POR OCASIÃO DO ANIVERSÁRIO DA
QUEDA DO “COMUNISMO” DE ALLENDE EM 1973, A POLÍCIA METE 264 BADERNEIROS ATRÁS
DAS GRADES.
Francisco Vianna
O Chile hoje é o que se
costuma chamar de “país de primeiro mundo”, embora o tamanho de sua economia
seja ainda pequeno em relação às maiores do chamado “mundo livre”. Muitos
analistas consideram que a chegada do país andino a esse ponto de excelência
social (política e econômica) se deveu, basicamente, à ditadura militar de
Augusto Pinochet e ao subsequente governo de esquerda moderada de
“concertación” nacional.
Em Santiago do Chile, a
capital, na última quinta-feira, a polícia chilena foi para as ruas e prendeu
264 militantes baderneiros que iniciavam manifestações violentas com
quebra-quebras e agressões indiscriminadas ao mesmo tempo em que 42 agentes
policiais também ficaram feridos durante uma longa noite de violência, quando o
país comemorou o 40º aniversário da deposição do presidente Salvador Allende
pelos militares comandados por Augusto Pinochet em 1973.
Na noite anterior, de quarta-feira,
um grupo de encapuçados atirou ácido de surpresa em oficiais militares ferindo
gravemente seis deles, entre os quais estava o general Rodolfo Pacheco, um dos
principais chefes de polícia da capital chilena, que foi trasladado por
helicóptero a um hospital após receber o impacto na cabeça de uma garrafa de
coquetel Molotov não aceso. Três ônibus foram incendiados, os quais, a seguir,
serviram de barricadas para os militantes agitadores nas ruas da cidade.
O presidente Sebastián Piñera
tinha apresentado um projeto de lei ao Congresso no início deste ano que
aumenta a pena de prisão para os que insultam ou promovem dano físico à polícia
e ao patrimônio público e privado, como qualquer ataque a veículos ou quartéis
de polícia.
O chefe do executivo chileno
visitou na quinta-feira os oficiais feridos e pediu ao povo que identifique os
agressores. “Foi uma noite violenta. A verdade é que poderia ter sido muito
mais violenta não fosse a eficaz e organizada ação dos ‘carabineros’”, disse Piñera aos jornalistas. “Nosso diagnóstico é o
de que, sem dúvida, a baderna e a violência foi obra de grupos organizados
pelos mesmos “movimentos sociais comunistas” que infestam a América latina, aos
quais se juntam bandidos e delinquentes habituais, como traficantes e outros “sociopatas”.
Disse ainda, o presidente
Piñera que “existe uma ação concertada em toda a América latina de infiltrar
militantes de esquerda radical, terroristas profissionais mercenários, em
manifestações pacíficas de protesto, no Chile e em outros países – como temos
visto recentemente no Brasil – com a finalidade de deteriorar tais
manifestações transformando-as em vandalismo, agressões a pessoas e policiais e
danos ao patrimônio público e privado mediante apedrejamento, lançamento de
ácido, coquetéis Molotov e pequenas bombas de fabricação caseira. Ora, o poder
público não pode assistir tudo isso de forma impassível, a não ser que esteja
mancomunado com tais grupos”.
E o mandatário finalizou
dizendo que nos últimos dos anos, “mais de 700 carabineiros (policiais) ficaram
feridos pela ação covarde e criminosa desses vândalos encapuçados militantes da
esquerda radical”.
A violência irrompeu por
ocasião do 40º aniversário do golpe militar de 11 de setembro de 1973 que deu
origem a uma severa ditadura do general Augusto Pinochet, mas que recolocou o
Chile no caminho do desenvolvimento que transformou o país na nação capitalista
e democrática mais desenvolvida da América latina hoje, apesar do custo humano
do regime Pinochet de 3.095 mortos, dentre os quais 1.200 estão desaparecidos.
Apesar de tal preço pago pela
sociedade chilena, muitos acreditam que valeu a pena, pois os militares
impediram que o país mergulhasse num regime semelhante ao cubano e se tornasse
hoje um país de pobres e miseráveis a sustentar uma restrita burguesia estatal
a viver nababescamente à custa do trabalho escravo do seu povo, como ocorre com
a ilha-cárcere dos irmãos Castro.
Título e Texto: Francisco Vianna, (da mídia
internacional), 13-9-2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.
Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.
Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-