A imprensa brasileira adorava
comparar os números dos protestos que pediam o impeachment de Dilma Rousseff
com manifestações históricas ou mesmo com atos anteriores. O motivo era muito
claro: provar que o movimento perdia força, ou não deveria ser levado tão a
sério. Quando o alvo virou o governo Temer, contudo, os jornalistas deixaram de
lado o antigo hábito. Por quê?
Na semana anterior, os jornais
divulgaram os números das pessoas menos confiáveis: os próprios organizadores
dos atos. Segundo eles, cem mil ocuparam a avenida Paulista contra o
impeachment de Dilma Rousseff. Quanto à PM ou o Datafolha, simplesmente não
publicaram seus cálculos.
Uma semana depois, os
organizadores juraram que colocaram 60 mil petistas no mesmo endereço. Mas
dessa vez a PM fez a conta: 8 mil. Sim, só 8 mil.
Para se ter uma noção, em 13
de março de 2016, segundo a mesma PM, nada menos do que 1,4 milhão de
brasileiros lotaram a Paulista e suas vias paralelas contra Dilma Rousseff.
Trata-se de um número 175 vezes maior.
Por que a imprensa não está
destacando isso?
Título, Imagem e Texto: Implicante,
12-9-2016
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