Haroldo Barboza
O desejo dos administradores públicos imorais é que sua gestão seja aceita sem restrições (nem precisa de aplausos) por mais de 95% das comunidades que comandam. Desta forma, eles terão tranquilidade em executar seus planos de enriquecimento meteórico e aquisição de alto poder (para ornamentar seus egos e manipular “colaboradores” em postos chaves).
Pelo perfil da humanidade, tal
percentual é praticamente impossível de ser alcançado dentro de um cenário onde
a opinião é livre. Então este plantel de mal-intencionados vem usando as
ferramentas disponíveis no momento:
- pregação religiosa que
orienta os fiéis a rezarem por um milagre no lugar de pressionar seus
representantes;
- propaganda repetitiva de falácias
que se tornam “verdades” após N anos;
- manutenção do cenário
caótico da educação básica (se souber escrever nome, endereço e CPF, já está
“esclarecido”);
- troca de conteúdo de livros
escolares;
- mensagens subliminares (e
até escancaradas) em enredos de novelas para corroer o respeito familiar;
- burocratização (para criar
confusão e desestímulo) de acesso às informações reais sobre temas de interesse
público (desde balancetes claros sobre uso de impostos até arquivos definidores
de licitações de obras inócuas);
- enxurrada de jogos virtuais
onde para “vencer” são usadas artimanhas que fazem o usuário sentir-se
“esperto” e habilidoso. Com tantos atrativos nos celulares, quem vai se lembrar
de agregar seu grupo de contato para planejar alguma ação cívica em defesa de
seus interesses?
As medidas acima (e outras não lembradas) são demoradas e absorvem altos custos aos gestores. Mas o uso de componentes químicos (em alimentos pulverizados com tóxicos, medicamentos para “resfriados” e vacinas criadas em 6 meses) ajudam a acelerar o plano de dominação em larga escala, criando um estado de acomodação nos ouvintes para aceitarem barbaridades sem protestos barulhentos. Pequenos resmungos pontuais são fáceis de abafar com alguma “benesse” barata.
Para um futuro próximo (menos
de 15 anos?) já devem estar planejando a implantação de um chip na nuca dos
nascidos a partir de uma data a ser definida pelos gestores do planeta (quase
300 famílias). Tal implantação será anunciada com “convincentes argumentos
lucrativos” às vítimas. Por exemplo (Brasil):
CARACTERÍSTICAS:
- localizar em 15 minutos quem
se perder numa trilha fechada, embarcação em alto mar, desabamento ou em caso
de sequestro;
- feminicidas que ameaçam
ex-companheiras, serão abordados em 5 minutos caso desrespeitem a distância
definida pelo juiz;
- fugitivos de cadeias serão
recapturados em 2 dias;
- compras e saques bancários
só serão oficializados (melhor que PIX) se a pessoa tatear uma parte do corpo
(a escolher) e não estiver com dores por torturas;
- exame de parentesco (DNA) em
5 minutos (sistema nuca-nuca);
- acionamento do plano de saúde
em caso de internação hospitalar;
- emissão e checagem de
passaporte virtual em 5 minutos;
- mensagens via WA (até 2
linhas) através do pensamento (ter cuidado para não pensar em palavrões para
evitar ofender o destinatário);
- dados cadastrais básicos
poderão ser usados (via bluetooth) após tateamento;
- isenção de taxas do DETRAN
na compra do primeiro carro;
- obtenção de abatimento do
primeiro IPTU na compra do primeiro imóvel;
- sorteio trimestral de 5.000
dólares (5 pessoas) em bancos parceiros do projeto carinhosamente chamado de
“cheer-chip” (gíria: “xixip”);
- permitir que o hospital
(parceiro credenciado) identifique com rapidez alguma emergência potencial em
um paciente que chegue desacordado na unidade.
Até habitantes idosos serão
voluntários neste projeto.
A “bula” dará destaque a todas
estas “vantagens” (e outras não lembradas agora) em letras garrafais. Mas não
citará que o portador do equipamento será “monitorado” a ponto de:
- ter sua capacidade de
reprodução reduzida;
- receber mensagens durante o
sono de interesse do gestor de sua comunidade;
- manter seus hormônios de
alegria em alta, mesmo pagando impostos sem retorno equivalente.
E assim, a “democracia” vai
equilibrar a humanidade durante dezenas de anos, principalmente em países em
“desenvolvimento” (possuidores de minas atraentes às ávidas aves de rapina que
aceleram a degradação do planeta). Centenas de “formigueiros” com alegres
“operárias” servindo à opulenta “rainha” com muito esforço e orgulho, para a
perpetuação de dois estilos distintos de vida:
DD (Democracia
Dominante): castas governamentais usufruindo de pomposas moradias abastecidas
de alimentos altamente nutritivos e regados com vinhos de qualidade elevada.
Frota de carros oficiais blindados para passeios divertidos e culturais. Até
para levar o cão de estimação à loja pet. Equipes de seguranças bem treinados
para a família de cada membro do alto escalão do governo, bem como rede de
hospitais equipados com os melhores aparelhos para tratamento de doenças
diversas. Escolas preparatórias para formação complementar em universidades
estrangeiras. Tecnologia padrão 5G à disposição.
dd (democracia
desesperada): glebas de sacrificados residindo em localidades com incidência de
deslizamentos e enchentes, obtendo alimentação após renhida disputa com animais
esfomeados e lavados com água contaminada pela geosmina.
Uso de coletivos malconservados,
apinhados e com horários desconexos. Regularmente alvos de balas perdidas por
disputas entre meliantes urbanos. Visitando hospitais sem maca, medicamentos
básicos de primeiros socorros e equipamentos de emergência. Escolas com telhas
furadas, quadros e carteiras quebradas, banheiros contaminados, copa servindo
pão adormecido com limonada rala sem açúcar e abnegados professores mal pagos.
Instalações deprimentes que espantam alunos desmotivados que desde cedo
precisam ajudar na busca da renda familiar. Tornam-se presas fáceis para
ingressarem nas “universidades do crime” e/ou tornarem-se drogados
improdutivos. Tecnologia 2G nos recantos do país.
Haverá um “salvador” (um
hacker inesperado que tenha misturado feijoada com conhaque “paraguaio”) que
possa criar ruptura neste cenário?
Título e Texto: Haroldo
Barboza, 3-11-2021
Anteriores:
Capítulo 3: estatutos da Biacoop
O fascismo no século XXI
Capítulo 2: criação da Biacoop
[Dossiê: A Democracia] Capítulo 1: legenda e agenda
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-