretos ou terceirizados, ou ligados a empresas privadas protegidas pelo
guarda-chuva estatal, no velho mercantilismo nacional, desde a descoberta em
1500.
A privataria tucana
Portanto, privatizar todas as estatais, inclusive
bancos, é o que há de trazer mais benefício ao povo. Empresas privadas que
cocorrem no mercado sem favores estatais são sujeitas à falência e não dão
prejuízo ao povo. Ao contrário, pagam impostos que o beneficiam. Só existe
corrupção no processo de privatização pela própria natureza corrupta das
estatais, inclusive seus fundos de pensão trilionários. Mas há outro problema
envolvido nisso. Os melancias e comunas, em geral, pensam, equivocadamente, que o cálculo do preço de
venda de uma empresa se baseia no valor do seu patrimônio físico. Errado, ele
se baseia na projeção do lucro provável futuro, descontado em valor presente. É
por isso que eles dizem que as empresas privatizadas foram doadas a preço de
banana. E o dizem por ignorância (a maioria) ou má fé.
Eu próprio examinei o portfólio de privatização da
Açominas, arrematada pelo Grupo Gerdau, que continha uma enorme relação de bens
e terrenos que nada tinham a ver com as necessidades operacionais da empresa.
Por exemplo, havia um monte de caros tornos Romi comprados na Itália, que a
empresa siderúrgica jamais usaria. Só foram comprados, assim como inúmeros
outros itens inúteis à empresa, porque rendiam boas comissões, ou grossas
propinas, aos compradores e/ou diretores.
CSN - Companhia Siderúrgica Nacional
O melancia Pedro Porfírio citou no texto abaixo a privatização
da CSN, estatal criada pelo caudilho populista Getúlio Vargas, entre outras
nefastas iniciativas, como a CLT e a (in)Justiça do Trabalho. Até ser
privatizada, ou seja, durante mais de meio século, a famigerada CSN deu
centenas de bilhões de prejuízo contábil pago com os impostos do povo
brasileiro, pois além de ser um vasto cabide de empregos, era administrada por
"paraquedistas", como o saudoso prof. Eugênio Gudin denominava os
dirigentes de empresas estatais, nomeados por indicação política e não por seus
méritos e experiência profissionais. A maioria nunca pagou duplicata com
dinheiro do próprio bolso e tomava decisões administrativas e comerciais
temerárias e ruinosas para as empresas, muitas vezes por imposição política
superior.
Aguardo comentários. Obrigado.
Título e Texto: Álvaro Pedreira
de Cerqueira, 03-01-2012
Edição: JP
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