quarta-feira, 3 de novembro de 2021
[Língua Portuguesa] A maioria dos ministros do STF é militante político, ou, a maioria dos ministros do STF são militantes político-partidários?
Colunas anteriores:
'O uso de «até o» e de «até ao»'
Como chama?
“Piranha”?
“Se calhar”?
Mal ou mau
Evoluir é o mesmo que Progredir?
A fim ou afim?
[Dossiê: A Democracia] Capítulo 4: domínio virtual
Haroldo Barboza
O desejo dos administradores públicos imorais é que sua gestão seja aceita sem restrições (nem precisa de aplausos) por mais de 95% das comunidades que comandam. Desta forma, eles terão tranquilidade em executar seus planos de enriquecimento meteórico e aquisição de alto poder (para ornamentar seus egos e manipular “colaboradores” em postos chaves).
Pelo perfil da humanidade, tal
percentual é praticamente impossível de ser alcançado dentro de um cenário onde
a opinião é livre. Então este plantel de mal-intencionados vem usando as
ferramentas disponíveis no momento:
- pregação religiosa que
orienta os fiéis a rezarem por um milagre no lugar de pressionar seus
representantes;
- propaganda repetitiva de falácias
que se tornam “verdades” após N anos;
- manutenção do cenário
caótico da educação básica (se souber escrever nome, endereço e CPF, já está
“esclarecido”);
- troca de conteúdo de livros
escolares;
- mensagens subliminares (e
até escancaradas) em enredos de novelas para corroer o respeito familiar;
- burocratização (para criar
confusão e desestímulo) de acesso às informações reais sobre temas de interesse
público (desde balancetes claros sobre uso de impostos até arquivos definidores
de licitações de obras inócuas);
- enxurrada de jogos virtuais
onde para “vencer” são usadas artimanhas que fazem o usuário sentir-se
“esperto” e habilidoso. Com tantos atrativos nos celulares, quem vai se lembrar
de agregar seu grupo de contato para planejar alguma ação cívica em defesa de
seus interesses?
As medidas acima (e outras não lembradas) são demoradas e absorvem altos custos aos gestores. Mas o uso de componentes químicos (em alimentos pulverizados com tóxicos, medicamentos para “resfriados” e vacinas criadas em 6 meses) ajudam a acelerar o plano de dominação em larga escala, criando um estado de acomodação nos ouvintes para aceitarem barbaridades sem protestos barulhentos. Pequenos resmungos pontuais são fáceis de abafar com alguma “benesse” barata.
Bem-aventurados os mansos
Paradoxos estonteantes.
“Bem-aventurados os mansos,
porque possuirão a terra” (Mt 5, 4). “Mas os mansos possuirão
a terra” (Sl 36, 11). “On ne règne sur les âmes que par le
calme” (só se reina nas almas pela calma). Três citações, origens
diferentes, as duas primeiras da Sagrada Escritura, a última de Talleyrand
(1754-1838) (cito de memória, li em texto dele, pode ter origem diversa).
Sempre me impressionaram pelo paradoxo atordoante. Aos mansos, não aos
violentos e aproveitadores, está destinada a terra. Contrassenso à primeira
vista, a sabedoria convencional diria o contrário: mansos não possuem nada, não
conquistam nada, são presa fácil de oportunistas e ferozes. Quando os mansos
conquistaram alguma coisa? Nunca, dir-se-ia. A terra não é dos conquistadores?
O salmista afirma igual: “Os mansos possuirão a terra”. E o domínio
dos espíritos (das almas) pertence aos calmos, serenos e sossegados, nunca aos
endurecidos, enfurecidos e irrequietos, é convicção de um dos grandes
diplomatas franceses. E de tantos outros. Tudo à primeira vista, repito, agride
a sabedoria convencional. Quanto aos dois textos da Escritura, escrevo, claro,
como observador comum, não pretendo entrar em exegeses bíblicas.
Exasperação suicida.
Afundo no presente. No Brasil
(de modo semelhante no mundo, “servata proportione”) fermentar exasperações de
moralismo duvidoso tornou-se recurso usual dos que esperam com elas angariar
adesão popular maciça. Em especial por meio das redes sociais, onde campeia a
desinformação e a má-fé; o vale-tudo, enfim. “Eu vim para confundir e
não para explicar”, a boutade de Chacrinha ganhou
surpreendente atualidade, virou bússola para numerosos ativistas. Ficaram
comuns as ondas de insultos e ataques, repito, de modo marcante nas redes
sociais, em que a falta de escrúpulos, o relativismo moral, a boçalidade ufana,
bem como o garganteio de argumentos toscos, a linguagem chula e a catadupa de
palavrões se destacam como recurso habitual do embate político. Tudo isso pode
gerar popularidade em certa faixa do público, contudo cria repulsa em outras;
desprestigia. “On ne règne
sur les âmes que par le calme”, advertiu o ladino Talleyrand.
O decoro esbofeteado na
ânsia da popularidade.
Não só o decoro; também a correção. No sopesamento de vários fatores, tal tipo de popularidade, parece, mantém abertas as possibilidades para vitórias eleitorais em 2022. Vai valer a pena lá na frente? Não creio. Popularidade evapora fácil; sua perda pode deixar sequelas graves.
CRAP26 Summit
Jose Bento Silva
O clima substitui o COVID e
torna-se na nova idiotice. O foco agora são as emissões de metano. Parece que
quase tudo emite metano, mas é a flatulência das vacas o que preocupa os
líderes da farsa. Eis o que vos vai acontecer num conjunto de cinco passos:
1. Quase tudo emite metano,
mas não vamos atacar tudo, certo?
