segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Waldo Deveza: "Hoje somos o que fomos no passado"

Waldo Deveza
Li com a máxima atenção o texto de Jonathas Filho e discordo do colega.
O Jonathas colocou em seu texto que, diferentemente de funções e até nacionalidades, constituímos no passado uma grande e extraordinária família e que a mesma apenas se desuniu com a quebra  da Varig. Sei não!... como diriam os nossos irmãos do nordeste. Penso que NUNCA houve "a tal" união e isso eu vi de perto, nos quase trinta anos em que trabalhei aqui em São Paulo.


Nunca observei um clima de fraternidade, fora exceções, não só nesta base, como também no relacionamento  entre as demais bases.

Observo que apesar de a pioneira ter nascido no Sul deste país, com o  tempo, devido ao próprio crescimento, fez com que outras bases surgissem e devido a uma questão geográfica com relação ao resto do planeta, se tornou necessário a migração da administração geral e de outros setores da empresa, para o RIO, SAO e Exterior, à revelia de outras vontades territorialistas.  Porém, devido à incapacidade de ter havido uma vontade maior, disciplinadora, em determinar o que cada base faria dentro de uma só Varig e não diversas, aí o que aconteceu foi que começaram os conflitos, onde mais observei a prepotência, a vaidade e interesses particulares e/ou de grupos prevalecendo e  enfim, tudo aquilo que viria a colaborar, para o que posteriormente aconteceu nos idos dos anos 90 até  o final, em 2006, principalmente.

Em duas oportunidades, num passado recente, quando já havia "aquele clima" entre nós para a solução do nosso grave problema, eu escrevi a respeito, dizendo que havíamos "transferido" o clima variguiano para "dentro" do nosso problema e ninguém se manifestou.

O colega observa em seu relato sobre a falta de harmonia que tomou conta, mesmo tendo como pano de fundo,  o  nosso infortúnio,  infortúnio  esse que sinceramente eu tenho lá as minhas dúvidas da sua extensão. 
Inclusive o colega cita, aonde estão as mentes brilhantes, que possam trabalhar para a solução do problema AERUS! Realmente, me perdoem a falta de modéstia,  pois sendo eu um dos poucos que ainda escreve, isso de acordo com um outro texto lido, me considero uma mente brilhante (KKKK) e isso por quê? 

Porque sem ser o Nostradamus, infelizmente acertei na mosca em relação ao que sofreríamos ao acreditar que "tudo" seria resolvido facilmente, que o governo, que não é dono do dinheiro abriria os cofres e isso, principalmente após a entrevista do Dr. Jenkil à Rádio Guaíba em 2006 e que ninguém levou a sério, nem mesmo o SNA e aliados. Foi aquele o momento chave para mim em que deixei de ser o otimista sonhador e passei a lamentar sobre o que nos esperava.

Nos últimos tempos, tenho apregoado que deveríamos enviar o nosso caso à OEA, ONU,   principalmente nos baseando no Estatuto dos Idosos (isso de acordo com duas consultas feitas sem compromisso a advogados conhecidos), mas, parece  tudo dificil e quase impossível e isso ficou bem claro na reunião que  tivemos em SAO, quando o  advogado do escritório de Castagna Maia nos disse que ainda não era o momento; que medidas ainda deveriam ser tomadas para aí sim... foi quando eu disse que quando  isso  ocorresse  não haveria mais necessidade, porque  estaríamos todos mortos.

Isso me faz pensar no caso de um de nós ter um problema grave de saúde e, diante da dúvida médica, ficar à mercê dela e não procurar um outro profissional para um novo diagnóstico, isso até mesmo  diante de um exame realizado,  porém duvidoso no resultado.

Observo, a quem interessar possa, que não fui eu quem inventou essa questão da OEA e/ou ONU, mas o próprio Maia em duas ou três reuniões que foram feitas em SAO e, assim sendo, o que se  pensar?  Por outro lado, na minha visão, devemos ficar sujeitos apenas às negociações desenvolvidas pelo SNA e aliados? 

Será que não cabe se pensar em outra possibilidade legal, numa nova tentativa de  alavancar  uma  solução como, por exemplo, uma medida cautelar contra os nossos malditos genocidas? Até que ponto o  Desembargador Moreira Alves está acima da Constituição Brasileira, não observando, como outros, prazos para a  devolução de processos?

Lembram-se do Sr. Joaquim Barbosa que graças ao bom Deus está fora do STF e espero da vida política nacional e, da própria Ministra Cármen Lúcia, do quanto tempo levaram para dar os pareceres? Isso não é crime?

Encerro este meu manifesto, apenas informando ao colega Jonathas que na minha visão – que é diferente da dele – que hoje, somos o que no passado já fomos e, se assim não fosse, tenho a plena certeza de  que a VARIG ainda estaria voando por esse mundo afora e não teríamos o problema que hoje temos, a morte de 1 050 colegas até o dia 26 passado (acredito que a maior parte do Plano 1) – dados da reunião em SAO.
Até mais.
Título e Texto: Waldo Deveza, 04-08-2014

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