Sábado
… o mundo é muito simples: de um lado estão os bons – os regimes políticos que foram apoiados pela antiga União Soviética; do outro lado estão os maus – aqueles que combatem esses regimes. O problema é que entre os regimes políticos apoiados pela antiga União Soviética estão gloriosos exemplos humanitários como a Coreia do Norte, a China ou a Síria. Num texto publicado no Avante! da semana passada, o PCP retrata a guerra na Síria como o conflito entre os “terroristas” e as “forças regulares da Síria”. Explica que o exército de Assad está a “libertar os bairros ocupados” pelos “terroristas” e “as forças regulares sírias”. Explica que o exército de Assad está a ”libertar os bairros ocupados” pelos “terroristas” e que as “chacinas de civis por parte das forças leais ao Presidente”, que têm sido noticiadas em todo o mundo, são encenadas.
… o mundo é muito simples: de um lado estão os bons – os regimes políticos que foram apoiados pela antiga União Soviética; do outro lado estão os maus – aqueles que combatem esses regimes. O problema é que entre os regimes políticos apoiados pela antiga União Soviética estão gloriosos exemplos humanitários como a Coreia do Norte, a China ou a Síria. Num texto publicado no Avante! da semana passada, o PCP retrata a guerra na Síria como o conflito entre os “terroristas” e as “forças regulares da Síria”. Explica que o exército de Assad está a “libertar os bairros ocupados” pelos “terroristas” e “as forças regulares sírias”. Explica que o exército de Assad está a ”libertar os bairros ocupados” pelos “terroristas” e que as “chacinas de civis por parte das forças leais ao Presidente”, que têm sido noticiadas em todo o mundo, são encenadas.
Mas entre o mundo do PCP e a realidade surgem
vários obstáculos e alguns relatórios de entidades independentes. Por exemplo,
sobre os “terroristas”, a Human Rights Watch documentou, em janeiro deste ano, que se tratava
de “pessoas desarmadas que não representavam qualquer ameaça letal” e, das
poucas vezes que esses “terroristas” recorriam à força, estavam apenas a
responder a ataques das tropas e da polícia política sírias.
Sobre as “encenações” relatadas no mundo do PCP,
um relatório recente da Onu diz que o exército sírio prendeu nos últimos meses
milhares de crianças a partir dos 9 anos, que foram depois “espancadas”,
“vendadas”, “chicoteadas com cabos elétricos” e, num caso seguramente encenado
também, “submetidas a choques elétricos nas partes genitais”.
É claro que no mundo do Partido Comunista
Português nada disto interessa: lá não há organizações humanitárias
independentes.
Editorial da revista Sábado, nº 432, de 09 a 15 de
agosto de 2012.
Digitação: JP
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