2. Foquemos a atenção na
carne, que essa sim é que é o problema…
3. Para resolver o problema,
vamos tentar diminuir o consumo de carne;
4. Para diminuir o consumo de
carne, nada melhor do que taxar a carne;
5. Mas como o povo não vai
deixar de comer carne assim por dá cá aquela palha, o que na realidade vai
ocorrer é que os governos acabam de criar mais uma forma de extrair ainda mais
impostos ao povo…
A agenda climática não passa de mais uma forma de extrair riqueza aos cidadãos. Não tem, nem nunca teve, nada que ver com o clima… reporta a Spectator que a senhora Von der Leyen [foto] e a sua equipa de comissários inúteis tem este hábito curioso de usar aviões privados para fazer distâncias de 31 milhas (leu bem… 31 milhas de avião privado!)… ver também notícia do The Telegraph sobre o mesmo assunto…
Foto: Jeff J Mitchell/Getty Images |
Título e Texto: Jose Bento
Silva, Blasfémias,
2-11-2021
Sindicatos atacam portaria que impede demissão de não vacinados: ‘Insegurança’
Ministério do Trabalho se manifestou a favor da liberdade individual
Cristyan Costa
Nove centrais sindicais se manifestaram contra a portaria do Ministério do Trabalho e Previdência que proíbe a demissão de não vacinados. “Cria-se um ambiente de insegurança e desproteção sanitária”, informou o grupo, em nota publicada na terça-feira, 2.
No documento, os esquerdistas
defendem a compulsoriedade do imunizante anticoronavírus. “Ao contrário de uma
ação autoritária, a obrigatoriedade da vacinação se baseia na responsabilidade
de cada um com o coletivo, sendo, desta forma, uma ação democrática.”
Conforme o governo federal estabeleceu,
“ao empregador é proibido, na contratação ou na manutenção do emprego do
trabalhador, exigir quaisquer documentos discriminatórios ou obstativos para a
contratação, especialmente comprovante de vacinação, certidão negativa de
reclamatória trabalhista, teste, exame, perícia, laudo, atestado ou declaração
relativos à esterilização ou a estado de gravidez”. O rompimento do vínculo
profissional por esse motivo dá aos empregados o direito à reparação por dano moral.
Signatários da nota contra
Bolsonaro
Assinam a nota contra o Poder
Executivo a Central Única dos Trabalhadores, a Força Sindical, a União Geral
dos Trabalhadores, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, a
Nova Central Sindical de Trabalhadores, a Central dos Sindicatos Brasileiros),
a Central Sindical e Popular Conlutas, Intersindical Central da Classe
Trabalhadora e Pública Central do Servidor.
Título e Texto: Cristyan Costa, revista OESTE, 3-11-2021, 7h05
Então, vamos exigir o teste HIV, é isso? Canalhas são e sempre serão.
Relacionados:
China faz aporte milionário em sindicatos brasileiros
Empresas estão proibidas de exigir teste de HIV
Câmara deve votar hoje PEC dos Precatórios
Texto propõe parcelar dívidas do governo
Cristyan Costa
O governo federal espera aprovar nesta quarta-feira, 3, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que trata dos precatórios. A medida está sendo analisada pela Câmara dos Deputados. Segundo o Ministério da Economia, o sinal verde ao texto vai abrir espaço no orçamento de 2022. Dessa forma, será possível liberar verbas para viabilizar o novo Bolsa Família, batizado de Auxílio Brasil.
Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados |
Em linhas gerais, a PEC propõe
parcelar o pagamento dos precatórios. A medida é necessária para amortecer o
aumento expressivo e inesperado dessas dívidas, conforme o Poder Executivo — o
valor dos precatórios a vencer em 2022 soma R$ 89,1 bilhões, ante os R$ 54 bilhões
estimados para 2021. O conteúdo da PEC tem sido motivo de debate e queda de
braço no Congresso.
A PEC
Em vigor desde 2016, o teto de
gastos impede o aumento descontrolado de gastos do governo. Hoje, ele determina
que as despesas da União só podem crescer o equivalente à inflação oficial,
medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de julho de um ano a
junho do ano seguinte.
A PEC dos Precatórios muda
esse cálculo. A correção continuaria sendo pelo IPCA, mas de janeiro a
dezembro do mesmo ano. Como a inflação disparou em 2021, o índice de correção
sobe e também o limite de despesas para o ano que vem. A alteração permitiria
ao governo gastar R$ 47 bilhões no ano que vem.
Além disso, a PEC do governo estabelece um limite para o pagamento dos precatórios. Pelo texto da PEC, precatórios acima de R$ 66 milhões seriam parcelados em dez anos. Assim sendo, o Palácio do Planalto conseguiria margem de mais R$ 44,5 bilhões no orçamento em prol do Auxílio Brasil.
Facebook fecha ‘fazenda’ de posts na Nicarágua
Regime sandinista mantinha centenas de contas para uso político
Dagomir Marquezi
O Facebook anunciou a remoção de uma “fazenda de trolls” mantida pelo regime de Daniel Ortega na Nicarágua. No total, foram 937 contas no Facebook e 363 no Instagram destinadas a falar bem do governo e mal dos opositores.
A “fazenda” funcionava desde
2018, produzida no interior da Telcor, a estatal de telecomunicação
nicaraguense.
No próximo domingo, dia 7, vão
ocorrer eleições presidenciais no país, mas todos os principais candidatos de
oposição foram desabilitados ou tiveram de fugir do país.
Título e Texto: Dagomir
Marquezi, revista
OESTE, 2-11-2021, 21h20
terça-feira, 2 de novembro de 2021
Experiência de vida muda comunicação entre cães e humanos, diz estudo
Animais domésticos têm troca de olhares mais intensa com os donos
Flávia Albuquerque
Um estudo conduzido na Universidade de São Paulo (USP) mostrou que diferentes experiências de vida podem alterar a maneira como os animais direcionam o olhar e se comunicam com os humanos para conseguir objetos inalcançáveis. Ao comparar 60 cachorros de raças e idades variadas, a pesquisa concluiu que 95,7% daqueles que viviam dentro de casa usaram alternância de olhar pelo menos uma vez, enquanto os cães que vivem fora de casa se comunicaram com menor intensidade (80%).
