Aparecido Raimundo de Souza

Jornalista: O que o senhor, como cidadão brasileiro, teria a dizer
sobre essa declaração dos direitos humanos?
Zé Povinho: Muito e ao mesmo tempo nada. Todas as pessoas, meu caro
jornalista, nascem livres e iguais em dignidade e direitos, mas não sei porque
cargas d’água agem em relação às outras com o espírito de porco. Elas sempre
deixam prevalecer aquele velho e batido jargão “quem puder mais, chora menos” e
fim de papo. Essa tem sido, até agora, a fórmula que o povo encontrou para
sobreviver, seja aqui ou em qualquer outro lugar do mundo.
Jornalista: O senhor concorda que toda pessoa tem capacidade para
gozar seus direitos como está posto no artigo 2º?
Zé Povinho: Não, não concordo.
Acho que toda pessoa tem capacidade para gozar seus direitos e liberdade
sem distinção de raça, cor, sexo, língua, olho, braço, perna, religião, opinião
política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento,
ou qualquer condição, só que por algum motivo, não, desfruta, não usufrui.
Ao invés disso, é ridicularizado e achincalhado. No meu entender, isso
que o senhor perguntou não se aplica a todo mundo. Só a banda rica tira
proveito. A parte podre, estragada, ou
toda pessoa sem posses, meu senhor, principalmente aquela sem nenhuma condição
de sobrevivência, eu diria que nasceu guindada a tomar no olho do cu,
sempre. Desculpe pelo palavrão, é o que
penso.
Jornalista: Quanto a isso, não se preocupe. fique a cavalheiro. Passemos
ao parágrafo 3º, direito e liberdade?
Zé Povinho: Está escrito bem bonitinho, bem certinho, que todos têm
direito à vida e a liberdade. No contragolpe, também à insegurança pessoal.
Aliás, o que prevalece é exatamente isso, a insegurança pessoal. A maioria dos
bem nascidos é unânime em afirmar que seria bom que morresse pelo menos uma
dezena de depauperados por dia, o que evidentemente faria com que sobrasse mais
direito à vida e a liberdade para que os poderosos de terninhos de grife
pudessem circular com mais pompa e sossego. O Bruno Júlio, secretário de
Juventude do Temer, vomitou nas redes sociais que deveria haver uma chacina por
semana. Está lembrado disso? Pois então.
O pobre, meu caro jornalista, só tem um futuro assegurado: morrer. Bater com
“as doze”. Somente dessa maneira infame, o fodido, o pé rapado, conseguirá
desfrutar de cuidados rápidos, isso porque, ninguém em são consciência de seu
nariz, quer um corpo fedendo pelos cantos, à solta, ou à espera de um buraco
para ser enterrado.
Jornalista: Ao artigo 4º, o que o senhor acrescentaria?
Zé Povinho: Esse artigo é bem claro ao sinalizar que ninguém será
mantido em escravidão ou servidão. Eu acrescentaria o seguinte: ninguém será
mantido em escravidão, a não ser para o pleno gozo dos pilantras que nos
representam no Congresso Nacional e na Câmara Federal. Somos, pois, capachos
dessa corja de safados, e, como tal nos submetemos e nos subjugamos à pecha da
servidão e da própria estupidez que criamos para nós. Tudo é muito específico
no papel. Na prática, ocorre exatamente o oposto. Sem contar que a maioria
dessas cabeças de vento nunca ouviu falar em escravidão. Servidão, então...
duvido que um filho de Deus lhe defina consistentemente o sentido da palavra.
Jornalista: Com relação ao artigo 5º, qual seria seu raciocínio?
Zé Povinho: De novo aquela conversa mole de que ninguém será
submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Todavia, os grandalhões que estão no poder podem enfiar uma pica bem grande em
nossa bundinha na hora que bem entenderem. Quer tortura maior que essa? E o que
podemos contra gângsteres poderosos? Nada. A não ser colocarmos o rabinho entre
as pernas e obedecer. No Brasil, desde os tempos de Dom Pedro, não se manda, se
obedece.
Jornalista: Fale do artigo 6º, por favor.
Zé Povinho: Está escrito que toda a pessoa tem o direito de ser, em
todos os lugares, reconhecida, e eu diria, reconhecida como palhaça perante a
lei, observando que seria de bom alvitre colocar nas costas dessa pessoa uma
placa com aquele brasão bonito da república seguida da seguinte frase: “SOU UM
BABACA VIVENDO NUM PAÍS DE FILHOS DA PUTA!”.
