José Manuel
A primeira semana de 2017 está
aí presente no nosso cotidiano para nos lembrar que o ano de 2016 e os
anteriores, com todas as cargas extremamente negativas, vão demorar para
terminar.
A dramaticidade em especial
desta primeira semana passada não deixa mais dúvidas sobre o que é viver a
atualidade brasileira.
Estamos reféns em todos os
sentidos. Reféns do Estado político e criminoso, e se a dúvida ainda era tênue encoberta
pelos escândalos sucessivos da politicalha, agora é a verdade inexorável de um
país em decomposição social.
E pensar que tivemos vinte e
um anos de aprendizado e pós-graduação, a maioridade, para que não chegássemos
a este ponto, chega a causar náuseas, arrepios de saudade e arrependimento por
ter algum dia censurado.
Nunca foi verdade que tivemos
apenas um período militar, pós uma revolução militar. Isso foi e é uma grande
mentira forjada pelas esquerdas socialista e comunista e por uma imprensa
vendida a setores econômicos, amordaçada por interesses espúrios dos mais
variados, muito acima dos interesses republicanos, aliada a uma nação
empobrecida intelectualmente.
A contra revolução de 1964,
cujo Congresso Nacional foi o protagonista, pois essa é mais pura verdade, foi
implementada por verdadeiros patriotas civis e militares, que expurgaram antes
que fosse tarde demais um desastre iminente e que quase se concretizou
seriamente outra vez nos últimos dezesseis anos. Tanto isso é verdade, e sem
hipocrisia temos que admitir de uma vez por todas que os vagabundos e
criminosos traidores da pátria à época, que foram presos e expurgados, estão
sendo novamente presos, após trinta e um anos em que se travestiram de
Ministros, Presidentes, Governadores e toda uma falsa aparência de falácia
democrática com que logo depois de 1984 através de movimentos como diretas já,
se reapresentaram como salvadores da pátria.
O movimento político-militar
no Brasil nunca promoveu algo parecido como a revolução americana ou a francesa.
O movimento político-militar brasileiro nunca se igualou ao das republiquetas
latino-americanas. Em nenhum momento, o movimento deixou de ser amparado pelos
empresários, fazendeiros, as grandes corporações estrangeiras e mesmo a Igreja
Católica dominante.
Após o seu afastamento em 1985
e até hoje os militares conservam uma imagem associada ao grande salto
econômico entre 1970 e 1976 quando chegamos a ter o crescimento do PIB em 12%
ao ano.
Aqueles que nunca fizeram
nada, sabem, mas não dizem, que o nosso desenvolvimento à época foi
extraordinário suplantando em muito os atuais chamados tigres asiáticos que
hoje nos sufocam com as suas pujantes economias.
O que queriam os falsos
patriotas de plantão? Que o regime momentâneo de exceção não castigasse exemplarmente
assaltantes de bancos e quartéis, assassinos de soldados, sequestradores de
aviões e guerrilheiros financiados por Cuba, Moscou e satélites?
Se não tivessem existido,
elementar, não teria sido preciso um regime saneador.
Esse é exatamente o grande
problema de hoje quando dentro de uma falsa ótica, na democracia equivocada,
não se castigam adequadamente os infratores de todas as áreas, permitindo
aberrações em nome de direitos humanos e liberdades incondicionais. O povo não
está preparado intelectualmente para esse salto, obra e graça de falsos líderes
e o controle adequado sobre diversos temas sociais se faz urgente. Não adianta
repetir que as instituições estão funcionando. Faz-se necessário que exerçam o
seu poder adequadamente restringindo e inibindo poderes paralelos.
O desastre evitado pela ação
saneadora à época acabou acontecendo nos tempos atuais sob o manto de uma falsa
democracia, com corrupção sistêmica, orientada e disposta a uma política de
terra arrasada em favor de suas riquezas pessoais e a vontade explícita de se
eternizarem no poder à similaridade dos regimes atrasados e totalitários, que
como traidores, sempre defenderam.
Desde o final do império em
1889, até 1985, portanto em 96 anos, jamais o país tinha visto tanta ordem e
progresso como diz a sua bandeira.
Foi o período mais
progressista, em todos os setores, principalmente em grandes obras de
infraestrutura que demandavam séculos de paralisia. Sem essas obras, hoje o
país estaria asfixiado, e foi a época em que se construíram grandes hospitais e
universidades, com ganho social e intelectual jamais visto.
O país até então dormia à
sombra do coronelismo político e espasmos históricos, como a revolução de 1930
sem encontrar o seu caminho para o futuro. Era necessário dar um basta a anos
de omissão, descaso e a uma opção sindicalista que se avizinhava, adversa ao
seu futuro como nação. Queriam ontem, e querem hoje, fazer do nosso país uma
republiqueta sindical comunista.