Bill, setembro de 2021, foto: JP |
Já cachorros de abrigo, que
têm pouco contato com humanos, interagiram ainda menos, sendo 58,8%.
Publicado na revista Behavioural
Processes e apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São
Paulo (Fapesp), o estudo analisou a ação de olhar para o objeto ou alimento
desejado, olhar para o tutor e voltar a olhar para o objeto, como forma de
demonstrar o que queria, um tipo de comunicação muto comum entre o animal e o
ser humano. Este é o primeiro experimento que avalia a diferença entre cães que
convivem diariamente com humanos dentro de casa e animais que habitam apenas as
áreas externas das residências e têm interação menos intensa com os tutores.
"Nós que temos nossos
pets observamos muito e, para nós, parece uma coisa muito óbvia que eles se
comuniquem conosco pelo olhar, que eles entendam. Mas, do ponto de vista
científico, é uma coisa muito complexa, uma espécie entender os sinais
comunicativos da outra, conseguir produzir sinais específicos para se comunicar
conosco. Os cães são muito diferentes da maioria das outras espécies, mesmo as
domesticadas. Eles são diferentes de gatos, ovelhas, porcos", disse
Juliana Wallner Werneck Mendes, que realizou o experimento no Laboratório do
Cão do Departamento de Psicologia da USP durante seu mestrado.
Juliana comparou cães de estimação que vivem dentro de casa com aqueles que ficam em quintais e garagens, tendo menos contato com os tutores, e cães de uma organização não governamental (ONG) de resgate de cães. "A conclusão foi os que vivem dentro de casa e têm estímulo constante com seus humanos, aprenderam que a troca de olhares é uma forma eficiente para conseguir o que querem. Os cães de quintal têm a mesma capacidade, mas não praticam como os outros."
[Livros & Leituras] Por ladrar noutra coisa – Diário de uma bitch
Agora, com novos donos, nova casa, nova
vida… tudo mudou. As relações com outros animais, o seu ódio de estimação por
gatos, a vida como influencer, o estranho modo de viver dos humanos,
tudo é relatado no diário que alimenta. Já que falamos em alimentar: para ela,
biscoitos e bacon são vida.
Por Ladrar Noutra Coisa – Diário de uma
bitch
é um registo sarcástico e bem-humorado do mundo canino e humano, segundo o
ponto de vista de uma cadela que, para além de comer e dormir, gosta de
escrever coisas inconvenientes.
* O
humorista Guilherme Duarte. Os adjetivos usados são da Zaya, podendo ou não ter
havido suborno em forma de biscoitos.
A edição é da Porto Editora, 1ª edição:
outubro de 2020. O autor: Guilherme Duarte.
É um livro para amantes de cães, in
fact, para muito amantes, pois que xixi na cozinha, na cama dos donos...
cocô na porta... sei não... acho difícil os amantes de cães ficarem contentes e
felizes. Ok, a bichinha estava no canil, sem modos nem maneiras, portadora de
um passado bem triste, mas, até onde sei, é possível treinar um cão a fazer as
necessidades fora de casa, sem assustá-lo, muito menos maltratá-lo. Em menos de
um ano.
No mais, só lembranças comparativas com
o meu Bill. Que em casa é bem comportadinho – talvez mais do que alguns humanos
que conheci 😉 –, na
rua é uma Zaia: cães, de qualquer marca, são proibidos de circular. De existir
até, porque só o odor de dois deles, já ativa os alto-falantes da ladração. 🐕
21 DE OUTUBRO Quarta-feira
Hoje apanhei os meus donos a chorar por causa de um filme. Era sobre um labrador muito malcomportado, chamado Marley, que (spoiler alert) morre no fim, e lá ficam os meus humanos num pranto de choradeira, que parecia que tinha morrido alguém da família, tipo eu. Até se agarraram a mim a chorar e tudo, feitos maricas.
A culpa não é do Brasil
Nada é tão falso como o teatro das conferências mundiais que culpam o país por todos os males na questão climática
J. R. Guzzo
O Brasil tem uma folha corrida ruim em matéria de tratamento do meio ambiente, desmatamento e outros itens da agenda ecológica? Tem. Mas a verdade, nunca dita — principalmente aqui mesmo, no próprio Brasil — é que ruim, mesmo, é o prontuário do mundo desenvolvido em cada uma dessas questões. Europa, Estados Unidos e outros lugares de primeira classe são maravilhosos, hoje, para dar aulas altamente edificantes de boa conduta ambiental ao Brasil (e de fazerem ameaças cada vez mais agressivas para serem ouvidos, e ouvidos já), mas foram horríveis com as suas próprias naturezas. Conclusão: não são exemplo de nada, para ninguém.
Desgraçado do Brasil, aliás,
se fosse seguir o mundo desenvolvido em matéria de preservação ambiental — a
Amazônia estaria reduzida ao tamanho do Passeio Público de Curitiba, e o resto
da superfície do país seria um deserto de asfalto, autoestradas e outros
portentos da infraestrutura. O país tem muito o que fazer, é claro; também é
muito urgente que faça. Mas nada é tão falso como o teatro montado nessas
conferências mundiais onde se celebra a correção ecológica, fala-se em carbono
zero e se joga no Brasil a culpa por tudo o que existe de errado com a natureza
do “planeta”. O Brasil não é o problema. É, ao contrário, onde se pode estudar,
aprender e encaminhar soluções.
Nenhum país do mundo preservou tanto as suas florestas quanto o Brasil. Em nenhum país do mundo os proprietários rurais são obrigados por lei a manterem intocadas, e reservadas à natureza, 20% de suas propriedades, sem nenhuma compensação por isso. Nenhum país desenvolve tanto a sua produção de alimentos sem tocar em áreas de floresta. Nenhum país do mundo tem quase 15% do seu território ocupado por reservas indígenas — o cenário de sonho dos ecologistas que vivem em países onde não existe índio.
