segunda-feira, 15 de setembro de 2014

O que nos reserva o futuro após as eleições, independentemente de quem será o presidente?...

Valdemar Habitzreuter 

 
Esta opacidade pavorosa, que por ora paira no horizonte político sem que saibamos a realidade que está sendo desenhada, nos deixa inquietos e apreensivos. Nenhum dos três principais postulantes ao cargo de Presidente da nação nos inspira confiança. Suas altissonantes propostas de governar para o povo demonstram apenas um discurso flatus vocis, um discurso vazio de reais propósitos factíveis. Nenhum deles, até agora, foi capaz, nesta reta final da campanha, de traçar as diretrizes de como vai governar, respeitando a voz do povo.

O mais simples dos cidadãos sabe que o bom governo é aquele que transmite confiança e coragem no enfrentamento dos problemas sociais, que joga limpo com o povo pelo qual tem responsabilidade quanto ao seu bem-estar, pois participante do processo de engrandecimento da nação.

O objetivo dos três candidatos, me parece, é chegar lá, chegar ao topo do poder e, para isso, valem-se de um discurso distante do que o eleitor quer ouvir. Estas promessas mirabolantes que os candidatos vociferam em alto e bom-tom denunciam suas fragilidades de um bom governo no futuro. O foco da campanha não visa o cidadão, mas tão somente a conquista do poder, e é por isso que se atacam mutuamente expondo o que cada um tem de podre, tanto moral como politicamente.
Seus supostos programas de governo são pífios, ilusórios, complexos e sem clareza.

Aos cidadãos o que interessa é se o futuro presidente respeitará os ideais democráticos de nossa República, simples assim. A presidente em exercício – e candidata à reeleição – não foi capaz, durante seu mandato, de deixar-se orientar por tais ideais. Quis centralizar o poder para si, enfraquecendo o poder legislativo e judiciário. A Dilma não merece ser reconduzida ao poder, sob o perigo de surgir no Brasil uma democracia capenga nos moldes da venezuelana em que a liberdade é uma fachada ilusória.

É importante nesta eleição que avaliemos os candidatos quanto ao perfil democrático que cada qual se diz imbuído. O verdadeiro democrata deixa-se revestir pelos poderes constantes na Carta Magna aos quais submeterá seu governo. A Dilma não faz isso, ela é centralizadora. É oportuno que seja alijada do poder. É melhor apostarmos na incógnita dos outros candidatos do que sermos engolidos pelo abismo da ditadura bolivarianesca.

Quem sabe não é hora de reinventar o Estado - que o petismo contaminou com a falsa socialização -, para que se aprume na direção da democracia plena? Transcrevo aqui um trecho da entrevista da ministra juíza Carmen Lucia na revista Veja que explicita bem o descompasso entre a voz do povo e governo:

 “...Temos de saber qual o ritmo de exigência da sociedade e como, dentro da lei, promoveremos a reinvenção do Estado, que é a palavra a ser pregada. É preciso uma reinvenção institucional para dar uma resposta eficaz ao cidadão que nos põe lá para que se faça o que é preciso ser feito. O Estado brasileiro é devedor e, sendo devedor, cada vez mais vira alvo de insatisfações. A vida é tão passageira que digo que meu lema é felicidade já, justiça já. Ninguém está com paciência de esperar. O cidadão trabalha e quer ter educação, saúde e justiça rápida, não aceita mais essa realidade que lhe é oferecida...”
Sábias palavras!

Que o digam os milhares de ex-trabalhadores aposentados do Aerus o quanto são penalizados pelo governo pela falta de uma resposta e resolução eficaz concernente ao pagamento dos proventos que têm direito.

FELICIDADE JÁ! JUSTIÇA JÁ!
Título e Texto: Valdemar Habitzreuter, 15-09-2014

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não publicamos comentários de anônimos/desconhecidos.

Por favor, se optar por "Anônimo", escreva o seu nome no final do comentário.

Não use CAIXA ALTA, (Não grite!), isto é, não escreva tudo em maiúsculas, escreva normalmente. Obrigado pela sua participação!
Volte sempre!
Abraços./-