Naquele período de vinte e um anos,
nunca no país, os cidadãos tiveram tanta segurança em seus direitos civis e
tranquilidade para trabalhar. Só não os teve quem transgrediu, quem traiu a
pátria. Na minha juventude e como estudante fui molestado seriamente por
vagabundos da UNE, ali na praia do Flamengo onde estudava em escola nos
arredores. Nunca fui molestado pelo regime vigente à época, porque trabalhava,
estudava e não transgredia nem política, nem socialmente. Podíamos sair para
nos divertirmos voltando para casa nas madrugadas festivas, sem que fôssemos
sequer ameaçados.
E hoje em dia?
Estamos presos em nossas
próprias casas, reféns da nossa própria existência pois o trabalhar, o sair, o
passear, o se divertir tornou-se sinônimo de tragédia anunciada.
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Muralha’ na Rua
Rainha Guilhermina, no Leblon: no bairro, raros são os edifícios que estão
livres dos gradis. Foto: Carlo Wrede/Agência O Dia
|
A República exige mais
atitudes e menos conversa fiada.
É essa democracia que o país
almeja? Estamos na fronteira da barbárie descontrolada e nem mais notícias
sobre o Estado Islâmico nos assustam, pois decapitações à moda por aqui já são
rotina.
Enquanto isso o laissez-faire econômico, político e
social continua navegando pacificamente rumo a Miami, Paris e paraísos fiscais.
Será que o cidadão quer mesmo consertar tudo isso que aí está?
Verificando as estatísticas do
Banco Central à disposição para consulta, percebemos que não.
Título e Texto: José Manuel, precisam-se com urgência
de Homens como os de 64, não precisam ser militares, mas patriotas acima de
tudo. 9-1-2017
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Vamos colocar para sempre os pingos nos iis.
ResponderExcluirNão dá para aturar mais essa cantilena, esquerdista sindicalista e amoral
Se ainda houver alguma dúvida é só ler o excelente artigo de Francisco Lacombe, aqui mesmo nesta página em " artigos relacionados - A verdadeira história do regime militar no Brasil ".
Chega de papagaiadas, chega de sindicalismos de ocasião, chega
Que tal trabalhar ?
Sem falar o que os " coleguinhas " sindicalistas receberam como "anistiados políticos", mamata oferecida pelas hostes petistas "salvadores da pátria ". Eta país indecente.
ResponderExcluirÉ indecente até para com a sua própria história.
José manuel
Realmente, grandes verdades!
ResponderExcluirÉ assim que o País se encontra!
Um grande retrocesso Intelectual, uma enorme insegurança social, uma proliferação de vagabundos, como dissestes se "travestiram" de 1964 para cá, de Presidente, Governadores, de Artistas, Prefeitos, Políticos e muitos de Marginais mesmo, em todo o País!
Se no Brasil não tivermos escolas com Período Integral, urgentemente, para a médio prazo, termos um desenvolvimento intelectual maior, muitos Presídios terão que ser construídos, alguns já são de necessidade imediata, e o custo deles é muito maior que Escolas Integrais.
JM, muito bom texto!
Abs,
Heitor Volkart
É preciso que as pessoas (todos nós) se esforcem para aceitar os tempos atuais como reais e verídicos, e dar início a transformação a começar pelo próprio indivíduo.
ResponderExcluirOs episódios passados já nos escaparam das mãos e do controle, exceto tudo aquilo vivenciado que permanece ainda na lembrança. Os “anos de chumbo” foram duros e cruéis para muitos, mas não para todos. Os que foram para debaixo da tempestade arriscaram-se a grandes inundações e fortes descargas elétricas sobre as cabeças. Um risco presumido. Há, contudo, os que estudaram, se divertiram, arranjaram emprego e seguiram seus caminhos sem participar de “lutas armadas” contra o “sistema”. Graças aos intrépidos militares, o Brasil não se transformou em uma república popular comunista.
Mas aquela época vivida está longe de repetir-se nos dias de hoje. As forças armadas, pela Constituição, tem duas funções precípuas dentro do pais: defender a nação contra ataques externos e garantir o cumprimento da Constituição. Naquele tempo, o Brasil experimentava um outro modelo sócio- político; havia mais homens sérios no comando. Houve uma espécie de mudança de paradigma, e a ganância desenfreada por dinheiro, riquezas no exterior (uma vez que a taxação no Brasil é maior que em outros lugares) provocou o “status quo”, ainda que para isso o erário público fosse dilapidado, o povo ficasse à míngua e a economia do país rumasse “ladeira abaixo”. O bom exemplo demonstrado pelos pais aos filhos implica na boa formação de um cidadão voltado para o bem de si e da sua Pátria. Mas o que se presencia é exatamente o contrário. O esterco vem daqueles que deveriam demonstrar civismo, patriotismo e ética. O povo brasileiro miscigenado acredita ser inferior aos europeus e norte -americanos. É a síndrome do cachorro vira-latas. Temos grandes personalidades, destacados talentos e gente disposta a transformar o país em “primeiro mundo”. Somos evidência nos projetos de combate à AIDS e programas sociais contra a fome entre outros não menos importantes, por exemplo.
Talvez se avance mais se acendermos uma vela, em vez de amaldiçoarmos a escuridão...
Uma boa semana a todos.
Sidnei Oliveira