MJ arrecada mais de R$ 100 milhões com leilões de bens apreendidos
De janeiro a outubro deste ano, foram feitos 184 leilões
Karine Melo
Um acervo de 3.567 itens,
entre veículos (mais de 2 mil), aviões (16), barcos (18), fazendas e mansões
(25) e até sucata, são apenas alguns dos exemplos de bens que renderam aos
cofres públicos, nos últimos dez meses, cerca de R$ 105 milhões. Os bens,
apreendidos em operações federais, foram leiloados.
Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, somente no período de janeiro a outubro de 2021, quando houve um salto no número de leilões, foram realizados 184 pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad). O número deve chegar a 200 até dezembro, mas nem sempre foi assim. Em 2018 foram realizados apenas seis leilões pelo órgão. Em 2019, esse número subiu para 11, que resultaram em R$ 4 milhões. O ano passado fechou com 122 leilões, 11 vezes mais que no ano anterior, e R$ 39,9 milhões arrecadados.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil |
O aumento expressivo nessa
modalidade é resultado do redesenho da Senad, que passou a contar com o apoio
de leiloeiros cadastrados e comissões com funcionários públicos nas unidades
federativas, que ajudaram a agilizar as ações. “A Senad promove uma inovação,
ao propor o conceito de círculo virtuoso da política de redução da oferta de
drogas: os recursos obtidos são disponibilizados, em sua maioria, para projetos
de modernização, capacitação, pesquisa e avaliação voltados ao aperfeiçoamento
das atividades dos órgãos de segurança pública, responsáveis pelo combate ao
narcotráfico”, explicou à Agência Brasil o secretário nacional de Políticas
Sobre Drogas e Gestão de Ativos, Luiz Beggiora.
Como exemplos desses investimentos ele citou a aquisição de viaturas, drones, equipamentos de inteligência, de comunicação e de perícia, além de uniformes e de computadores de alta performance para a Polícia Federal, financiamento de grandes operações policiais, a exemplo da Operação Narco Brasil. No caso de leilões de bens relacionados ao tráfico de entorpecentes, os recursos são direcionados ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad), que financia projetos que reforçam a segurança pública e o combate às drogas no país.
[Estórias da Aviação] Umas férias de sonhos
José Manuel
O ano era 1971, o mês, julho e
eu voando para cima e pra baixo os AVROS, com aquele barulho infernal dos dois
turboélices, rosnando em minha cabeça como um teste a longo prazo para ver se a
minha audição aguentaria, e por quantos anos ainda poderia ouvir sem aparelhos!
Não era só aquele baixinho
nervoso e barulhento que incomodava. Havia outro!
O que mais me deixava
incomodado eram aquelas madrugadas infindáveis, sete dias por semana mais uma
reserva e prontidão no meio.
– Alô, sim é José Manuel. Quem
fala?
– Aqui é o Plínio da escala,
Zé Manuel, assim, numa intimidade plena sem que eu a houvesse outorgado em
nenhum momento da minha curta vida de aeronauta.
O sujeito gostava mesmo de
mim, e como ninguém dava o telefone, pois não poderia ser obrigatório ele arrumou
um jeito de conseguir o meu.
Daí para a frente foi só
bullying comigo o tempo todo, durante os próximos 10 "dez" anos!!!
Acabou em 81. Depois eu conto!
– Amanhã, você tem uma Conexão
para São Paulo com decolagem prevista para as 6h e condução na tua casa às
4h30.
Aquilo se repetia dia sim
outro também e passei a odiar aquele telefone preto e o cara do outro lado da
linha.
Aquele recadinho, significava acordar às 3h30, fazer barba, tomar banho, café e ficar dormindo em pé na portaria do meu prédio, de uniforme até que aquela linda kombi azul e branca freasse aos meus pés, enquanto o planeta inteiro ainda dormia!
Naquela época, era escolher
entre vida social ou o emprego. Nada mais do que isso.
Andei tanto de madrugada
naquelas kombis, que hoje em dia, 50 anos depois tenho uma na minha garagem,
por hobby de colecionador e para não me esquecer do... Plínio!
Verdade... é só perguntar ao
Fernando Vieira Dutra, que ele confirma.
Aliás o meu trauma foi tamanho, que tive duas: a primeira, linda, era americana até com ar-condicionado que comprei do Comandante Marcelo Branco, (in memoriam), e marido da Gláucia, lá pelo ano de 85. Depois vendi para o João Nepomuceno que não largava do meu pé querendo aquela kombi a todo o custo.
[Aparecido rasga o verbo] No ápice dos finalmentes...
Elvis Presley got erection filming ‘Girls! Girls! Girls!’ — and it wasn’t edited out
Ben Cost
Elvis Presley was well-known for making the women swoon with his moves
However, the King of Rock and Roll apparently
turned himself on as well after getting “excited” while shooting a dance scene
with actress Laurel Goodwin during the 1962 musical comedy “Girls! Girls!
Girls!” The steamy scene was described in “Good Rockin’
Tonight,” a
memoir by Presley’s former manager, Joe Esposito.
“Damn pants were rubbing me the wrong way and I
couldn’t stop the feeling,” the “Burning Love” singer supposedly told Esposito
of the tentpole moment, the Mirror
reported.
The spontaneous arousal occurred while Presley
was grooving with Laurel to
the song “The Walls Have Ears.”
“The dance scene with Laurel was complicated … at some point during all the wiggling and jumping, those pants really rubbed him the wrong way, and Little Elvis, as he called it, became erect,” Esposito recalled.
The Mississippi-born star was apparently so
shocked at the manhood-moving moment that he ran over to Esposito and
exclaimed, “Did you see that? Did you see what happened below the belt?”
“Geez, I hope they don’t have to reshoot this,”
Presley supposedly lamented, while his manager was certain “Little Elvis”
wouldn’t make the final cut.
