quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Bandeira da dignidade a meio pau

Imagem: Ed Ferreira/Agência Estado
Valmir Fonseca Azevedo
A decisão do TJ de São Paulo ao negar o recurso da denúncia contra o Cel. Ustra e reconhecê-lo como torturador está sendo comemorada como uma estupenda vitória.

Pobres militares que apenas sentem comiseração pelo “pobre coitado”, e se limitam a pensar no “azar” do Coronel, sumariamente tachado de “um dos mais notórios assassinos da ditadura militar”.
Lastimáveis ingênuos.

À época, qualquer militar de reconhecida capacidade profissional poderia ser convidado ou escolhido para a difícil missão de fazer parte ou compor um órgão voltado para o combate ao crime, à subversão, à quebra da lei e da ordem.

Era uma árdua missão. Não ganhavam mais pelas noites insones, pelas horas extras, nem havia a perspectiva de uma promoção, de ocupar algum cargo público de destaque ou bem remunerado. Era apenas uma difícil, pesada e extremamente responsável missão.

Todos que aceitaram a árdua tarefa estavam convictos de que se empenhariam por um Brasil melhor, e que empregariam os seus esforços para coibir as ações dos inimigos do Estado brasileiro.
Desventurados, quem mandou que fossem profissionais dedicados?

Hoje, os ataques ao Cel. Ustra são exacerbados, são como uma avalanche de acusações, um conluio de grandes proporções, um dilúvio de injustiças, de maquiavélicas dimensões, contudo, muitos militares, cegamente, acreditam que o alvo é o cidadão Ustra. Pobres tolos.

Ao que parece os canalhas já sabiam de decisão do TJ, tanto que logo após inundaram a internet com um cartaz com a foto do Coronel com destaque para a torpe acusação de torturador.

Patrocinam o vil ataque e assumem os custos do virulento cartaz, o Comitê Paulista pela Memória, Verdade e Justiça, a CUT, a OAB de São Paulo e diversos grupos e sindicatos, enfim uma turba disposta a banquetear – se num festim diabólico em honra à injustiça.

É, meus amigos, quis o destino que por várias razões não fôssemos convidados para trabalhar em órgãos de repressão aos subversivos, alguns assaltantes, sequestradores e terroristas.

Se tivéssemos, temos a certeza de que precisaríamos ser tão fortes, tão nobres em nossos sentimentos para suportar como a família Ustra tantas lutas, tantas infâmias.

Coronel Ustra, foto: Agência Estado
Sim, que desta triste estória, aprendamos com o Cel. Ustra a ter dignidade, a ter fé, a acreditar em nossa justiça, pois somente um grande homem mantém a fronte erguida, diante de tamanha perseguição, de tanto revanchismo e de tantas calúnias.

Ao tripudiarem sobre o cidadão, enxovalham a sua profissão, a sua Instituição, aos amigos que o conhecem e respeitam, mas os tolos não enxergam, e se contentam em lamentar pesarosos, “pobre Ustra”.

Há muito, lemos que a honra seria como um cálice de cristal, que qualquer sopro deixaria anuviado, neste caso, a escória não se limita a enodoar o cálice, ela cospe nele.
Título e Texto: Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Brasília, DF, 14 de agosto de 2012


O erro maior dos militares que lideraram o movimento anticomunista de 1964 foi não terem agido como os comunistas agiriam se tivessem sido os vencedores. Nesta hipótese, além da tortura, os muros dos quartéis teriam sido utilizados para os fuzilamentos em massa de todos os “inimigos do regime”. Não foi assim na Rússia quando da revolução bolchevique de 1917? Não foi assim nos países satélites dominados após a 2ª guerra mundial pelos soviéticos? Não foi assim em Cuba após a vitória de Fidel Castro em 1959? Não foi assim na China de Mao Tse Tung após a vitória sobre Chiang Kai Chek?

Revoluções, amigo, não são movimentos para cavalheiros, e sim, para sanguinários com objetivos bem definidos de domínio e de poder. Os chefes militares que deflagraram o movimento anticomunista de 1964 eram cavalheiros cujo único objetivo era defender a pátria da infâmia da dominação comunista comandada pela União Soviética. Não eram assassinos como Stalin ou Fidel Castro. Eram apenas cavalheiros patriotas formados numa escola onde os infames que hoje tentam se vingar dos seus remanescentes jamais frequentaram. Os infames que hoje tentam se vingar do que sobrou daquele grupo de cavalheiros patriotas foram formados na escola da corrupção, da mentira, da infâmia e da mais descarada imoralidade como está a atestar o julgamento que hoje se desenrola no Supremo Tribunal Federal de uma quadrilha de ladrões dos cofres públicos que ficou conhecida como os mensaleiros. Não existe nada que denigra mais a reputação de um país como este julgamento. Num país decente, jamais um julgamento como este aconteceria.

O objetivo maior desse rebotalho humano que pretende se vingar dos defensores da democracia contra a tirania é simplesmente desmoralizar as forças armadas brasileiras e depois eliminá-las, substituindo-as por milícias como o MST & Congênres. Já conseguiram, é bom que se diga, pois um militar que se preza jamais prestaria continência para uma ex-terrorista. Preferiria morrer a se submeter a tal humilhação. 

O que me causa espanto e decepção não é a submissão dos “homens” de farda que hoje integram as desmoralizadas forças armadas brasileiras, mas sim, a indiferença patética da sociedade civil composta pelos homens que detêm o poder econômico e o saber cultural. Ora, em qualquer sociedade do mundo atual o sustentáculo do poder econômico e da cultura de uma nação repousa em suas forças armadas. Se estas não detêm o poder de defender a economia, a cultura, as tradições e o território pátrio, este país não existe mais como nação, mas apenas como campo exploratório de outras nações. E foi nisto em que o Brasil se transformou: um ótimo lugar para estrangeiros ganharem muito dinheiro enquanto o seu povo está cada vez mais se tornando prostituto do capital internacional.

A ironia maior é que quem defende no Brasil o capital internacional que o domina, são as forças armadas dos países que detêm este capital. Mexam ai com a Ford, com a GM, com a Fiat, com a Kellogs, com a Nestlé e vejam no que vai dar. 

A verdade nua e crua, amigo Moletta, é que o Brasil nada mais é do que um domínio do capital estrangeiro posto que não tem dinheiro e muito menos homens com dinheiro e valor moral. A maior empresa brasileira que atua no melhor ramo de negócios do mundo, a Petrobrás, está à beira da falência. E este é o resultado do cavalheirismo dos homens que fizeram o movimento anticomunista de 1964. 

Lamento muito pelo Cel. Brilhante Ustra, que admiro muito como homem e militar. Ele apenas cumpriu missões e ordens. Nunca torturou ninguém. 

Se quiser vir criar bodes comigo, na Austrália, um país de homens livres e decentes, terei muito prazer em recebê-lo. 
Otacílio Guimarães, 15-8-2012

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