Jornalista: O senhor então não concorda com o princípio de que
todos são iguais perante a lei?
Zé Povinho: Amigo, na verdade, todos são desiguais perante a lei e
com direito a desigual proteção dela. Trocado em miúdos: escreveu não leu, o
sistema vem e mete a lei nos costados dos filhos da mãe mostrando logo àqueles
que se insuflam, que se amotinam, quem verdadeiramente dá as cartas neste
paizinho de porcos.
Jornalista: Comente, por favor, o direito dos tribunais e a
violação dos direitos fundamentais.
Zé Povinho: Bem, eu penso assim. Todos têm direito a receber dos
tribunais nacionais solução efetiva contra as violações dos seus direitos
fundamentais, entre eles, o de pleitearem uma indenização por acidente aéreo,
por exemplo. Contudo, aqui no Brasil, nunca vi ninguém receber porra nenhuma
por ter tido seus direitos profanados. O que chega ao meu conhecimento é,
evidentemente, uma corrida literalmente desigual depois que as famílias
enterram seus entes queridos. Elas carecem o tempo todo provar estarem seus
parentes queridos purgando as almas nas ruas escuras do purgatório. (Risos).
Jornalista: Com relação a alguém ser preso, detido, ou exilado?
Zé Povinho: Vou resumir numa frase corriqueira: ninguém será
injustamente preso, detido ou exilado, a não ser que seja pobre fodido e preto.
Jornalista: Acesso a tribunal independente e imparcial, o que o
senhor teria a dizer?
Zé Povinho: Amigo, isso me
faz rir. Essa história de que todos têm direito, em plena igualdade, ao acesso
a tribunal independente e imparcial, para que os juízes, promotores, decidam
sobre seus direitos e deveres, ou sobre qualquer acusação criminal, é pura conversa
pra boi dormir.
Na realidade, o que ocorre é
que o tal tribunal só funciona se o sujeito (entenda aqui “sujeito” como aquele
pobre, tipo o Tião Pica Mole), estuprar um deputado, ou um senador ou comer com
farinha, a boceta de uma representante de qualquer desses partidos políticos
que ajudamos a sustentar. Aí ele terá um excelente tribunal para enfiá-lo numa
das celas do Complexo da Papuda. Ao contrário, se ele tiver condições, se for
bem dotado de bolso, possuir posses,
fará a mesma coisa que o Tião Pica Mole.
Entretanto, contará com todas
as falcatruas regaliadas ao alcance das mãos. Não é do seu tempo, mas
continuamos iguais aquele sabonete antigo, o “Vale quanto pesa”. A marca não
existe mais, todavia, o que perpetuou sua fama, se mantém inalterado até nossos
dias.
Jornalista: O senhor concorda que toda pessoa acusada de delito tem
direito a ser considerada inocente até que a culpa seja efetivamene comprovada?
Zé Povinho: Olha, jornalista, eu concordo com a sua pergunta, e
discordo do que realmente ocorre na realidade. No papel impresso, é tudo muito
perfeito e correto, porém, sempre haverá um “porém” atrapalhando. Assim, por causa dessa palavrinha
despretensiosa, toda pessoa acusada de delito tem direito de ser considerada
culpada, até que a inocência seja comprovada, observando sempre o princípio da
autonomia do peso do recheio da carteira ou o “quantum” disponível na conta
bancária do cidadão. Se a acusação for criminal, esse infeliz deverá ter grana
suficiente para “molhar” as mãos dos advogados, promotores e juízes. Dessa
forma garantirá uma sentença favorável da qual não precisará vir a apelar
depois. Se a carteira não falar a língua conhecida desses homens... não há como
tirar a cabeça da guilhotina. Somos de maneiras diferentes réplicas de
fornicados e teimosos Tiradentes. Cada um com um dilema no embornal para se
livrar do sisudo carrasco.
Jornalista: Como o senhor vê as interferências?
Zé Povinho: Vejo igualmente de um modo bem simples. Aliás, meu
prezado, em tudo procuro ser descomplicado. Ninguém será interferido ou estará
sujeito a interferências na sua vida privada (mesmo se não estiver sentado num
vaso cagando). De igual modo, na sua família, no seu lar, ou na sua
correspondência, nem a ataques à sua honra e reputação. Salvo se esse alguém
for ou tiver parentesco com o saudoso Bin Laden ou conhecer algum Manoel Fedido
no Estado Islâmico. Por falar nisso, sinto uma pequena interferência
interferindo em nossa entrevista.