However, when the “Blue Suede Shoes” crooner sat down to watch the rough cuts, he noticed that the incident was left in. Despite the scene’s inappropriate nature, “Girls! Girls! Girls!” director Norman Taurog had decided to use the existing cut because of how complicated the scene was to shoot, according to the Express.
segunda-feira, 1 de novembro de 2021
De calcinha, homem chama atenção ao pedir ajuda com carro enguiçado na Linha Amarela
O vídeo que mostra o homem pegando o
triângulo de sinalização está circulando pelas redes sociais nos últimos dias e
viralizando entre os internautas
Altair Alves
Uma cena inusitada chamou atenção de motoristas que passavam pela Linha Amarela, uma das principais vias expressas do Rio, neste domingo (31/10). Um motorista que quebrou com o carro na via pedia ajuda trajado com uma calcinha vermelha e camisa regata.
O vídeo que mostra o homem
pegando o triângulo de sinalização está circulando pelas redes sociais nos
últimos dias e viralizando entre os internautas. Veja abaixo.
“Meu irmão, o Rio de
Janeiro não é conversa fiada. Eu falo e ninguém acredita. Para sobreviver aqui,
tem que ser sujeito homem. Olha isso”, disse o autor do vídeo.
Incrédulo com a situação, o motorista continuou a narrar o fato. “O homem enguiçado, na Linha Amarela, vai pedir socorro e desce de calcinha, amigo. Filho da mãe. Olha isso, cara. Como é que pode uma situação dessas? Rio de Janeiro, pau quebrando, bala voando, e o cara a uma hora dessas desce de calcinha pra pedir socorro”.
Título e Texto: Altair
Alves, 1-11-2021
[Observatório de Benfica] Boa noite, Professor!
Mário Florentino
E se o professor Marcelo,
comentador político, tivesse feito um comentário televisivo na noite de ontem
sobre a atualidade política em Portugal. Seria mais ou menos assim:
“- Boa noite, Professor!
- Boa noite, Judite. Então
hoje temos muito para falar da atualidade política nacional. Mas você está
muito elegante, parabéns. Então avancemos que isto foi uma semana de muitos
acontecimentos. Já falámos na semana passada sobre o chumbo do orçamento,
vejamos hoje a crise nos partidos da direita e o que pode o Presidente Marcelo
fazer a seguir.
- Primeiro, o CDS. Ora bem, o
CDS parece um saco de gatos em que ninguém se entende. Já sabemos que o Chicão
fez aquele número de, primeiro queria antecipar o congresso, agora já quis
adiar o congresso, enfim, uma grande trapalhada, que as pessoas não endentem. E
depois há aquela gente toda à volta do Nuno Melo, que está a debandar e a
deixar o partido. Mas, ó Judite, deixemos por agora o CDS, que já não conta
muito, pois as sondagens só lhe dão um por cento, e por este andar – e com
muita pena minha – parece que vai mesmo desaparecer.
E passemos para o PSD, o meu partido, partido do qual fui líder, há muitos anos. Ora bem, aqui o problema é o seguinte. O PSD estava preparado para ir a eleições em 2023, e não estava à espera disto. E haveria eleições normais, para a liderança do PSD, regulares, já marcadas. Ora Paulo Rangel, recorde-se, apresentou a candidatura normalmente, tudo regular, a essas eleições. E depois é que apareceu a crise política – um pouco precipitada pelo Presidente Marcelo, em minha opinião mal, mas já lá vamos. Ora, num contexto de crise política, e havendo quem se tenha candidatado, não faz sentido não haver disputa interna, e Rui Rio deve ir a votos. Deve deixar os militantes se pronunciarem, ó Judite, é assim, porque se não for assim ficará sempre a suspeita: “olha, o tipo não quis eleições, porque tinha medo de perder”, e fica fragilizado. É assim, em política é assim, é assim, é assim. Deve sempre dar-se a palavra aos militantes. Olhe quando eu fui líder do PSD, lembra-se? Quantas vezes é que eu fui a votos internamente? E fiz muito bem, porque depois saí sempre dos congressos reforçado. Rui Rio deve fazer o mesmo agora. E eu acho que o Rui Rio ainda não percebeu isso, dá um pouco a ideia – e isso é mau – que ele está agarrado à cadeira. Olhe, ele aí está um pouco a lembrar-me o António Costa, que também é muito agarrado ao poder, olhe, já desde o tempo da associação de estudantes de direito ele era assim…
A guilhotina do bem
Maurício Souza, campeão olímpico em 2016,
teve a cabeça cortada em uma ação injusta
Ana Paula Henkel
A Revolução Francesa foi um divisor de águas na história europeia moderna, que começou em 1789 e terminou no final da década de 1790 com a ascensão de Napoleão Bonaparte. Durante esse período, os cidadãos franceses redesenharam o cenário político do país, desenraizando instituições centenárias, como a monarquia e o sistema feudal. Maximilien de Robespierre, o arquiteto do Reino do Terror da Revolução Francesa, encorajou a execução dos inimigos da revolução que prometeu liberdade, igualdade e fraternidade.
O rei Luís XVI, condenado à
morte por alta traição e crimes contra o Estado, foi enviado à guilhotina. Sua
esposa, Maria Antonieta, teve o mesmo destino nove meses depois. Após a
execução do rei, a guerra com várias potências europeias e intensas divisões
ideológicas conduziram a Revolução Francesa à sua fase mais violenta e
turbulenta. Em junho de 1793, os jacobinos tomaram o controle da Convenção
Nacional dos girondinos mais moderados e instituíram uma série de medidas
radicais, incluindo o estabelecimento de um novo calendário e a erradicação do
cristianismo. Aqui, foi desencadeado o sangrento Reino do Terror, um período de
dez meses em que os inimigos suspeitos da revolução foram guilhotinados aos
milhares.
Eu não poderia deixar de
visitar esse período bárbaro da história mundial e, guardadas as devidas
proporções, abordar o assunto da semana envolvendo o jogador de vôlei Maurício
Souza. Ele foi “cancelado” pela turma da tolerância e do amor por expor sua
opinião sobre um desenho em quadrinhos.
