quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

De um Mufti a outro

O xeique Mohamed Hussein, chamado de o grande mufti (espécie de ‘jurista’ especializado em interpretar a Lei Sharia do radicalismo islâmico) de Jerusalém, instigou os palestinos a massacrarem os judeus.
Beatriz W. de Rittigstein
Há algumas semanas, num sermão transmitido pela TV, o xeique Mohamed Hussein – o “grande mufti de Jerusalém” – fez em sua peroração uma ferrenha instigação ao massacre dos judeus, com base em determinados ‘ensinamentos’ e ‘ditames’ atribuídos a Maomé e que constituem parte das justificativas do ódio antijudeu pelo Islã radical.
Mas, isso não representa nenhuma novidade e é mais uma tentativa que esse clérigo da religião do ódio faz para levar o conflito árabe-israelense para o terreno religioso, para justificar a ‘jihad’, a sua ‘guerra santa’, por ‘mandato divino’, para a qual não haveria nenhuma solução a não ser a completa destruição do estado de Israel e do povo judeu.
O Hussein do presente, máxima autoridade islâmica dos palestinos, segue a tradição de outro muftí, Amin al-Husseini, que encabeçou ‘pogroms’ contra a população judia na Palestina, durante o Mandato Britânico (antes da criação do Estado de Israel).

Al-Husseini em seu encontro com Hitler em Berlim (1942) e passando as tropas de SS para os territórios da África e Palestina
Quando estourou a IIª Guerra Mundial, al-Husseini se encontrava em Berlim, onde foi um firme aliado do Terceiro Reich; assumiu papéis entre os nazistas. Há documentos e fotos que testemunham com clareza o objetivo comum de criar um articulado programa de extermínio do judaísmo.
Após a tomada da Iugoslávia pelas tropas alemãs, recrutou muçulmanos bósnios e albaneses para as SS. Em 1942, o mufti se entrevistou com Adolf Hitler, o ‘fuhrer’. Seu propósito era o de convencê-lo a estender o extermínio de judeus aos territórios que a França de Vichy e a Itália controlavam no norte da África; também propôs que Tel Aviv fosse bombardeada.
Com a rendição da Alemanha, fugiu para o Cairo, onde prosseguiu com a sua atividade antijudia. Participou da guerra de 1948 contra o recém-nascido Estado de Israel. Sua insistência em afirmar um antissemitismo religioso fez com que perdesse apoios políticos e se viu obrigado a se radicar no sul do Líbano.
Nos dias de hoje, a memória daquele antigo mufti nazifascista, que exacerbou o ódio contra os judeus, é venerada pelos extremistas islâmicos e vemos que o atual mufti segue o seu exemplo perverso e ignóbil.

De 1942 a 2011 – a filosofia (não a religião) islamo-fascista continua a mesma.
Título e Texto: Beatriz W. de Rittigstein, El Universal, 07-02-2012
Tradução e Imagens: Francisco Vianna

NOTA DO TRADUTOR:
Em outubro de 2006, três meses depois de sua indicação como ‘Grande Mufti’, o atual, Mohamed Hussein, disse numa entrevista que o uso de homens-bomba suicidas pelos palestinos contra os israelenses era "certamente, legítimo, enquanto ato de resistência”.
Em 9 de janeiro de 2011, fazendo um sermão para uma multidão num evento para celebrar o 47º aniversário da fundação do FATAH, Hussein citou uma ‘HADITH’ controversa (um dito atribuído ao profeta Maomé) que diz: "A Hora não chegará até que tu lutes contra os judeus. Os judeus se esconderão por trás das pedras e das árvores. Mas, mesmo as pedras e as árvores gritarão: Oh muçulmanos, servos de Alá, há um judeu atrás de mim, venha e o mate". Que diabo de religião é essa?
Tais palavras ofensivas do mufti foram ao ar pela TV palestina no mesmo dia e se disseminaram, então, mais amplamente em 15 de janeiro pelo Observatório da Mídia Palestina, e um grupo midiático israelense. O Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou o pronunciamento do mufti como "moralmente ignominioso" e comparou seu comportamento ao antigo ‘grande mufti’ de Jerusalém, Haj Amin al-Husseini, que tinha se aliado a Adolf Hitler nas décadas de 1930 e de 1940. O procurador geral israelense, Yehuda Weinstein, instruiu a polícia para abrir uma investigação criminal sobre o assunto. (Dados da Wikipédia

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