Jornalista: Fale alguma coisa sobre a liberdade de locomoção?
Zé Povinho: Outro ponto confusamente difuso. Todos têm direito à
liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado e o
direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar, mesmo
que essa volta seja disfarçada de defunto fresco.
Jornalista: E quanto à vítima de perseguição?
Zé Povinho: Toda pessoa vítima de perseguição tem o direito de
procurar e de gozar asilo em outros países, ainda que esta perseguição seja
pelo simples fato de, indevidamente, o infeliz ter espalhado que o Brasil é uma
caixa preta ou um tremendo de um saco de putos, e, de lambuja, gritar aos
quatro cantos que seus governantes não passam de um bando de vermes os mais
peçonhentos possíveis.
Jornalista: Como o senhor descreveria a questão nacionalidade?
Zé Povinho: Primeiro, não deveria ser uma questão, mas um direito.
Concorda? Pois bem. Partindo desse ponto, como o escriba colocou, toda pessoa
tem direito a uma nacionalidade. Ninguém será arbitrariamente privado da sua
nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade. Mais outra pergunta
que ficará sem uma resposta à altura. Existe nacionalidade? A única
nacionalidade que tenho conhecimento, e acredito piamente ser a mais plausível
é, sem dúvida alguma, aquela que dá acesso a qualquer país. Essa, meu amigo
jornalista, é a nacionalidade de “FALECIDO”.
Jornalista: Vamos falar da família. Como o senhor descreveria a
família dentro dos direitos humanos?
Zé Povinho: Não tenho como descrever por duas razões óbvias.
Primeiro, a família não existe para os direitos humanos. Segundo, os direitos
humanos não existem para a família.
Prevalece, se muito, uma meia dúzia de gatos pingados. Os homens e mulheres de maior idade, sem
restrições de raça, nacionalidade ou região, têm o direito de casar e formar
uma família. Têm direitos iguais em relação ao casamento, sua duração e
dissolução. A família tem direito à proteção da sociedade e do Estado,
observando, sociedade de hipócritas e Estado interessante. Entre A sociedade e
o Estado existe um paralelo, qual seja a sociedade dos comedores de criancinhas
(Mais risos).
Jornalista: Se é assim, o direito de propriedade, como ficaria? Ou
na sua concepção, não ficaria?
Zé Povinho: Não ficaria. Todos têm direito à propriedade, só ou em
sociedade com outro. É o que diz o texto. Na praticidade, meu nobre jornalista,
ninguém será arbitrariamente privado da sua propriedade, a não ser que ele
deixe de pagar o IPTU. Não pagou o IPTU, tomou no pescoço em francês.
Jornalista: E a liberdade de pensamento?
Zé Povinho: Outra balela. Outra farsa. Todos têm direito à
liberdade de pensamento, consciência e religião e o direito de mudar de
religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença. Na
minha santa burrice, isso só é válido para quem tem sangue subversivo, dois
colhões no lugar do escroto e não receie encarar os cachorrinhos fardados da
tropa de choque. O resto, amado, o resto, é resto.
Jornalista: Fale da liberdade de expressão?
Zé Povinho: Claro. Todos têm direito à liberdade de opinião e
expressão, incluindo a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de
transmitir informações independentes de fronteiras. Isto quer dizer que todos
podem mandar como eu vou mandar agora, se me permite, a galera da polícia
civil, da polícia militar, da polícia federal, com todas as suas “operações de
nomes garbosos” para a puta que pariu. Ai vai.
Atenção Pessoal de todas as
Polícias. Quero que todos vocês, sem exceção, vão para a casa do caralho. A
isso, meu amigo jornalista, eu chamaria de liberdade de expressão. E cá entre
nós, que expressão? Hoje mesmo, como deve ser do seu conhecimento, ouvi no meu
radinho que o TSE determinou a retirada do comentário de Arnaldo Jabor do site
da CBN, a pedido de um vagabundo e mentiroso que a nação inteira teima em
chamar de ex-presidente e todos se curvam diante dele, como se fosse um Deus.
