Meteorologistas da Climatempo explicam que uma massa de ar seco estabilizada na região tem impedido a dispersão dos poluentes, que permanecem nas camadas mais baixas da atmosfera
Quintino Gomes Freire
Neste fim de semana, moradores do Rio de Janeiro e de cidades do interior do estado observaram o fenômeno conhecido como “sol laranja“, resultado preocupante do acúmulo de partículas provenientes das queimadas que assolam diversas regiões do país, como a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal. Embora o céu alaranjado possa parecer visualmente impressionante, ele é um sinal de alerta para os níveis perigosos de poluição.
Imagem criada por Inteligência Artificial |
No sábado (7/9, a qualidade do
ar no Rio atingiu um nível de poluição seis vezes superior ao recomendado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), o que representa um risco significativo
para a saúde pública. A fuligem concentrada e o calor extremo na atmosfera
contribuem para a aparência alaranjada do sol.
Meteorologistas da Climatempo explicam que uma massa de ar seco estabilizada na região tem impedido a dispersão dos poluentes, que permanecem nas camadas mais baixas da atmosfera. Essas partículas em suspensão intensificam a concentração de poluentes, alterando a cor do céu, especialmente no fim da tarde. A poeira e outras partículas presentes no ar dispersam a luz, favorecendo os tons alaranjados enquanto enfraquecem a luz azul, o que explica o visual alterado.
O fenômeno também afeta a
coloração da lua. Quando a quantidade de partículas poluentes é maior, a lua
adquire uma tonalidade avermelhada, principalmente quando está próxima ao
horizonte.
Título e Texto: Quintino Gomes Freire, Diário do Rio, 9-9-2024
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