sexta-feira, 27 de maio de 2022

[Aparecido rasga o verbo] Tudo falso como as notas de quinhentos reais

Aparecido Raimundo de Souza

“Tudo no Brasil é falso. Até a verdadeira falsidade tem seus limites”. 
Tompsom de Panasco 

FIZEMOS UMA PEREGRINAÇÃO
, ou melhor dizendo, nos dispusemos a participar de um programa de índio nos tais postos de testagens espalhados pelo Brasil, começando por Salvador, na Bahia. Depois voamos São Paulo, Rio de Janeiro e, por fim, Porto Alegre. O que vimos e presenciamos, nessas belas e estupendas cidades, é exatamente ou foi o que poderíamos chamar de uma gigantesca Babel dos tempos modernos, e, dentro dela, a reinação pútrida do caos total. Um inferno a todo vapor, numa bagunça medonha que se nos apresentou com ares de organização. De organização, sequer, um sinal mínimo de verdade, de lisura, de transparência. Por conta, chegamos a conclusão que o quadro futuro, ou o que ainda está por vir, é o pior possível.

Defrontamos com um povo sofrido e resignado, padecendo em filas quilométricas do INSS, enquanto as equipes reduzidas do pessoal da saúde, nesses locais se desdobravam, faziam praticamente milagres ao tempo em que buscavam realizar o possível dentro de um impossível imensurável para atender aos milhares e milhões de pobres e desvalidos. Descobrimos, estarrecidos, que faltavam vacinas para atender a todos. A saúde, a bem da verdade, segue capenga, manca, amarrada, algemada a protocolos de meia duzia de babacas engravatados que mostram as fuças em nome de uma porra apelidada de Ministério da Saúde (deveria ser “Mistério da Des-Saúde”), na prática, essas lombrigas deveriam estar alinhadas diante de um pelotão de fuzilamento.

O Brazzzzzzil está morto. Seu cadáver apodrece em decomposição, se esquarteja em via exposta, fedendo como carniça no meio de uma multidão flagrante, à espera de uma sepultura digna para ser enterrado com o mínimo de respeito. Não temos futuro em nenhum seguimento, notadamente na área de atendimento aos necessitados. A saúde pública, para os desvalidos, está carente de pessoal especializado para conter as demandas, enquanto as unidades conhecidas como PA’s, UPA’s e outras merdas de nomes engraçadinhos, mergulharam definitivamente num mar de águas procelosas. A pandemia da Covid-19, por exemplo, nos serviu de lição para muitas coisas que estavam às claras, porém a nossa demência acentuada, a nossa ignorância galopante não nos deixou ver e entender.

O Brazzzzzzil, acreditem, senhoras e senhores faleceu. É fato incontestável. Sem ar para respirar, sem oxigênio, quedou inerte e enterrado. Enterrado, não seria bem o termo correto. O apropriado, ficaria mais lídimo, ou soaria trilegalmente maneiro como "insepultado" em vala comum, jogado, atirado num clandestino alapardado que ninguém sabe exatamente onde fica. Por assim, sem volta à vida plena, o desafortunado do nosso querido país partiu em descanso perpétuo. Senhoras e senhores, não vejam essas afirmações como “Fake news”. Não é. Tudo por aqui, e por ai à dentro e à fora, quem tiver a coragem e a sabedoria de enxergar com frieza, respeito e honradez, perceberá que todos os seguimentos conhecidos vivem no “escuso”, vegetam no “capeado”, purgam no “por debaixo dos panos”. Claro, entendam, não é só o Brazzzzzzil.

A tribo, mesmo trilho, o clã de desamparados mundo de Deus além porteiras, se cria no ilícito. Por aqui a putaria tem plenitude mais ampla, o literalmente ilegítimo vai de vento em popa. Se duvidar, até a grande massa de seres humanos da qual fazemos parte integrante, deve ter a sua origem dúbia e mascarada. Tudo é podre e cheira a vergonha nacional. Nossos políticos são corruptos e ladrões. Nossos parlamentares, ou os homens públicos, vivem, respiram, cagam, mijam, almoçam falcatruas, jantam tramas e truques, vomitam pilantragens. Arrotam mordomias com gosto de caviar. Não há um cidadão de bem rotulado de “congressista” que se salve. O que conhecemos como Justiça é um cagalhão fedorento. Nossos juízes, trocados por merdas e bostas, se assemelham a uma privada cheia de fezes e excrementos. Apesar dos pesares, um cagatório de rodoviária tem mais valor que as sentenças que esses pervertidos prolatam.

Em igual passo, a tal da Suprema Corte, ou a Guardiã da Constituição e da Sociedade, com seus mi”SI”nistros travestidos de deuses fabricados, são pedras em nossos sapatos. Esses malignos do STF se perpetuaram corrompidos, estragados, subornados, induzidos pelo vil metal. O dinheiro fácil, a soberba, a ganância, a fome descomedida pela encenação de proezas abomináveis e execráveis, fizeram desses senhores do Poder, uma turma de cachorrinhos de estimação onde quem, de fato manda e dá as ordens, não mostra o rosto. Esses porcos e poderosos que nos fazem de burros de carga, que nos escravizam, seguem a vida cotidiana agasalhados por máscaras intransponíveis. São os Espertalhões, os Magnatas, os Senhores Respeitáveis, os Picas Grossas. Esses párias, são doenças incuráveis e catastróficas. Estão acima de quaisquer deformidades que possam vir a enlamear as suas reputações.

Para essa corja de sugadores de nossos bolsos, de mamadores do nosso suor, esbulhadores do nosso trabalho, a palavra Reputação pode e deve ser entendida como uma notoriedade truncada, decepada, usque uma moralidade amputada, troncha, degolada, mais suja que pau de galinheiro, bem ainda, um símbolo fracassado, capenga, uma conspicuidade malograda, longe e divorciada do que deveríamos conhecer como Nobreza e Distinção. Nobreza e Distinção, em países de primeiro mundo, tem outra cara, outro rosto, outra personalidade. Senhoras e senhores, em dias de hoje, em momentos de agora, tudo entre aspas politicamente correto gira como moedeiros postiços, falsos, enganosos e fraudulentos. Era o que precisávamos dizer. Cumprimos nosso dever. Fizemos a nossa parte.

Título e Texto: Aparecido Raimundo de Souza, de Vila Velha, no Espírito Santo. 27-5-2022

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