domingo, 18 de janeiro de 2015

Estado Islâmico está a condenar homossexuais à morte

Os métodos utilizados são medievais: os condenados são lapidados até à morte, crucificados ou, simplesmente, atirados de grandes alturas perante o olhar da multidão. Atenção: as imagens são chocantes.

As imagens das execuções públicas são partilhadas pelos militantes do EI nas redes sociais. Foto: AFP/Getty Images

Miguel Santos

Nota: as imagens que ilustram este artigo são chocantes e podem ferir a sensibilidade dos leitores.

O Estado Islâmico (EI) está a aplicar a pena de morte a homens assumida ou alegadamente homossexuais. Os métodos aplicados são medievais: os condenados são lapidados até à morte, crucificados ou, simplesmente, atirados de grandes alturas, através de telhados de edifícios enormes, perante o olhar atento da multidão que os observa do chão, como conta o The Daily Beast.

As imagens que chegam das execuções públicas estão a inundar as redes sociais – os militantes do EI publicam regularmente as fotografias no Twitter, como método de propaganda e de disseminação dos ideais da organização terrorista.

Na foto, homens encapuçados prestes a empurrar o condenado

Estas execuções parecem ter tido lugar em Mossul, a capital da província de Ninive. Uma província há muito nas mãos dos terroristas do EI, cujo desígnio, além da edificação de um grande califado, é aplicação estrita da sharia  – a lei islâmica –  em todos os territórios controlados.

No entendimento dos militantes do EI, a homossexualidade é considerada um comportamento desviante e impuro e, por isso, punível com pena de morte.

O momento da execução

Mas porquê tornar públicas estas execuções, sobretudo em regiões já controladas e sob o domínio incontestável do grupo? Para espalhar o terror, desincentivar os locais e para intimidar os rivais, analisa o mesmo jornal.

Além disso, as fotografias captadas são de alta resolução e pensadas estrategicamente. O objetivo? Tornar viral e “partilhável” o momento. No fundo, alimentar a máquina de propaganda do EI.

A pena de morte por lapidação é outro dos métodos utilizados pelo Estado Islâmico

Título e Texto: Miguel Santos, Observador, 18-1-2015

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6 comentários:

  1. Não, não é! Nada a ver com "cultura", mas, isso sim, com barbárie. Ponto final!
    Quando os ocidentais perderem o medo (compreensível) e chamarem as coisas pelos seus VERDADEIROS nomes, tenho a certeza, com o perdão da presunção, que algo mudará para melhor, para todos. Para nós e para os que sofrem nas mãos dessas bestas: homossexuais, mulheres, crianças, muçulmanos 'normais'...

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  2. Jim, enquanto eu lia, me lembrava de qd estudamos sobre os Assirios na escola, o povo mais bárbaro que existiu.

    A humanidade precisa se livrar de coisas assim se quiser continuar. Sobrevivência.

    Os americanos estão nos deixandos ver de quem tinhamos peninha?
    Circe

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  3. Circe, há "alguns" anos seres humanos vibravam e deliravam em assistir a outros seres humanos serem mortos por outros seres humanos, à espada ou a martelo. Adoravam também ver seres humanos VIVOS serem comidos por leões – estes sem culpa nenhuma.
    Mas a civilização judaica-cristã evoluiu, felizmente para a humanidade.

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  4. Mas nem todos os seres humanos evoluiram...

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