quarta-feira, 10 de abril de 2019

A ditadura do pensamento único está em marcha

Cristina Miranda
Apesar de vivermos em democracia cada vez somos menos livres. A liberdade de expressão começa a ser manietada, os direitos cívicos subtraídos e os deveres multiplicados. Enquanto isso, o Estado torna-se cada vez mais omnipotente. Não é isto um contrassenso?

A origem deste problema que já vem de longe está na ideologia de Marx. Foi aqui que nasceu a semente perversa das políticas que se denominam hoje por “democráticas” e “libertadoras” da opressão dos povos, mas que na verdade são mais castradoras de liberdades e criadoras de pobreza do que qualquer outra. Lenine, Estaline, Mao Tsé Tung, Pol Pot, Fidel, Kim Jong-un, Chávez, Hitler, Mussolini, são apenas uma amostra de líderes que seguiram essa doutrina socialista. O Manifesto Comunista escrito por Marx e Engels em 1848, a que chamaram de ‘socialismo científico’, serviu também de inspiração aos partidos socialdemocratas que surgiram na Europa do séc. XIX.

O socialismo de Marx sofreu revisionismos à medida que foi fracassando. Inicialmente, defendia a luta de classes contra o capitalismo que acusava de ser o responsável pela opressão do povo. Mas, ao implementar a ideologia marxista logo se percebeu que só recorrendo à força bruta se conseguia impor as políticas que levavam a essa “libertação”. Muitas guerras com muitas mortes, muito sangue derramado, e colapsos económicos depois, constataram que essa via era um fiasco. Que a luta pelo fim das classes não unia o povo que se mantinha fiel ao capital que os resgatara da pobreza extrema, transformando-o na classe média.

Nasce assim outra corrente socialista – nacionalista – que daria depois origem ao fascismo/nazismo pela mão do italiano filósofo socialista, Giovanni Gentile, que concluiu que o sentimento de nação era mais galvanizador do proletariado do que o sentimento de classe. Mussolini e Hitler seguiram por esta via.  Ambos pertencentes ao Partido Socialista, assumidamente socialistas, criaram um Estado totalitário, de partido único, pensamento único, ultranacionalista, elitista, que não abolia a propriedade privada, mas controlava-a totalmente, retirando o poder absoluto aos proprietários. O declínio económico também não se fez esperar. Foi mais um grande fracasso do socialismo.


António Gramsci, um filósofo italiano marxista, ao perceber a dificuldade de implementação do socialismo, seja pela luta de classes seja pelo apelo à união nacional, logo reviu outra forma de fazer a revolução: a infiltração da ideologia na sociedade através do poder político.  Tomando a comunicação social, as escolas, as universidades, a religião, as artes, a História, mudaria o pensamento doutrinando-o nos ideais marxistas. A sociedade seria tomada lentamente e sem violência e de uma forma naturalmente aceite e sem contestação. Nasce o marxismo cultural.


Porém, o que Gramsci não previu foi a evolução exponencial do capitalismo que em poucos anos catapultou para as novas tecnologias abrindo uma nova era de comunicação: a internet.

Com a chegada da rede, a liberdade tomou conta da plataforma que sem filtros nem controlo possíveis (censura) dos governos, expôs conteúdos até então vedados, abafados, adulterados. Conteúdos esses agora acessíveis a qualquer cidadão com apenas um clique. As redes socais deram depois voz ao cidadão comum que passou a expor suas opiniões, a questionar, a confrontar toda a informação em partilha com o Mundo inteiro. Foi o fim do controlo absoluto até então existente, mesmo que dissimulado, na comunicação social. Foi o despertar da consciência do povo de todas as nações.

Em reação a esta ameaça, os defensores do socialismo, de todo o Mundo, logo iniciaram formas de travar esta liberdade. Na UE dominada por socialistas, surgem novas leis tais como o Artigo 13 de controlo de conteúdos sob o falso pretexto de proteção dos direitos de autor. Em Portugal os socialistas organizam-se para travar a liberdade nas redes. Sob também o falso pretexto das fake news, estudam formas de “regulamentar” a plataforma mais popular para travar as opiniões contrárias ao sistema.

Entretanto, as “brigadas do Comité Socialista” português ligados ao sistema, disfarçados de cidadãos comuns, circulam nas redes atentos aos que se insurgem contra a imposição das aberrantes teorias ideológicas “progressistas”, para proceder ao bloqueio dessas pessoas nas redes, impedindo-os de exercer o seu direito à liberdade de expressão.

Dizer a verdade hoje passou a ser um exercício perigoso que só os mais corajosos e que têm pouco a perder, experimentam sem medos. São ameaças de morte, perseguições, terror psicológico, perda de emprego, exclusão social, processos judiciais por “homofobia” sem ter sido homofóbico; por “racismos” sem ter sido racista; por “islamofobia” sem ter sido islamofóbico. É a era da criminalização da verdade e de quem ousa defendê-la. É a disseminação do medo de ser rotulado de “racista, homofóbico, islamofóbico” apenas por discordar de políticas “progressistas” que impõem uma agenda sem consulta à população.

O medo da internet tomou conta dos socialistas que hoje já não podem mentir manipular, aldrabar, inventar, branquear factos históricos, como sempre o fizeram, por serem facilmente desmascarados. O medo que faz com que os membros das “brigadas do comité Socialista” pareçam cães raivosos à toa nas redes ameaçando todos aqueles que se lhes opõe.

Porém a rede tornou o povo mais forte, mais informado, mais ativo, mais atento, mais exigente e mexer na liberdade conquistada terá um preço elevado para aqueles que a ousarem roubar.

O socialismo é um meio de transição com maior ou menor radicalismo, para chegar ao totalitarismo. Daí que o fio condutor da ideologia, seja pelo apelo à união do proletariado, à união nacionalista ou pela hegemonia cultural, acabe sempre no mesmo: controlo da economia, dos meios de comunicação, do ensino e da cultura, um Estado grande e forte, pensamento único, repressão sobre as mentes discordantes.

Não. o marxismo cultural não é uma teoria da conspiração. É uma ameaça real que já está em curso e tomou conta do pensamento. Agora, só falta mesmo que esta oligarquia familiar que controla as instituições todas do Estado, reforce seus poderes e se perpetue no governo.
Título, Imagens e Texto: Cristina Miranda, Blasfémias, 10-4-2019

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