terça-feira, 4 de setembro de 2012

O drama dos países não alinhados (com quem?)

Uma cúpula servil
Os ‘NOAL’ emergiram como um terceiro polo, mas não têm tido sucessos eloquentes e só servem de farsa para ditaduras.
Beatriz W. de Rittigstein
 
Como o Irã se fechou para o mundo e pediu apoio de um grupo de países que nunca conseguiu atingir nenhum de seus objetivos, a não ser de espalhar suas mentiras sobre o socialis
Há alguns dias, levou-se a cabo em Teerã, a XVI Cúpula do Movimento de Países Não Alinhados (com os EUA, certamente), a qual foi aproveitada pelos cabeças do regime teocrático islamofacista do Irã para procurar legitimar seu poder, ao pedir apoio contra as sanções internacionais que a ONU lhe está impondo.
Na década de 1960, a Guerra Fria gerou o aparecimento dos NOAL (Non ALigned), fundado por Gamal Abdel Nasser, Jawaharlal Nehru e Josip Broz Tito, dirigentes então respectivamente do Egito, Índia e Iugoslávia. Essa conjuntura especial desapareceu do cenário global e nestes tempos, após anos do desmembramento da antiga URSS e a independência de seus satélites, um bloco desta natureza perdeu sua razão de ser. Nos dias de hoje, os NOAL deveriam se constituir num polo de influência que se esforçasse em conseguir um tratamento melhor por parte dos países industrializados com o fim de alcançarem um crescimento econômico em benefício de seus povos.
Os NOAL emergiram, de fato, como um terceiro polo, mas desde a sua criação não conseguiram progressos econômicos eloquentes, pois, na verdade, nunca cumpriram com tal premissa de integridade de objetivo. E agora tampouco conseguem estabelecer uma mudança real, adaptando seus objetivos às exigências das circunstâncias contemporâneas, com o propósito único de simplesmente subsistirem.
A reunião em Teerã desacreditou o movimento, uma vez que serviu de muletas para um regime cuja legitimidade está em dúvida plena até no seio emudecido do povo persa, que é reprimido e torturado, cujos algozes pretendem enganar o mundo sobre seu programa nuclear e sobre a promoção do governo iraniano ao terrorismo internacional.
Lamentavelmente, ao invés de dedicar aos sérios problemas comuns que os agoniam e buscar soluções conjuntas, este foro não tem mostrado um vigor vital, e continua sendo um grupo propício a atitudes belicistas, violentas e demagogas.
Texto: Beatriz W. de Rittigstein, EL UNIVERSAL, terça-feira, 4 de setembro de 2012
Tradução de Francisco Vianna

Próxima reunião dessa "CÚPULA": CARACAS - VENEZUELA
(Não preciso explicar mais nada, preciso?!)

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