quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Ouro Australiano: a Habitabilidade

Melbourne, foto: Getty Images

Francisco Vianna
Após um desempenho desapontador nas Olimpíadas de Londres, a Austrália deve ser saudada por uma série de triunfos num ambiente mais desafiador: o mais recente ranque de habitabilidade (urbanidade) da Unidade de Inteligência da revista inglesa “The Economist”. Pelo segundo ano seguido, a cidade de Melbourne foi considerada a cidade melhor habitável do mundo, adiante de Viena, na Áustria, e Vancouver, no Canadá, cuja escorregada do topo da lista no ano passado, após quase uma década, irritou muitos canadenses do oeste. Três outras cidades australianas se situam entre as dez primeiras, com Adelaide subindo do nono para o quinto lugar em 12 meses.
O ranque acima citado gradua 140 cidades com notas que variam de zero a 100 em 30 fatores distribuídos em cinco áreas: estabilidade, assistência médico-hospitalar e saúde pública, cultura e ambiente, educação, e infraestrutura. Estes números são então avaliados, comparados e combinados para produzir um panorama geral. As cidades que se situam no topo da tabela são separadas por pequeninas diferenças, com cerca de até 0,3 pontos percentuais entre a primeira e a quarta.
Como parece estar claro, já por diversos anos agora, as cidades que estão melhores colocadas neste ranque são conurbações de porte médio em países com baixa densidade populacional. Tais condições resultam provavelmente em baixa incidência de crimes, de infraestrutura funcionante e de atividades recreativas facilmente disponíveis. Os índices de assassinato em Melbourne, Viena e Vancouver, por exemplo, foram, respectivamente de 2.7, 1.1 e 2.5 por 100 mil pessoas em 2010/11, comparados com a média nos EUA de 4,8. De fato, as cidades americanas tender a não se sair bem como as australianas e canadenses por causa dos pobres escores quanto ao crime e a congestão negada por seus índices em queda com relação à cultura. Honolulu, que é a 26a da lista, é a melhor colocada, embora deva se notar que todas as cidades americanas consideradas estão entre as primeiras 63 cidades da lista, para a qual os gerentes do ranque são aconselhados a não se incomodarem em pagar um subsídio a dificuldades.
Cidades que sofreram agitação no último ano tiveram queda em suas pontuações. Damasco caiu do 117º para o 130º lugar; Londres e Manchester, locais de tumultos no último verão, caíram nove e dois lugares, respectivamente, para 51º e 55º lugar. Dhaka permanece em último lugar por causa de notas especialmente ruins para a assistência médico-hospitalar e saúde pública e para infraestrutura, apesar de provavelmente se situarem acima de Bagdá e de Cabul, que não foram consideradas centros de negócios.

Cidades mais habitáveis do mundo:  
1. Melbourne, 97,5
2. Viena, 97,4
3. Vancouver, 97,3
4. Toronto 97,2
5. Calgary 96,6
5. Adelaide, 96,6
7. Sidnei, 96,1
8. Helsinki, 96,0
9. Perth, 95,9
10. Auckland, 95,7...
 ...
138. Lagos, 39,0
139. Port Moresby, 38,9
140. Dhaka, 38, 7

Título e Tradução: Francisco Vianna, 15-8-2012

Comentário de Otacílio M. Guimarães:
Eu leio o The Economist sempre, e ultimamente o que este jornal tem publicado sobre o Brasil é desanimador. A Austrália, ao contrário, é uma imensa ilha de prosperidade, bem estar, paz e qualidade de vida. É interessante notar o ranking abaixo:
Cidades mais habitáveis: 1. Melbourne, 97,5; 2. Viena, 97,4; 3. Vancouver, 97,3; 4. Toronto, 97,2; 5. Calgary, 96,5; 6. Adelaide, 96,6; 7. Sydney, 96,1; 8. Helsinki, 96,0; 9. Perth, 95,9; 10. Auckland, 95.7; ...; 138. Lagos, 39,0; 139. Port Moresby, 38,9; 140. Dhaka, 38,7.
Quatro cidades australianas estão entre as 10 de melhor habitabilidade (urbanidade) do mundo. Melbourne vem em primeiro lugar, Adelaide em quinto, Sydney em sétimo e Perth em nono. Não há segredo nisto. O segredo está no ‘pedigree’ do povo que habita este país. É um povo intolerante com a corrupção, com a criminalidade, com a preguiça, com a malandragem e com todos os defeitos que caracterizam o povo brasileiro.
Aqui não tem “jeitinho”, não. E ninguém conhece a “lei do Gerson”. O negócio aqui é estudar muito, trabalhar muito, se divertir muito, e viver muito bem.
Pobreza aqui somente entre os aborígenes, pois são preguiçosos e gostam de beber muito. Mas nem todos são assim. Muitos hoje são ricos e cultos. Um dos meus melhores colaboradores é um aborígene cujos três filhos estão cursando a Universidade de Darwin e este ano um se forma em medicina.
Não é só isto. Em todos os lugares por onde já andei, até nos pequenos povoados, a qualidade de vida é muito boa. Darwin é uma cidade com apenas 125 mil habitantes, mas tem uma excelente qualidade de vida. Alice Springs, no coração do deserto, com apenas 25 mil habitantes, atrai turistas do mundo inteiro e ostenta também uma excelente qualidade de vida. Veja este vídeo:

             
Viajar de carro pela Austrália é uma experiência maravilhosa. As estradas são excelentes e seguras, as paisagens magníficas. Veja neste vídeo:


Bem, no final do vídeo, os caras foram por aquela estrada porque quiseram (risos).
Viajando pela Austrália você se depara com coisas assim:


Agora conheça um pouco de Darwin e seus arredores, a minha cidade (espero que Katherine não fique com ciúmes):


Este vídeo dá uma ideia melhor da cidade de Darwin:


Sabe, amigo, é muito bom viver num ambiente sem pobreza visível, sem miséria e ao lado de pessoas que pensam a vida como uma experiência única e fascinante que deve ser aproveitada da melhor maneira possível. O povo australiano é alegre e expansivo, ávido por conhecimentos. O sistema de ensino neste país é um dos melhores do mundo e 99% dos jovens têm acesso a ele. Quando não podem pagar (aqui também tem pobres), pois o ensino universitário é pago, existe um sistema de bolsas custeadas pelo governo que permite a todos cursar uma universidade.
É claro que, como em todas as sociedades humanas, existem problemas, como a criminalidade, as drogas e o alcoolismo. Mas estes problemas estão restritos a uma pequena parcela da população e o governo está sempre atuando no sentido de controlar e diminuir. E a própria sociedade colabora no sentido de extirpar estes problemas.
Enfim, ainda não é uma sociedade perfeita, mas é a melhor que eu conheci. E eu amo a Austrália.
Grande abraço,
Otacílio Guimarães, 15-8-2012

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