Andreia Verdélio
O presidente Jair Bolsonaro
pediu hoje (10) a confiança dos investidores afirmando que é preciso fazer o
casamento entre o progresso e a preservação ambiental. “O Brasil tem reservas
minerais, biodiversidade, águas potáveis, grandes espaços vazios cobiçados,
riquezas naturais, nossos sete pantanais, uma costa maravilhosa, parques
nacionais, temos tudo para ser aquela nação dos sonhos de todos nós. E nós
queremos repartir isso com vocês, os senhores que estão aqui acreditando no
Brasil”, disse.
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Foto: Marcos Corrêa/PR |
Ao lado de vários ministros, o
presidente destacou a atuação e autonomia da sua equipe na condução da política
governamental e disse que “é bom trabalhar com pessoas que têm capacidade de
antecipar problemas”.
“Eu, como técnico de um time
de 22 ministros, para a gente entrar em campo e ganhar o jogo eu tenho que ter
a confiança deles, eles confiarem em mim, para que vocês possam também confiar
em nós e acreditar que esse país, de fato, mudou”, disse.
O presidente citou o estado de
Roraima e a produção de arroz por fazendeiros, que acontecia na Terra Indígena
Raposa Serra do Sol, antes de sua demarcação em 2005. “Os rizicultores queriam
apenas 1% daquela área para continuar produzindo arroz, não conseguiram.
Roraima hoje importa arroz. Nós temos que fazer esse casamento”, defendeu. “É
um estado riquíssimo, mas que está engessado por certas legislações, que
queremos mudá-las para o bem do seu povo. E seu povo tem brancos, negros e
índios, em especial, índios, que querem se integrar, que são por vezes
latifundiários pobres em cima de terras ricas”, ressaltou.
Ao falar sobre a Amazônia,
Bolsonaro destacou sua biodiversidade, riquezas minerais e pontos turísticos e
disse que quer explorá-las de forma sustentável. “Fazer com o que ela tem de
bom sirva par nós e para a humanidade. Nós queremos legalizar os garimpos na
região para os brancos e para os índios, para o bem deles”, disse.
Para o presidente, entretanto,
a legislação é um entrave para a desenvolver o potencial de muitas regiões. “Se
formos para o Centro-Oeste veremos seu potencial agrícola, os problemas que tem
por causa de alguma legislação, que não é fácil sua mudança, porque a agenda
mundial está agora calcada na questão ambiental. E nós queremos preservar o
meio ambiente e queremos casá-lo com o progresso. Isso que está aqui é nosso,
pode ser explorado, pode ser preservado para o bem de todos nós”, destacou.
Oportunidade de negócios
Nesta terceira edição do fórum
o objetivo é apresentar a investidores estrangeiros as oportunidades de negócios
em setores estratégicos da economia brasileira, como infraestrutura, energia,
agronegócio, tecnologia e inovação. O evento é organizado pelo governo
brasileiro, por meio da Apex-Brasil, e dos ministérios de Economia e das
Relações Exteriores, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID).
Durante o fórum, medidas
econômicas e melhorias no ambiente de negócios, como a reforma da Previdência e
a Lei da Liberdade Econômica, serão apresentadas como atrativo para os
investidores estrangeiros, de forma a gerar lucro e empregabilidade.
Em seu discurso, o ministro da
Economia, Paulo Guedes, disse que a sociedade brasileira está traçando uma
dinâmica de uma sociedade aberta, com poderes independentes e usando a
democracia e os mercados como guia. “O Congresso [Nacional] é maduro, [os
parlamentares] estão apoiando as reformas em bases orgânicas, entendendo que é
uma coalizão política de centro-direita, depois de trinta anos de
centro-esquerda, de socialdemocracia. Nós estamos indo em direção a liberal-democracia”,
disse.
Guedes destacou os acordos
comerciais, a aproximação do Brasil com diversos países, o destravamento de
negócios, as privatizações, a aprovação de reformas e as mudanças no ambiente
de negócios com a desregulamentação, desestatização e a alavancagem do crédito
privado.
“Desalavancamos os bancos
públicos. Pela primeira vez em oito anos o crédito privado, o fluxo e o
estoque, superam o crédito público, o que significa que o crescimento que está
começando agora é um crescimento sustentável, saudável, não é uma bolha
estimulada artificialmente por governos. É a primeira vez que a inflação desce
com o crescimento econômico reacelerando”, disse.
Título e Texto: Andréia
Verdélio; Edição: Fernando Fraga – Agência Brasil, 10-10-2019, 12h20
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