sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Cristãos ameaçados no Iraque: não espere solidariedade das esquerdas humanitárias

Rodrigo Constantino
Militantes do grupo extremista sunita Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) ampliaram as conquistas no norte do Iraque nesta quinta-feira, tomando mais cidades e fortalecendo sua posição próxima à região curda, em uma ofensiva que tem preocupado o governo de Bagdá e potências regionais. O avanço forçou milhares de residentes da maior cidade cristã do Iraque, Qaraqosh, a fugirem, temendo estarem sujeitos às demandas dos jihadistas feitas em outras áreas tomadas: ir embora, converter-se ao islã ou ser executado.

O EIIL, que é considerado ainda mais extremista do que a Al Qaeda, vê a maioria xiita do Iraque, e minorias como cristãos e yazidis, como infiéis. O grupo militante disse em comunicado em sua conta no Twitter que os combatentes haviam tomado quinze cidades, uma estratégica represa no rio Tigre e uma base militar, em uma ofensiva começada no fim de semana e que se prolongaria até a “vitória final”. Autoridades curdas, no entanto, disseram que suas forças ainda controlam a represa de água potável.

É isso que a esquerda defende em nome do multiculturalismo?

Não espere, caro leitor, manifestações solidárias aos cristãos no Iraque. Não espere inúmeros artigos dos “intelectuais” chamando a atenção para esse ataque absurdo. Não espere que a esquerda se mobilize em prol dos “direitos humanos”, condenando veementemente os terroristas islâmicos. Não espere discursos inflamados na ONU. Não espere encenações de profunda indignação com a vida de mulheres e crianças correndo perigo só pela opção religiosa. Não espere acusações de “genocídio”.

Afinal, nada disso serviria como dividendo político para atacar os Estados Unidos, obsessão patológica dos “humanitários” de esquerda. Não serviria para cuspir no Ocidente, passatempo preferido de quem desfruta de todas as conquistas ocidentais inexistentes nos países islâmicos. Não serviria para usar um povo – o judeu – como bode expiatório para todos os males do mundo. Não serviria para criar a narrativa maniqueísta de “poderosos capitalistas” contra “pobres vítimas”.

Então, você não verá nada, nem uma só palavra de apoio aos cristãos iraquianos. Sabemos disso, pois ocorreu antes, em outros países islâmicos, e a esquerda humanista não deu uma palavra de apoio às vítimas. É nessas horas que toda a hipocrisia e a verdadeira agenda dessa gente vêm à tona…
Título e Texto: Rodrigo Constantino, 08-08-2014

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