Li com a máxima atenção o texto de Jonathas Filho e discordo do colega.
O Jonathas colocou em seu
texto que, diferentemente de funções e até nacionalidades, constituímos no passado uma
grande e extraordinária família e que a mesma apenas se desuniu com a quebra
da Varig. Sei não!... como diriam os nossos irmãos do nordeste.
Penso que NUNCA houve "a tal" união e isso eu vi de
perto, nos quase trinta anos em que trabalhei aqui em São Paulo.
Nunca observei um clima
de fraternidade, fora exceções, não só nesta base, como também no
relacionamento entre as demais bases.
Observo que apesar de a
pioneira ter nascido no Sul deste país, com o tempo, devido ao
próprio crescimento, fez com que outras bases surgissem e devido a uma questão
geográfica com relação ao resto do planeta, se tornou necessário a
migração da administração geral e de outros setores da empresa, para o
RIO, SAO e Exterior, à revelia de outras vontades territorialistas. Porém,
devido à incapacidade de ter havido uma vontade maior, disciplinadora, em
determinar o que cada base faria dentro de uma só Varig e não diversas, aí
o que aconteceu foi que começaram os conflitos, onde mais observei
a prepotência, a vaidade e interesses particulares e/ou de grupos
prevalecendo e enfim, tudo aquilo que viria a colaborar, para o que
posteriormente aconteceu nos idos dos anos 90 até o final, em 2006,
principalmente.
Em duas oportunidades, num
passado recente, quando já havia "aquele clima" entre nós
para a solução do nosso grave problema, eu escrevi a respeito,
dizendo que havíamos "transferido" o clima variguiano para "dentro" do
nosso problema e ninguém se manifestou.
O colega observa em seu relato
sobre a falta de harmonia que tomou conta, mesmo tendo como pano de
fundo, o nosso infortúnio, infortúnio esse que sinceramente
eu tenho lá as minhas dúvidas da sua extensão.
Inclusive o colega cita, aonde
estão as mentes brilhantes, que possam trabalhar para a solução do problema
AERUS! Realmente, me perdoem a falta de modéstia, pois
sendo eu um dos poucos que ainda escreve, isso de acordo com um outro texto lido, me considero uma mente brilhante (KKKK) e isso por
quê?
Porque sem ser o Nostradamus,
infelizmente acertei na mosca em relação ao que sofreríamos ao acreditar que "tudo" seria
resolvido facilmente, que o governo, que não é dono do dinheiro abriria os
cofres e isso, principalmente após a entrevista do Dr. Jenkil à
Rádio Guaíba em 2006 e que ninguém levou a sério, nem mesmo o SNA e
aliados. Foi aquele o momento chave para mim em que deixei de ser o
otimista sonhador e passei a lamentar sobre o que nos esperava.
Nos últimos tempos, tenho
apregoado que deveríamos enviar o nosso caso à OEA, ONU,
principalmente nos baseando no Estatuto dos Idosos (isso de acordo
com duas consultas feitas sem compromisso a advogados conhecidos), mas, parece
tudo dificil e quase impossível e isso ficou bem claro na reunião
que tivemos em SAO, quando o advogado do escritório de
Castagna Maia nos disse que ainda não era o momento; que medidas
ainda deveriam ser tomadas para aí sim... foi quando eu disse que quando
isso ocorresse não haveria mais necessidade, porque
estaríamos todos mortos.
Isso me faz pensar no caso de
um de nós ter um problema grave de saúde e, diante da dúvida médica, ficar à
mercê dela e não procurar um outro profissional para um novo diagnóstico, isso
até mesmo diante de um exame realizado, porém duvidoso no
resultado.
Observo, a quem interessar
possa, que não fui eu quem inventou essa questão da OEA e/ou ONU, mas o próprio
Maia em duas ou três reuniões que foram feitas em SAO e, assim sendo, o que se
pensar? Por outro lado, na minha visão, devemos ficar sujeitos
apenas às negociações desenvolvidas pelo SNA e aliados?
Será que não cabe se pensar em
outra possibilidade legal, numa nova tentativa de alavancar uma
solução como, por exemplo, uma medida cautelar contra os nossos
malditos genocidas? Até que ponto o Desembargador Moreira Alves está
acima da Constituição Brasileira, não observando, como outros, prazos para
a devolução de processos?
Lembram-se do Sr. Joaquim
Barbosa que graças ao bom Deus está fora do STF e espero da vida política
nacional e, da própria Ministra Cármen Lúcia, do quanto tempo levaram para
dar os pareceres? Isso não é crime?
Encerro este meu manifesto,
apenas informando ao colega Jonathas que na minha visão – que é
diferente da dele – que hoje, somos o que no passado já
fomos e, se assim não fosse, tenho a plena certeza de que a
VARIG ainda estaria voando por esse mundo afora e não teríamos o problema que
hoje temos, a morte de 1 050 colegas até o dia 26 passado (acredito
que a maior parte do Plano 1) – dados da reunião em SAO.
Até mais.
Título e Texto: Waldo Deveza, 04-08-2014
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