Segundo esse pústula desgraçado, o velho Jabor teria ferido, com seu artigo, a
boa e límpida imagem desse ladrão do povo. Em conclusão, meu caro jornalista, liberdade
de expressão neste país de safados e malfeitores, se traduz por Liberdade de
Livre Censura à Imprensa. Ou se o amigo quiser mudar para mordaça... fique à
vontade... Dentro de pouco tempo, escreve aí o que estou lhe dizendo, não
iremos longe os jornalistas escreverão artigos que nunca serão publicados.
Jornalista: O senhor aplicaria o mesmo esquema para a liberdade de
reunião?
Zé Povinho: Não. É certo que todos teríamos, em tese, o direito à
liberdade de reunião e associação pacificas. Todavia, nesse Brasil de filhos da
puta, ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação, a não ser que
seja da associação dos bunda moles, ou, daquela corriola em que os caras se
encontram, dispostos a dar o troco, mas, com medo de represálias, acabam
puxando a cordinha da descarga e mandando suas ideias avassaladoras pelos ares,
quando o certo, o correto, seria explodir Brasília com toda a sua corja de
malandros e apaniguados.
Jornalista: O artigo 21º trata da grande massa em poder tomar parte
do governo de seu país. O senhor pensa assim... ou?
Zé Povinho: Batemos sempre na mesma tecla. Todos têm direito de
tomar parte no governo de seu país diretamente ou por representantes livremente
escolhidos. Todos têm igual direito de acesso ao serviço público do seu país,
mesmo que ele não exista. Porém, a vontade do povo, expressa por meio do voto
secreto e livre (quanto mais secreto e livre, melhor), será a base da
autoridade para o governo mostrar à ralé miúda, quem manda é ele, quem dá as
ordens é ele, e que a merda do voto livre, não serve para porra nenhuma. Nem
pra limpar a bunda.
Jornalista: Segurança social existe?
Zé Povinho: Só no papel. Talvez nem aí. Toda pessoa tem direito a
segurança social e à realização dos seus direitos econômicos, sociais e
culturais e ao livre desenvolvimento de sua personalidade, mas só nos livros. Qualquer
do povo pode mostrar, logo de cara, a sua personalidade para ser comandado e
provar que basta ser convocado que representará bem o papel. O papel da eterna
vaquinha de presépio, logicamente.
Jornalista: Trabalho e livre escolha do emprego?
Zé Povinho: Outro embuste. Outra enganação. Ninguém tem direito ao
trabalho, à livre escolha do emprego, a condições justas de trabalho, à
proteção contra o desemprego e direito a igual remuneração por igual trabalho.
Acredite. Difícil é alguém, em sã consciência, achar um trabalho digno,
condições justas de trabalho, proteção contra o desemprego e direito a igual
remuneração por igual trabalho. Todos precisam lembrar que neste país só existe
dignidade para os que detêm as rédeas do poder. O resto, jornalista, é a
escória, a plebe, o povão sofrido se fodendo.
Jornalista: O problema do repouso como fica?
Zé Povinho: Não fica. Todos têm direito ao repouso e ao lazer,
inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas
periódicas. Isso está em algum código.
Não sei em qual, mas está. Mas veja bem: só está.
Jornalista: Padrão de vida, saúde, bem-estar?...
Zé Povinho: O início é sempre o mesmo. Todos têm direito a um
padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar,
inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos, amparo no
desemprego, doença, invalidez, viuvez ou velhice. Todos têm direito? Por certo.
Porém, me responda o senhor: qual o filho da puta que teve coragem de escrever
essa porra? Será que ele conseguiu desfrutar de tudo isso? Tenho cá minhas
dúvidas.
Jornalista: E a questão da instrução?
Zé Povinho: Como as outras coisas, todos têm direito a instrução.
Concorda? Pois eu não. O que diz a lei? A instrução pelo menos aquela considerada
elementar, será obrigatória e a técnico-profissional será acessível a todos,
bem como a instrução superior, baseada no mérito. (Risos) Entenda-se aqui
mérito por QI, cuja tradução é simples: “Quem Indicar”.
Jornalista: Participar de comunidades, artes, etc?
Zé Povinho: Repetindo de novo. Todos têm o direito de participar
livremente da vida cultural da comunidade, de fluir as artes e de participar do
processo científico e de fluir com seus benefícios. Certo? Negativo! Fluir,
aqui, se traduz e me corrija se eu estiver errado. Fluir literalmente falando é
se escafeder no ar. Puff!... como um peido aprisionado.
Jornalista: Discorra sobre a ordem social, e os direitos à
liberdade como está posto no artigo 28º?
