Oswaldo Colombo Filho
Prezados senhores
representantes das entidades dos aposentados e trabalhadores:
A notícia abaixo, veiculada
nesta data pelo jornal O Estado de S.Paulo, por si só demostra o que produz o
chamado “estado de bem estar social” ou mercado da terceira idade, se bem que
muito mais do que o reajuste equiparado ao que é concedido ao salário mínimo e
o fim do fator previdenciário deveriam em haver para com a nação até que se
pudesse ser conclamado um mínimo estado de bem estar social no Brasil que sequer tem saúde pública,
saneamento e educação.
Segundo a Previdência Social,
o aumento a ser concedido no próximo ano aos beneficiários do RGPS, custará aos
cofres do INSS cerca de R$ 23 bilhões de reais, e como podem ver isso
repercutirá na Economia de Mercado em R$ 64 bilhões através do efeito
multiplicador em justa medida em que os recursos distribuídos pela previdência
sejam repassados a milhões de beneficiários.

Posto que, seja lá qual for o
tipo de benefício no RGPS, os valores reais são baixos comparados ao mercado;
portanto, há de se atentar que a maior parte, senão a totalidade do adicional
recebido em 2012, por qualquer beneficiário do irá para consumo. Consumo, e
evidentemente em gêneros básicos, alimentos e até medicamentos cuja carga
fiscal gira em torno de 34%. Somos caso único no mundo – uma vergonha.
Disto evidencia-se que de
imediato, num país com tamanha carga fiscal, no mínimo 30% desses recursos
reingressam rapidamente no circulo do escorchamento fiscal; contudo ampliam o
mercado interno, especificamente a um nicho imune a crises externas, que na
Europa convenciona-se dizer “mercado da terceira idade” e que aqui acham por
bem sacrificar sob as mais estúpidas e esfarrapadas desculpas. Tais recursos rapidamente
retornam à economia, não só gerando arrecadação, mas a distribuição desta entre
as diferentes esferas de Poder (estadual e municipal), geram empregos que por
sua vez geram mais arrecadação.
Se este benefício, em seu
efeito multiplicador deixa de ser considerado pelo seu aspecto positivo a quem
recebe mais que o piso previdenciário, é porque V.Sas. estarão tratando deste
tema com um analfabeto em economia. Pois a meu ver já não sei se a corrupção
instalada no governo é apenas fruto da falta de moral de alguns ou do
desmantelamento da competência do Estado para dar espaço e ao clientelismo. O
efeito calculado pelos economistas (de renome e respeito), abaixo citados é de
2,78 ; ou seja para cada unidade monetária distribuída através do RGPS o impacto
no PIB brasileiro será 2,78 unidades monetárias.
Mesmo que fosse de um, o dever
social do Estado deveria ser cumprido em especial para com o RGPS urbano, onde
8,4 milhões de famílias estão acuadas por não haver política inteligível
alguma,. Que foi a proposta de FHC, e que Lula manteve e até piorou, e que vem
sendo utilizada por políticos e toda classe de vagabundos possíveis há anos
para ludibriar eleitores. Lembrando que estes são da parcela do Regime (urbano)
que é superavitário.
V.Sas. estarão em reunião com
autoridades nas próximas horas,
esperamos que se valham de algum informe citado, e após tal encontro coloquem a
público o que de fato transcorreu. Nada de promessas, festejos ou bobagens
afins como fotos abraçados a quem quer que seja; pois a sociedade deseja fatos
concretos, datas, nomes, o que e quando para que possamos dar nomes aos bois em
todos os veículos de comunicação e não mais um “oba oba” de campeonato de
várzea, onde tudo é festa e tanto faz vencer ou perder. Milhões de pessoas estão
ansiosas por uma condição mais digna de sobrevida e esta na hora de que se no
governo não houver demonstração de competência e mínimo desejo de agir com
decência, que isto fique claro a toda
sociedade prejudicada em alto e bom tom; mas de forma alardeada e direcionada,
e como já colocado, dando nome a quem de direito pela mais completa falta de
resultados que persiste. Casamo-nos de desculpas e de tocar tambor, não somos
uma turba nem tribo de índios, pagamos e contribuímos para que o Congresso e os
Ministérios trabalhem. V.Sas. estarão junto a eles representando grandes
interesses que bem o sabem, ao retorno gostaríamos de vivo esclarecimento do
que e por quem as coisas se dão.
Respeitosamente
Oswaldo Colombo Filho
Movimento Brasil Dignidade
Aumento do mínimo injeta R$ 64
bi na economia e dá fôlego ao PIB em 2012
Elevação do piso, considerado
vilão em épocas de economia aquecida, deve garantir retomada do crescimento no
primeiro trimestre
Marcelo Rehder, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O reajuste de
14,3% no valor do salário mínimo, que passa dos atuais R$ 545 para R$ 622,73 em
janeiro, deverá injetar cerca de R$ 64 bilhões na economia brasileira em 2012.
A destinação desses recursos para consumo ou pagamento de dívidas tende a
acelerar os negócios e permitir que o Produto Interno Bruto (PIB) volte a
crescer no primeiro trimestre do ano que vem, depois de ficar praticamente
estagnado ao longo do segundo semestre de 2011.
"Nossa estimativa é de
que o PIB brasileiro volte a crescer em um ritmo de 0,8% no primeiro trimestre
de 2012, principalmente por causa do impulso dado pelo salário mínimo em um
período que tradicionalmente é fraco", diz o economista-chefe da LCA
Consultores, Bráulio Borges, autor do estudo sobre o impacto do aumento do
mínimo no crescimento econômico do País.
Nesse cenário, o aumento do
mínimo em 2012 passa de vilão a mocinho. No lugar de dar mais combustível à
escalada da inflação, como criticavam economistas e empresários, essa montanha
de dinheiro passou a ser bem vinda para reacelerar a economia brasileira.
"Se isso viesse num momento de atividade econômica excitada, promoveria
muita preocupação", diz Paulo Francini, diretor da Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Porém, vem em um momento em
que a economia dá sinais de redução e queda até maiores que o previsto."
Impacto. Nos cálculos da LCA,
o ganho real de 7,5% do salário mínimo deverá agregar 0,3 ponto porcentual ao
crescimento do consumo das famílias, componente que responde por 60% do PIB
brasileiro sob a ótica da demanda. Assim, o reajuste do mínimo agregaria 0,2
ponto porcentual ao crescimento do PIB como um todo no ano que vem.
O economista explica que o
impacto relativamente pequeno sobre o PIB acontece porque a massa de
rendimentos da economia vinculados ao salário mínimo (somando rendas do
trabalho, previdenciária e assistencial) é de "apenas" 22% da massa
total brasileira.
O aumento real de 7,5% deverá
beneficiar cerca de 66 milhões de pessoas, o que representa 46% da população
que recebe algum rendimento no País. Além de aposentados e pensionistas que recebem
um salário mínimo, o cálculo inclui ocupados com rendimento de até 1,5 salário
mínimo e beneficiários da Lei Orgânica Social (LOAS) e do Renda Mensal
Vitalícia, também atrelados ao salário mínimo.
Mas a participação da massa de
rendimentos vinculados ao mínimo muda bastante dependendo da região. No Norte,
ela é de 29% e, no Nordeste, de 37%. Já no Centro-oeste é de 19%, enquanto no
Sudeste e no Sul fica em 17% e 18%, nessa ordem.
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