segunda-feira, 14 de julho de 2014

Maquiavel e o Aerus

José Manuel
O parágrafo abaixo não é de minha autoria. É de Reinaldo Azevedo, publicado na Veja online, (e também aqui no blogue), mas sintetiza tudo o que venho dizendo sobre nós, do fundo de pensão AERUS, construirmos uma estrutura tal em que possamos não só combater, mas enfrentar à altura este governo que aí está, cada vez menos preocupado com os aposentados e muitíssimo menos conosco.

"É evidente que é bom uma equipe contar com Cristiano Ronaldo, com Lionel Messi, com Neymar Jr. Quem não quer? Mas, só com eles, não se vence uma Copa do Mundo. Sem organização, disciplina e planejamento, o talento se dissipa e tudo termina no ralo. Com organização, disciplina e planejamento, consegue-se tudo: até talentos."

Já estamos muito atrasados e a consequência imediata desse nosso atraso, foi a perda de colegas que poderiam estar ainda conosco. A lição é amarga, mas como nunca é tarde para se tomar um posicionamento, o momento é para avaliarmos qual a melhor rota a ser seguida.
A diáspora a que nos relegamos é a causa segunda de tão longo sofrimento a que estamos sendo sujeitos.
Nós não vamos conseguir nunca, estando separados por convicções, nem tampouco necessitamos de líderes e as suas coroas de louros.

Parece que ninguém do nosso imenso público AERUS consegue entender a máxima de Maquiavel que viveu entre 1469 e 1527 com a famosa frase "dividir para governar". Isto é o que todos os fracos governos mais desejam para se manter no poder, ou para não se responsabilizarem por seus atos.
E esse é o nosso maior erro, ocasionando uma profunda divisão entre os participantes, que procuram líderes salvadores ou pseudo organizações que os levem ao nirvana.

Isso definitivamente não existe e o futebol, nesta copa que se encerra agora, veio para nos mostrar essa realidade. A vitória da Alemanha, principalmente com a sua trajetória aqui no Brasil, é um presente de Deus, ao país e a todos aqueles que teimam em andar na contramão da história.
Não adianta fazer tentativas "solo" ou querer continuar a repetir outras tentativas que não tiveram êxito no passado. O presente é o presente, e o futuro só se alcança com organização, disciplina e planejamento.

O mais interessante em toda a nossa história, é que possuímos o órgão vital, para um enfrentamento à altura, mas não o prestigiamos. Existem em nosso meio pessoas altamente qualificadas para tomar o rumo certo, mas não as celebramos, ao contrário, prescindimos de suas presenças e preferimos aferir vitórias a pessoas que sequer pertenceram aos nossos quadros.
Será que não é hora de nos posicionarmos de vez e tomar a rota certa, chamando todos à luta comum, ou vamos continuar fazendo o jogo do governo e dar continuidade a este sofrimento?

A Aprus, simpatizem ou não, é esse órgão vital de que dispomos e com a autoridade para tal. É claro e como não poderia deixar de ser neste momento amargo por que passamos, passa também por dificuldades e aos "trancos e barrancos" vai executando o que pode. Temos que prestigiar esse órgão com as nossas mensalidades, com as nossas doações, para que ele tenha oxigênio suficiente para trabalhar e chamar aqueles que também queiram à responsabilidade de traçar os planos dentro de uma rota viável e responsável para com os seus associados.

Quem sabe, a partir de agora que perdemos no futebol, mas através dessa derrota tiramos exemplos excelentes de eficiência, consigamos nos espelhar neles para achar definitivamente o nosso caminho.
Eu, em particular, não conheço outra maneira de reavermos os nossos direitos conquistados
Título e Texto: José Manuel, ex-tripulante VARIG, 14-07-2014

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