Zé Povinho: Utopia. Todos têm direito sim, mas a uma desordem
social e internacional em que os direitos e liberdades contidos nessa
declaração possam ser plenamente tolhidos. Se alguém chiar, ou der contra,
cadeia e fim de papo.
Jornalista: Qual sua visão dos deveres para com a comunidade?
Zé Povinho: Repetindo o bordão. Toda pessoa tem deveres para com a
comunidade. Mas a pergunta é: toda comunidade tem deveres para com as
pessoas? No exercício de seus direitos e
liberdade, toda pessoa estará sujeita apenas às limitações determinadas pela
lei, ou seja, o exercício de seus direitos nada mais é que um punhado de
limitações que impedirá qualquer cristo a dar um passo em falso, ou estará no
mato sem cachorro, e, pior, com as sanções da lei prontas para serem enfiadas
com força, no meio de seu rabicó. Bem lá dentro do olho do cu, com todas as
letras.
Jornalista: No geral, para terminar, como o senhor descreveria a
declaração dos direitos humanos?
Zé Povinho: Não descreveria, porque na verdade, ela não existe. É uma
merda elevada ao quadrado. Mesmo que você abrisse todas as pedras do tabuleiro.
Esse tabuleiro não emana de vida própria. A Declaração, portanto, nasceu morta.
Nenhuma das disposições dessa declaração pode ser interpretada como o
reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer
qualquer atividade ou praticar ato destinado à destruição de quaisquer direito
e liberdade ali estabelecidos. Em linhas gerais, meu amigo jornalista, TUDO O
QUE ESCREVERAM NESSAS TRINTAS DISPOSIÇÕES, SÓ TEM UMA FINALIDADE E UM OBJETIVO:
MOSTRAR DE MODO CRISTALINO QUE NINGUÉM - E QUANDO EU FALO NINGUÉM - ME REFIRO
NÃO SÓ A MIM, MAS A VOCÊ, SEU AMIGO, SEU VIZINHO, SUA FAMÍLIA. EM RESUMO, JORNALISTA, NINGUÉM, EU DISSE NINGUÉM,
TEM DIREITO A PORRA NENHUMA. SE QUALQUER DO POVO SE LEVANTAR CONTRA A ORDEM,
MOFARÁ NA CADEIA E VIRARÁ MULHERZINHA DE BANDIDO EM PRESÍDIO DE INSEGURANÇA
MÁXIMA.
Jornalista: Meu amigo Zé Povinho, agradeço a sua atenção em me
receber e obrigado pelo café. Fica com Deus e na PAZ.
Zé Povinho: O senhor, também vá em paz. Saúde. Quando quiser tomar
um café simples, feito de coração, pode passar por aqui. Sempre teremos, como
apregoa aquele cara da televisão, o Ratinho. “Aqui tem café no bule”.
AVISO AOS
NAVEGANTES:
SE O FACEBOOK, PARA LER E PENSAR, CÃO QUE FUMA OU OUTRO SITE QUE REPUBLICA
MEUS TEXTOS, POR QUALQUER MOTIVO QUE SEJA VIEREM A SER RETIRADOS DO AR, OU MEUS
ESCRITOS APAGADOS E CENSURADOS, PELAS REDES SOCIAIS, O PRESENTE ARTIGO SERÁ
PANFLETADO E DISTRIBUIDO NAS SINALEIRAS, ALÉM DE INCLUI-LO EM MEU PRÓXIMO LIVRO
“LINHAS MALDITAS” VOLUME 3.
Título, Imagens e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, jornalista, São Paulo, 10-1-2017
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Como de praxe deixou bem claro pra todos, como funciona nosso Brasil, com funciona os direitos dos menos favorecidos, e deixo aqui minha indignação pelo fato ocorrido com Arnaldo Jabour, teve seu texto retirado por estar falando a verdade, por estar dizendo como nosso Brasil virou um país de merda, direcionado pelos corruptos safados, que agora tbém esta querendo tirar o direito de se expressar daqui a pouco vai querer cortar nossas linguas pra não falar nada, sou brasileira e digo não vou desistir de ver meu Brasil, ser nosso de novo, não vou me calar diante de tanta safadeza, muito triste ver nosso país ser achovalhado la fora, por tanta corrupção. Muita vergonha.
ResponderExcluirCaro Aparecido, bons textos, verdadeiros, atuais, mas vou dizer, muito longos, creio que poderiam ser mais sucintos!
ResponderExcluirUm Abs,
Heitor Volkart