terça-feira, 19 de agosto de 2014

As bancarrotas que empobrecem o país

Luis Moreira
Em 40 anos já vamos em três (3) bancarrotas, coisa única nos países europeus. Este facto devía-nos fazer pensar que algo está muito mal no modelo social-económico-político que construímos. Não sou dos que pensam que estes 40 anos foram anos perdidos. Bem pelo contrário. Portugal é um país de sucesso, basta comparar com o "antes". Deixamos de ser um país pobre, com gente analfabeta e com um milhão de emigrantes só nos "bidonvilles" na periferia de Paris o que, fazia desta cidade, a segunda com mais portugueses depois de Lisboa.

Mas há quem não queira ver que o modelo não só não chega aos 10% mais pobres como soçobra ciclicamente. Que é a forma mais eficaz de empobrecer. O melhor exemplo, ou um dos bons exemplos pode ser este. Quando em 1983 o FMI foi chamado, o "buraco" a tratar representava 5% do PIB de então. Agora, em 2011, o buraco a tratar representava 50% do PIB. Dez vezes mais. Isto mostra que o país não aprendeu nada com as experiências anteriores. A situação actual é o resultado de uma total irresponsabilidade de muitos que trataram o país "como se não houvesse amanhã".

Fogem das contas como o diabo da cruz. Durante três anos não apresentaram proposta nenhuma credível. Continuam impávidos a defenderem que a solução está no crescimento da economia. Como se o crescimento da economia, que não cresceu nos últimos 15 anos, vá agora, por milagre, começar a crescer já amanhã. Porque é para amanhã que o país precisa que cresça.

O que se passa com a sempre desautorizada reforma da Segurança Social é outro exemplo do que pensa a desvairada gente.
Título e Texto: Luis Moreira, Banda Larga, 19-08-2014

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