sábado, 16 de agosto de 2014

Empresa argentina quebra e é acusada de “terrorismo” por Cristina Kirchner, já em estilo Dona Doida

Luciano Henrique

Na Argentina dos dias de hoje, quem espirrar ou bocejar enquanto acompanha o telejornal corre o risco de perder mais uma oportunidade de ver Cristina Kirchner acusar os outros de suas culpas nos problemas econômicos do país. A atuação política dela hoje se resume a esse tipo de transferência de culpa e nada mais. A bola da vez é a gráfica Donelly, acusada por Cristina de fazer terrorismo apenas por ter decidido fechar as portas:

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou que irá aplicar uma lei antiterrorismo do país contra uma empresa que encerrou as atividades. O governo denunciou a gráfica Donelly, que fechou as portas nessa semana e demitiu 400 pessoas, de ter quebrado não por razões financeiras, mas para gerar temor.

“Quando começamos a indagar qual era a situação patrimonial da empresa e era boa. Não tinha dívidas com o fisco, mas pediu a quebra na sexta (8). Na segunda (11) sai o auto da quebra. Quebra express”, ironizou.

Ela afirmou que no mesmo dia, o fundo BlackRock, que é dono de parte da Donelly, fez uma apresentação à SEC (órgão da comissão de valores mobiliários dos EUA) na qual afirmou que solicitou a quebra “devido a condições insustentáveis na Argentina”.

Segundo Cristina, o fisco afirma que não havia crise na empresa, que houve uma troca de diretores há 30 dias e que isso indicava uma preparação. Segundo ela, o BlackRock comprou as ações da Donelly de um outro fundo: o NML, com o qual o país está em litígio.

Antes, a presidente havia citado uma nota do outro fundo com o qual o país briga na Justiça dos EUA, o Aurelius.

Ela lembrou que o texto terminava dizendo que, para a Argentina, o pior está por vir. “Eu gostaria de saber o que seria isso. Essa é uma ameaça a todos os argentinos e deveríamos nos dar conta disso. Coincidentemente, apesar de eu não acreditar em coincidências, houve a história de uma empresa que colocou 400 trabalhadores na rua. Querem semear o pânico com fechamento de fábricas”, afirmou.

Cristina realmente abandonou seus últimos lapsos de sanidade. Ou está se fingindo de maluca. Na cabeça desvairada dessa senhora, uma empresa decide encerrar suas atividades não por estar em situação difícil (ou mesmo ter perdido o interesse pelo negócio), mas para “gerar temor”. Devem ser as tais empresas suicidas…

Esses socialistas realmente não são capazes de perceber o quanto são indignos quando agem assim. Cristina, como governante socialista, jamais foi capaz de gerar qualquer tipo de valor para seu país. Ao contrário: essa gente sempre destrói valor. Mas em relação a uma empresa que empregou gente por muito tempo, gerando valor (não só em empregos, mas na entrega de produtos e serviços a preços razoáveis), impõe-se o rótulo de “terroristas”.

Bem, pelo menos a gráfica Donnelly não vivia de mamar nas tetas do estado. De qualquer forma, os donos de qualquer empresa empregadora de mão de obra (mas qualquer empresa mesmo) estão em um patamar superior a qualquer governante socialista. Chega a ser trash vê-la falar com tanto despeito de pessoas que fizeram o que ela jamais tem a capacidade/motivação para fazer. É como o caso de uma tartaruga reclamando da velocidade de um coelho.

No caso de países socialistas da América Latina, as empresas tendem a quebrar ou abandonam seus negócios, transferindo-os para países não-bolivarianos. Claro que eles optarão por territórios mais civilizados. Investir na América Latina atualmente está se tornando burrice.

Como não admitem que alguém viva fora de suas regras, líderes socialistas começam a se revoltar, mas a atitude voluntária de uma empresa em fechar suas portas ou expandir seus negócios se classifica como uma ação do livre mercado. Para resolver esse “problema”, só se Cristina resolver escravizar seus empresários, assim como Cuba faz com seus médicos.
Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 16-08-2014

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