É a 5ª redução consecutiva da projeção
Andreia Verdélio
A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, caiu de 7,30% para 7,15% neste ano. É a 5ª redução consecutiva da projeção. A estimativa está no Boletim Focus de hoje (1º), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições para os principais indicadores econômicos.
Para 2023, a estimativa de
inflação ficou em 5,33%. Para 2024 e 2025, as previsões são de 3,3% e 3%,
respectivamente.
A previsão para 2022 está
acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida
pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,5% para este ano, com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite
inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.
Em junho, a inflação subiu
0,67%, após a variação de 0,47% registrada em maio. Com o resultado, o IPCA
acumula alta de 5,49%, no ano, e 11,89%, em 12 meses.
Os dados de julho devem ser
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística no próximo dia
9, mas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), a prévia
da inflação oficial, registrou inflação de 0,13% no mês passado, menor que a de
junho (0,69%).
Taxa de juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Para a próxima reunião do órgão, que acontece amanhã (2) e quarta-feira (3), o Copom já sinalizou que pode elevar a Selic em mais 0,5 ponto percentual.
Para o mercado financeiro, a
expectativa é de que a Selic suba, neste mês, para 13,75% ao ano, em linha com
a sinalização do BC, e encerre o ano nesse patamar. Para o fim de 2023, a
estimativa é de que a taxa básica caia para 11% ao ano. E para 2024 e 2025, a
previsão é de Selic em 8% ao ano e 7,5% ao ano, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa
básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa
reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam
a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da
economia. Além da taxa Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de
definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro
e despesas administrativas.
Quando o Copom reduz a Selic,
a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao
consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio
As instituições financeiras
consultadas pelo BC elevaram a projeção para o crescimento da economia
brasileira este ano de 1,93% para 1,97%. Para 2023, a expectativa para o
Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no
país - é de crescimento de 0,4%. Em 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta
expansão do PIB em 1,7% e 2%, respectivamente.
A expectativa para a cotação
do dólar manteve-se em R$ 5,20 para o final deste ano. Para o fim de 2023, a
previsão é de que a moeda americana também fique nesse mesmo patamar.
Título e Texto: Andreia
Verdélio; Edição: Kelly Oliveira – Agência
Brasil, 1-8-2022, 9h38
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