Cristina Miranda
Apesar de vivermos em
democracia cada vez somos menos livres. A liberdade de
expressão começa a ser manietada, os direitos cívicos subtraídos e os deveres multiplicados.
Enquanto isso, o Estado torna-se cada vez mais omnipotente. Não é isto um contrassenso?
A origem deste problema que já
vem de longe está na ideologia de Marx. Foi aqui que nasceu a semente
perversa das políticas que se denominam hoje por “democráticas” e
“libertadoras” da opressão dos povos, mas que na verdade são mais castradoras
de liberdades e criadoras de pobreza do que qualquer outra. Lenine, Estaline,
Mao Tsé Tung, Pol Pot, Fidel, Kim Jong-un, Chávez, Hitler, Mussolini, são
apenas uma amostra de líderes que seguiram essa doutrina socialista. O
Manifesto Comunista escrito por Marx e Engels em 1848, a que chamaram de
‘socialismo científico’, serviu também de inspiração aos partidos socialdemocratas
que surgiram na Europa do séc. XIX.
O socialismo de Marx sofreu
revisionismos à medida que foi fracassando. Inicialmente, defendia a luta de
classes contra o capitalismo que acusava de ser o responsável pela opressão do
povo. Mas, ao implementar a ideologia marxista logo se percebeu que só
recorrendo à força bruta se conseguia impor as políticas que levavam a essa
“libertação”. Muitas guerras com muitas mortes, muito sangue derramado, e
colapsos económicos depois, constataram que essa via era um fiasco. Que a luta
pelo fim das classes não unia o povo que se mantinha fiel ao capital que os
resgatara da pobreza extrema, transformando-o na classe média.
Nasce assim outra corrente
socialista – nacionalista – que daria depois origem ao fascismo/nazismo pela
mão do italiano filósofo socialista, Giovanni Gentile, que concluiu que o
sentimento de nação era mais galvanizador do proletariado do que o sentimento
de classe. Mussolini e Hitler seguiram por esta via. Ambos pertencentes
ao Partido Socialista, assumidamente socialistas, criaram um Estado
totalitário, de partido único, pensamento único, ultranacionalista, elitista,
que não abolia a propriedade privada, mas controlava-a totalmente,
retirando o poder absoluto aos proprietários. O declínio económico também não
se fez esperar. Foi mais um grande fracasso do socialismo.
António Gramsci, um filósofo
italiano marxista, ao perceber a dificuldade de implementação do socialismo,
seja pela luta de classes seja pelo apelo à união nacional, logo reviu outra
forma de fazer a revolução: a infiltração da ideologia na sociedade através do
poder político. Tomando a comunicação
social, as escolas, as universidades, a religião, as artes, a História, mudaria
o pensamento doutrinando-o nos ideais marxistas. A sociedade seria tomada
lentamente e sem violência e de uma forma naturalmente aceite e sem
contestação. Nasce o marxismo cultural.
Porém, o que Gramsci
não previu foi a evolução exponencial do capitalismo que em poucos anos
catapultou para as novas tecnologias abrindo uma nova era de comunicação: a
internet.
Com a chegada da rede, a
liberdade tomou conta da plataforma que sem filtros nem controlo possíveis
(censura) dos governos, expôs conteúdos até então vedados, abafados,
adulterados. Conteúdos esses agora acessíveis a qualquer cidadão com apenas um
clique. As redes socais deram depois voz ao cidadão comum que passou a expor
suas opiniões, a questionar, a confrontar toda a informação em partilha com o
Mundo inteiro. Foi o fim do controlo absoluto até então existente, mesmo que
dissimulado, na comunicação social. Foi o despertar da consciência do
povo de todas as nações.
Em reação a esta ameaça, os
defensores do socialismo, de todo o Mundo, logo iniciaram formas de travar esta
liberdade. Na UE dominada por socialistas, surgem novas leis tais como o Artigo
13 de controlo de conteúdos sob o falso pretexto de proteção dos direitos de
autor. Em Portugal os socialistas organizam-se para travar a liberdade nas
redes. Sob também o falso pretexto das fake news, estudam formas de
“regulamentar” a plataforma mais popular para travar as opiniões contrárias ao
sistema.
Entretanto, as “brigadas do
Comité Socialista” português ligados ao sistema, disfarçados de cidadãos
comuns, circulam nas redes atentos aos que se insurgem contra a imposição das
aberrantes teorias ideológicas “progressistas”, para proceder ao bloqueio
dessas pessoas nas redes, impedindo-os de exercer o seu direito à liberdade de
expressão.
Dizer a verdade hoje
passou a ser um exercício perigoso que só os mais corajosos e que
têm pouco a perder, experimentam sem medos. São ameaças de morte, perseguições,
terror psicológico, perda de emprego, exclusão social, processos judiciais por
“homofobia” sem ter sido homofóbico; por “racismos” sem ter sido racista; por
“islamofobia” sem ter sido islamofóbico. É a era da criminalização da
verdade e de quem ousa defendê-la. É a disseminação do medo de ser rotulado
de “racista, homofóbico, islamofóbico” apenas por discordar de políticas
“progressistas” que impõem uma agenda sem consulta à população.
O medo da internet tomou conta
dos socialistas que hoje já não podem mentir manipular, aldrabar,
inventar, branquear factos históricos, como sempre o fizeram, por serem
facilmente desmascarados. O medo que faz com que os membros das “brigadas do
comité Socialista” pareçam cães raivosos à toa nas redes ameaçando todos
aqueles que se lhes opõe.
Porém a rede tornou o povo
mais forte, mais informado, mais ativo, mais atento, mais exigente e mexer na
liberdade conquistada terá um preço elevado para aqueles que a ousarem roubar.
O socialismo é um meio de
transição com maior ou menor radicalismo, para chegar ao totalitarismo. Daí que
o fio condutor da ideologia, seja pelo apelo à união do proletariado, à
união nacionalista ou pela hegemonia cultural, acabe sempre no mesmo: controlo
da economia, dos meios de comunicação, do ensino e da cultura, um Estado
grande e forte, pensamento único, repressão sobre as mentes discordantes.
Não. o marxismo cultural não é
uma teoria da conspiração. É uma ameaça real que já está em curso e tomou
conta do pensamento. Agora, só falta mesmo que esta oligarquia familiar que
controla as instituições todas do Estado, reforce seus poderes e se perpetue no
governo.
Título, Imagens e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias,
10-4-2019
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