Para presidente, quem tem menos de 40 anos
poderia voltar a trabalhar
Pedro Rafael Vilela
O presidente Jair Bolsonaro
afirmou nesta quinta-feira (9) que espera a normalização das atividades do país
em menos de "três ou quatro" meses, para não haver, segundo ele, uma
complicação no cenário econômico. Ao citar os gastos de cerca de R$ 600 bilhões
para programas de combate à pandemia do novo coronavírus e manutenção de
empregos e renda das empresas, o presidente comparou a situação às margens de
um rio após a destruição de uma ponte.
"Estamos com esses R$ 600
bilhões mantendo a comunicação com as duas margens do rio, só que temos um
limite, acredito que três meses ou quatro meses fica complicado, então a gente
espera que as atividades voltem antes disso", afirmou durante sua live semanal transmitida pelo Facebook.
Bolsonaro voltou a defender o
fim do isolamento social amplo para pessoas fora dos grupos de risco da
covid-19, como idosos e pessoas com doenças crônicas. "Por mim, quem tem
menos de 40 anos já estaria trabalhando, porque nós deveríamos, no meu
entender, partir para o isolamento vertical", disse.
O presidente lembrou decisão
do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que
assegurou a autonomia de governos estaduais e prefeituras para determinar
medidas de fechamento de comércio e isolamento social, e disse que quem se
sente prejudicado por essas decisões deve cobrar os governadores e prefeitos.
Ainda de acordo com presidente, no entanto, alguns estados e cidades já estão
retomando as atividades, como ele defende.
"Eu tenho certeza de que
brevemente isso tudo estará resolvido. Tenho notícias que alguns governadores,
alguns prefeitos também, [em] cidades que não tem ninguém detectado com o
vírus, está sendo liberado [o comércio] pelo respectivo governador", afirmou.
O número de mortes decorrentes
do novo coronavírus totalizou 941, segundo atualização divulgada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira. Ao todo, o Brasil registrou 141 mortes e 1.930 novos casos
confirmados nas últimas 24 horas.
Título e Texto: Pedro
Rafael Vilela; Edição: Juliana Andrade – Agência Brasil, 9-4-2020, 20h26
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