O campeão olímpico teve o
contrato rescindido unilateralmente pelo Minas Tênis Clube depois que os
patrocinadores do time sofreram pressões dos atuais jacobinos virtuais que
tentam de todas as maneiras tirar de circulação aqueles que não rezam a
cartilha progressista da turba do Beautiful People. Em tempos em
que questionar virou crime inafiançável, opinar contra o politicamente correto
virou crime hediondo, com pena de prisão perpétua nos calabouços dos
revolucionários de butique. E opinar, sem ofensas, foi o que Maurício fez.
Em seu Instagram pessoal, Maurício já havia criticado o uso da chamada “linguagem neutra”, mais uma página rasa da agenda de identidade de gênero que cancela sem dó nossa linda língua portuguesa. Nessa postagem, Maurício colocou na legenda: “O céu é o limite se deixarmos! Está chegando a hora de os silenciosos gritarem”. Na semana passada, alguns dias depois da repercussão do lançamento da história da DC Comics em que o filho do personagem Super-Homem se assume bissexual, o jogador postou: “É só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar…”. Mesmo sendo duramente criticado pelo terrível crime de opinião sobre um desenho — um de-se-nho, vale frisar —, Maurício voltou ao seu perfil e comentou mais um capítulo da agenda nefasta da esquerda radical: a exclusão de mulheres com a inclusão de homens biológicos em esportes femininos. Para isso, Maurício publicou uma foto de Gabrielle Ludwig [foto], atleta transexual que faz parte de uma equipe feminina de basquete universitário. A foto, uma afronta às mulheres, já foi usada por mim em palestras sobre o assunto para mostrar — em claras e gritantes imagens — o absurdo que as mulheres estão sendo obrigadas a suportar caladas para não serem guilhotinadas. Homens biológicos, visivelmente formados com todos os resultados de anos de testosterona, competindo com meninas.
Política POP
O povo percebe o jogo sujo, sente que sua
liberdade está ameaçada, e não aceitará passivamente ver o Brasil virar uma
nova Venezuela
Rodrigo Constantino
Minha colega de revista Ana
Paula Henkel comentou comigo após o 7 de setembro, quando milhões foram às ruas
numa manifestação patriótica, que mal conseguia andar pela Avenida Paulista e
que nunca vira nada igual, nem em seus tempos de atleta olímpica. A multidão a
parava pedindo fotos, agradecendo por seu trabalho, por dizer a verdade. Em
nossa conversa sobre o episódio, ficamos refletindo sobre a demanda reprimida
por posicionamentos mais conservadores na mídia nacional, e como a simples
coragem de dizer o óbvio se transformou em heroísmo em nosso país.
Estava havia um ano sem vir ao
Brasil. Pode-se alegar que no dia 7 de Setembro a multidão nas ruas era
alinhada, ou seja, há um viés de amostra aqui. Mas fiquei espantado com a
mudança em um ano. Os taxistas e motoristas de Uber me reconheceram, o garçom
do restaurante se disse meu fã e o chef quis tirar uma foto comigo. O cortador
de grama do condomínio dos meus pais no Rio disse que me acompanha, e circular
nas ruas ou no shopping hoje é impossível no anonimato. Em suma, um
comentarista de política virou uma espécie de celebridade, tratamento reservado
antes aos atores globais. Como foi que isso aconteceu?
É preciso compreender o
fenômeno, pois ele não é natural. Jornalistas são reconhecidos, claro, e
recebem elogios ou críticas. Faz parte. Mas o que está se passando é algo bem
diferente. A própria Ana Paula escreveu uma coluna após o 7 de Setembro usando
a alegoria platônica da caverna para mostrar o despertar do povo, que resolveu
deixar a ignorância política de lado. O feedback mais comum
que recebemos é justamente o de que damos voz a essa gente toda, conseguimos
concatenar seus pensamentos de forma concisa, ajudar nas reflexões.
Os 14 anos de petismo foram cruciais para esse despertar. A democracia quase foi destruída, e a economia mergulhou numa crise sem precedentes. O povo buscou mais informações, confiou em quem havia alertado para esse risco desde o começo. As redes sociais furaram a bolha da hegemonia esquerdista na imprensa, e uma maioria até então silenciosa se descobriu maioria, e com voz. A defesa de valores morais, a luta pela liberdade, a verdadeira resistência democrática, tudo isso uniu uma multidão até então dispersa, que se sentia órfã não só na política, como também nos debates públicos.
Conclusões da CPI da Covid
A Controladoria de Pilantras e Impostores resume verdades que Renan e seus parceiros tentam esconder
Augusto Nunes
No mesmo dia em que foram escalados titulares e suplentes da Comissão Parlamentar de Inquérito instaurada no Senado para investigar delinquências ocorridas durante a pandemia de covid-19, a direção de Oeste entendeu que aquilo merecia atenções especiais. A lista de convocados parecia chamada oral em pátio de cadeia. A surpresa virou espanto com a escolha do relator: Renan Calheiros, um notório prontuário ainda em liberdade. Sim, no faroeste à brasileira produzido pela Era PT é o vilão que persegue o xerife. Mas incumbir Renan de investigar patifarias é algo como instalar Marcola, o chefão do PCC, no Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Uma CPI desse calibre exigiu a montagem na redação desta revista de uma Controladoria de Pilantras e Impostores, formada por jornalistas que nunca tratam a verdade a socos e pontapés. Assim nasceu a CPI da CPI. A orientação repassada aos investigadores limitou-se a dois lembretes: 1) ver as coisas como as coisas são; 2) contar o caso como o caso foi. Honrado com o cargo de relator, tive a missão facilitada pelo esforço dos engajados na força-tarefa e, sobretudo, por constatações feitas por J.R. Guzzo e Silvio Navarro. O resumo das conclusões traduz o bom trabalho da CPI da CPI. Aos fatos.
