Rodrigo Constantino
"Bandido bom é bandido
morto" não é o melhor slogan do mundo, uma vez que o ideal é um Estado de
Direito em que haja o devido processo legal e uma punição severa, mas humana
para quem cometeu crimes. Ocorre que nada no Brasil é normal nesse sentido, e
por conta da anomia existente, é no mínimo compreensível que essa mentalidade
tenha se espalhado tanto. Ninguém aguenta mais tanta criminalidade somada à
impunidade.
Os marginais tomaram conta de
vastos territórios, são extremamente ousados e matam de forma banal, seguros da
ausência de punição. Contam ainda com narrativas aliadas que vêm da esquerda,
tratando marginal como vítima da sociedade e a polícia como a criminosa de
verdade. Não faltam ONGs de "direitos humanos", políticos socialistas
e até mesmo juízes pregando essa completa inversão de valores.
É nesse contexto que temos de
analisar o "massacre" ocorrido na Vila Cruzeiro, favela carioca.
Chamar de "massacre" uma operação policial em que só marginal morre é
fazer o jogo da esquerda defensora de bandidos. E é exatamente o que tem feito
nossa velha imprensa. Teve até jornalista lamentando que não morreu nenhum
policial, pois para eles é preciso ter mais "igualdade" no resultado.
É a mesma "lógica" bizarra que utilizam para comentar a reação
israelense aos ataques terroristas do Hamas.
Já para o povo trabalhador, quando só morre bandido significa que a operação foi um sucesso. Claro que ninguém deseja a morte de inocentes, e se houver de fato inocentes em meio aos mortos, isso precisa ser averiguado. Mas ignorar o contexto é apelar para a total desonestidade intelectual, como muita gente tem feito. Aqueles policiais receberam a informação de uma reunião do Comando Vermelho no local, e quando o BOPE chegou lá, deu de cara com um "bonde" de traficantes altamente armados. O "direito ao contraditório" termina quando há fuzis sendo disparados contra policiais!
É uma situação de guerra, e em
guerras, claro que haverá eventualmente baixas civis. Não é o desejo da
polícia, mas pode ser inevitável, até porque os bandidos usam inocentes como
escudos humanos, como faz o grupo terrorista Hamas. A mídia foca no
"terror" que seria causado pela operação policial, ignorando que o
verdadeiro terror é imposto pelos bandidos, que controlam esses territórios. A
única forma de evitar o confronto e, portanto, a "letalidade
policial" seria não mandar policiais a esses locais. Parece ser esse o
desejo da esquerda... Freixo chegou a defender o fim do BOPE!
Os defensores dos bandidos
contam com apoio supremo até! Foi uma decisão de Fachin, chancelada pelo
plenário do STF, que basicamente impediu operações policiais nas favelas do Rio
sob o pretexto da pandemia. Isso ajudou a transformar o estado num refúgio de
marginais do país todo, com tempo e tranquilidade para montar arsenais de
guerra. No "bonde" que a polícia enfrentou havia até granadas, e os
traficantes possuíam uniformes. Virou narcoguerrilha mesmo, como as FARC. E a
esquerda aplaude...
As favelas do Rio são
fortalezas do crime, dominadas pelo poder paralelo do tráfico de drogas. Quem
foca na letalidade policial finge não se dar conta desse cenário. Acha que é
possível subir morro com flores, cantando "Imagine" e soltando bolinhas
de sabão. Mas o povo honesto e trabalhador está do lado da polícia. O
presidente Bolsonaro, ao elogiar a ação do BOPE, demonstra conexão com a
população em geral. A mídia, ao se alinhar aos socialistas e condenar o
"massacre", demonstra que vive numa bolha desconectada da realidade.
O Freixo pode chorar a morte
dos marginais. A Mônica Bergamo pode constatar, com tristeza, que nenhum
policial morreu no confronto. O ministro Fachin pode estar preocupado com as
operações policiais. Mas o povo está preocupado é com a blindagem jurídica
desses marginais, e com a impunidade que reina em nosso país. Para o seu José e
a dona Maria, uma operação em que somente bandidos morrem é um sucesso, não um
massacre!
Título e Texto: Rodrigo Constantino, Gazeta do Povo, 26-5-2022, 10h48
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