segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Evolucionistas X Criacionistas

Plínio Sgarbi
O grande número de escolas norte-americanas que excluíram de seus currículos o ensino do darwinismo são Escolas Cristãs. Em 2009, o Colégio Presbiteriano Mackenzie, de São Paulo, trocou os livros convencionais de ciências do ensino fundamental I por apostilas traduzidas da Associação Internacional das Escolas Cristãs nos Estados Unidos. Com o novo material didático, até a 4ª série os alunos da instituição aprendem apenas a versão criacionista do mundo e da vida. Da 5ª série em diante, Darwin entra em cena. O evolucionismo passa a fazer parte das aulas de biologia, mas informa-se aos alunos que, entre as duas teorias, a escola prefere aquela amparada na Bíblia. "Não viramos criacionistas do dia para a noite. Nossa escola tem 138 anos, e durante todo esse tempo fomos criacionistas", disse a professora Débora Muniz, diretora do Colégio Presbiteriano Mackenzie. Íntegra aqui.

Quando Charles Darwin (anglicano agnóstico) e Alfred Wallace (teísta, espiritualista) publicaram em 1858 a teoria da evolução das espécies por seleção natural, surgiram controvérsias nos meios científicos e religiosos clamando incompatibilidade entre a concepção abraâmica de criação com evolução. Nessa época evangelistas como Henry Drummond e o botanico Asa Gray defenderam a compatibilidade teológica e científica entre criação e evolução, principalmente porque a teoria de Darwin clamava uma origem comum do ser humano, enquanto alguns cientistas como Samuel George Morton e Louis Agassiz defendiam a poligênese e diferentes espécies humanas (baseados em racismo e a fim de justificar escravidão e colonialismo). 

Muitas das ideias de Darwin são vistas como corretas. Algumas foram refinadas ou alargadas. Outras foram completamente recusadas. A teoria evolucionista se desenvolveu muito desde o tempo de Darwin, surgindo até um evolucionismo teísta, uma idéia filosófica que busca conciliar a ideia de Deus e a teoria da evolução.

A evolução teísta considera que Deus põe em movimento processos evolucionistas cegos, estes processos, uma vez em movimento, são suficientes para explicar as características que se observa nos organismos. O evolucionismo ateu nega que exista um Deus, mas fora isso concorda com o evolucionismo teísta em que os processos evolucionistas são responsáveis pelo que vemos nos organismos. O criacionismo discorda tanto do evolucionismo teísta como do evolucionismo ateu. O criacionismo sustenta que Deus põe em movimento processos evolucionistas cegos que também intervém periodicamente nestes processos cegos, fazendo o trabalho que os processos naturais são inerentemente incapazes de fazer.

A razão está é que os criacionistas produziram histórias detalhadas que não suportam um escrutínio científico. Por exemplo, os "criacionistas da Terra nova", sustentam que a Terra tem apenas seis mil anos de idade. Esta alegação entra em conflito com uma variedade de descobertas científicas muito sólidas da geologia e da física.
Título e Texto: Plínio Sgarbi, 06-02-2012

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2 comentários:

  1. Prefiro ficar com Gregório de Nissa, Agostinho de Hipona, C.S.Lewis e Francis Collins. A história do Gênesis é evidentemente alegórica e, portanto, deve ser interpretada como tal.

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  2. Que legal, Vitor! Você fica com o Quarteto Fantástico, incluindo "O Senhor dos Anéis". Concordo: a Bíblia INTEIRA é uma alegoria de carnaval. E deve ser tratada como tal.

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