Renan Calheiros, montagem com foto de Edilson Rodrigues/Agência Senado |
A origem
Os inimigos de Jair Bolsonaro
jamais aceitaram o resultado das eleições de 2018. Assim que a apuração dos
votos terminou, os devotos do derrotado tentaram impedir a posse do vitorioso,
com o pretexto de que teria feito mau uso das redes sociais durante a campanha.
De lá para cá, o governo federal não conheceu um só minuto de sossego. Mesmo
nos fins de semana, feriados e dias santos, continua a luta da tropa formada
pela esquerda parlamentar, por políticos que só têm compromissos com os
próprios interesses, por figurões do Judiciário que enxergam um imperador
quando contemplam o espelho e por uma imprensa que vê na derrubada do
presidente da República a razão de sua existência. Os conspiradores fazem o
diabo para impedir que o governo funcione. A mais recente ofensiva ficou por
conta da CPI instaurada pelo Senado, por ordem do Supremo Tribunal Federal,
para provar que o vírus chinês, no Brasil, não matou ninguém. Os mais de 600
mil mortos foram vítimas do genocídio praticado por Jair Bolsonaro.
O G7
Os partidos que deveriam defender o governo conseguiram quatro vagas no time titular. Apenas Marcos Rogério, de Rondônia, soube enfrentar com competência a ferocidade dos sete oposicionistas, escolhidos entre o que há de pior no Senado. Já na sessão inaugural, o relator Renan Calheiros, de Alagoas, o presidente Omar Aziz, do Amazonas, e seu vice Randolfe Rodrigues, do Amapá, deixaram claro que o parecer estava pronto e as conclusões estavam concluídas. Mas ficariam seis meses em campo para que a torcida brasileira conhecesse melhor os integrantes do que ficaria conhecido como G7. Má ideia. Quem ainda ignorava o caso ficou sabendo que Aziz foi anexado à fila de investigados no Supremo Tribunal Federal por ter tripulado um desvio de verbas destinadas à saúde que somaram R$ 260 milhões. Envolvidos no mesmo caso de polícia, foram presos a mulher e dois irmãos do agora conselheiro. Em julho, Arthur Virgílio Neto afirmou que Aziz só escapou de uma CPI da Pedofilia instaurada pela Assembleia Legislativa graças à interferência do ex-senador e ex-prefeito de Manaus. “A pedido de sua mãe, respeitável e querida senhora, livrei-o de uma dura condenação penal e da desmoralização completa”, contou Virgílio.
Foto: Edilson Salgueiro/Agência Senado |
O Brasil que pensa e presta foi apresentado aos chiliques e faniquitos de Randolfe, uma voz de castrato à procura de ministros do STF interessados em aumentar a confusão. A plateia entendeu também que as semelhanças entre o relator e o presidente não apareceram agora. Faz tempo que os dois são casos de polícia. Ganharam notoriedade ou voltaram ao palco outros integrantes do G7. (Nada a ver com o grupo das equipes que lideram o campeonato brasileiro de futebol. Esse G é de Gangue, com maiúscula.) O senador Otto Alencar, da Bahia, é médico formado, mas não veste um jaleco há muitas décadas. Para mostrar que ainda lembra que o antibiótico chegou depois da sulfa, resolveu animar o auditório com pegadinhas. Por pouco não perguntou a alguma Vossa Senhoria se sabia a diferença entre um vírus e um ovário. O senador Humberto Costa, de Pernambuco, mostrou-se tão preparado para socorrer algum doente quanto Otto Alencar. Mas meio mundo lembrou que o mais aflitivo soprano do PT foi aquele ministro da Saúde que se meteu no escândalo dos sanguessugas e acabou ganhando do Departamento de Propinas da Odebrecht o codinome Drácula.
A polícia das ideias
De todas as palavras disponíveis no mercado, nenhuma foi expropriada de forma tão radical para uso político quanto a soma do substantivo “notícia” com o adjetivo “falsa”
J. R. Guzzo
As tiranias, em todas as épocas, sempre capricham na tarefa de criar o seu próprio dicionário. Montam uma coleção de palavras e de combinações de palavras que têm de significar, obrigatoriamente, só aquilo que interessa aos donos do poder; é como se tivessem tirado uma patente, com direitos autorais, sobre porções específicas da linguagem. A partir daí, as palavras selecionadas não podem ser utilizadas por quem está fora do grupo — adquirem, ao mesmo tempo, o significado político estabelecido por seus proprietários e não podem mais voltar ao seu sentido natural.
De todas as palavras
disponíveis hoje no mercado, possivelmente nenhuma foi expropriada de forma tão
radical para uso político quanto a soma do substantivo “notícia” com o adjetivo
“falsa”. É obrigatório falar isso em inglês, naturalmente — fake news. Ao que
parece, só em inglês elas têm significado legal; o Supremo Tribunal Federal,
onde o uso do português, teoricamente, deveria ser obrigatório (trata-se do
idioma oficial do Brasil, segundo a Constituição), só fala na forma inglesa.
Tem, até mesmo, um monumental inquérito sobre fake news, que mete gente na
cadeia e paira como uma grave ameaça, 24 horas por dia, sobre a cabeça do
presidente da República. O mundo político, de um extremo a outro, fala em fake
news como se estivesse operando em Washington. A mídia, então, não pensa em
outra coisa. Em suma: virou ideia fixa, e tem tudo para substituir, a partir de
agora, a obsessão com a CPI da Covid.
A pretexto de salvar a humanidade dos perigos da má informação, o que
eles fazem é censurar o pensamento livre
Normalmente seria apenas mais uma bobagem, entre tantas outras que são produzidas, em compasso de linha de montagem, pelo STF, pelos políticos e pela imprensa deste país. Mas não é assim. Fake news, acima de qualquer outra coisa, é hoje uma arma contra a liberdade; na verdade, a sua manipulação permanente, articulada e agressiva é possivelmente o principal recurso usado no momento pelos inimigos do direito de expressão para impor a sua visão de mundo a todos os demais. A pretexto de defender a virtude e de salvar a humanidade dos perigos da má informação, o que eles fazem, na prática e todos os dias, é censurar o pensamento livre. Fake news, na vida real, não quer dizer notícia falsa. É, isso sim, tudo aquilo com o que a polícia das ideias, hoje presente em todos os aspectos da vida em sociedade, não concorda — ou não quer que seja publicado. O significado da expressão não é mais o original; foi sequestrado por facções políticas e ideológicas para reprimir qualquer ponto de vista que não seja o seu.
Ameaça à democracia
As agressões à liberdade se repetem com
frequência cada vez maior, e pegam cada vez mais gente
J. R. Guzzo
O Brasil vive um tempo escuro para o exercício da liberdade política – um dos piores, possivelmente, que já teve em sua história moderna. Não estão mais em vigor o AI-5 e outras leis de repressão à atividade pública, mas constrói-se com empenho no Poder Judiciário, no Ministério Público e no Congresso Nacional, dia após dia, um sistema de perseguição oficial aos adversários políticos, às ideias não aprovadas nos consórcios onde se decide hoje o que é o bem e o mal para a sociedade e a tudo aquilo que, de uma forma ou de outra, pode ser considerado como conservador, ou “de direita”.
Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, STF |
As garantias constitucionais e
os direitos individuais do cidadão são cada vez mais ignorados nessa ofensiva.
Ou, mais precisamente, está sendo criado no Brasil um sistema legal com duas
faces, em que as regras são aplicadas de acordo com as atitudes políticas de
cada um. Uma parte dos cidadãos, por este ordenamento, tem direito à proteção
da lei; outra, aquela que o mecanismo judicial-parlamentar (e seus aliados)
considera “nociva à democracia”, não tem. Ou melhor: pode ter ou não ter,
conforme o caso, mas isso não dá segurança legal para ninguém – ou a lei vale
sempre, e de forma igual para todos, ou não vale.
As agressões à liberdade se repetem com frequência cada vez maior, e pegam cada vez mais gente. No presente momento, seis deputados no pleno exercício de seus mandatos, e legalmente protegidos por imunidades parlamentares, estão indiciados como réus na investigação da “CPI da Covid” – uma violência grosseira do sistema contra representantes eleitos do povo que não cometeram nenhum crime, mas são inimigos políticos. Há um deputado federal e o ex-presidente de um partido na cadeia – sem culpa formada, sem data para sair e sem que tenham sido presos em flagrante. Pede-se a extradição de um jornalista, que se refugiou nos Estados Unidos para escapar à uma prisão política imposta pelo STF, como se fosse um criminoso procurado pela Interpol. Prendem um motorista de caminhão como ameaça à democracia.
Janaina, sobre Alcolumbre: se tivesse questionado vacinas, ‘já teria caído’
Seis mulheres denunciaram o ex-presidente do Senado por prática de 'rachadinha' em seu gabinete
Fábio Matos
A denúncia envolvendo o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) [foto], ex-presidente do Senado e atual comandante da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, segue repercutindo no mundo político. A deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) usou as redes sociais para cobrar desdobramentos sobre o caso.
Foto: Pedro França/Agência Senado |
Segundo reportagem publicada
pela revista Veja, seis mulheres denunciaram o parlamentar por
prática de “rachadinha” em seu gabinete. Marina Santos, Érica Castro, Lilian
Braga, Jessyca Pires, Larissa Braga e Adriana Almeida, moradoras do entorno do
Distrito Federal, foram contratadas como assessoras, mas jamais trabalharam
para Alcolumbre. O esquema, iniciado em 2016, teria desviado ao menos R$ 2
milhões.
As mulheres tinham vencimentos
mensais entre R$ 4 mil e R$ 14 mil, mas devolviam parte do montante ao gabinete
de Alcolumbre. De acordo com a Veja, os extratos das contas das
funcionárias mostram que o salário era depositado e imediatamente sacado.
“E o caso do Alcolumbre?
Vai ficar por isso mesmo?”, questionou Janaina em seus perfis no Twitter e no Instagram. “Se ele tivesse questionado vacinas
obrigatórias, ou se tivesse criticado desenho, a casa já teria caído. Mas como,
segundo consta, tomou o salário de mulheres vulneráveis, ninguém se importa.
Vai seguir poderoso, presidindo a CCJ.”
Como noticiado por Oeste,
o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) apresentou na sexta-feira 29 ao
Supremo Tribunal Federal (STF) uma notícia-crime na qual pede apuração do caso.
Título e Texto: Fábio Matos,
revista OESTE, 1-11-2021, 9h15
Brasil sediará reunião de líderes do G20 em 2024
Ano que vem, evento será em Bali, na
Indonésia
Wellton Máximo
O Brasil sediará o encontro anual de presidentes e primeiros-ministros do G20, grupo das 20 maiores economias do planeta, em 2024. O anúncio foi feito durante a divulgação do documento final da reunião do grupo, que terminou hoje (31) em Roma.
Foto: Reuters |
A cidade brasileira para sede
do encontro ainda não foi definida. Esta é a primeira vez que o Brasil é
escolhido como anfitrião para uma cúpula de líderes do G20 desde a criação do
grupo, em 1999. Em 2008, ocorreu um encontro de ministros das Finanças do G20
em São Paulo.
No próximo ano, o encontro de
líderes do G20 ocorrerá na ilha de Bali, na Indonésia. Em 2023, a sede será
Nova Délhi, na Índia.
Documento final
O documento final do G20 foi
assinado por todas as vinte maiores economias do planeta: África do Sul,
Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China,
Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México,
Reino Unido, Rússia e Turquia.
Neste ano, os presidentes da
Rússia, Vladimir Putin, e da China, Xi Jinping, não compareceram ao encontro,
mas enviaram representantes.
Título e Texto: Wellton
Máximo; Edição: Nélio Neves de Andrade – Agência Brasil, 31-10-2021, 19h12
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