sábado, 21 de janeiro de 2017

“Tenho muitas esperanças em Trump”

Vitor Cunha

Para desenjoar um bocado das televisões

Tenho muitas esperanças em Trump, algumas delas confirmadas hoje. Admito que acho bastante parolo que num país se opine sobre as escolhas livres de outro, principalmente quando não achamos grande piada se um país que vai financiando os desmames da balofa classe política que nos pastoreia faz o mesmo sobre as nossas opções, as que eles vão pagar. Mas, pronto, vamos lá.

A maior esperança que tenho em Trump, que já hoje foi confirmada pelos inúmeros comentadores que balbuciaram tretas nas redes sociais, nas televisões e nos jornais, é a de colocar socialistas a criticarem veementemente o discurso proteccionista e sinteticamente idêntico aos dos vários partidos nacionais da dita esquerda quando proferido pelo presidente norte-americano. É que uma pessoa muda os nomes e a coisa é igualzinha, mas não dá para mais naquelas cabecitas.

Isto fez-me pensar no que leva os socialistas a odiarem Trump. Não é pela conversa de gajas – tipos que levam jornalistas de férias que lhes escrevem artigos laudatórios mostra bem o que “homens de carisma” pensam das mulheres –, é pelo discurso contra os radicais islâmicos. Com necessidade de um cachorro para afagar na sua imensa bondade, a esquerda europeia encontrou o pote no fim do arco-íris em malucos que até lhes violam os filhos desde que permitam que apregoem o eterno amor pelos desgraçados, desgraçados estes que nunca permitiriam no seu condomínio, que ali é só gente que usa o garfo e faca.

E essa é a segunda grande esperança que tenho em Trump: a de que a grande maioria silenciosa abdique do medo de tratar este putedo mediático do sentir-bem progressista como merecem e devem ser tratados.

Quanto ao resto, o problema é lá deles, dos americanos.
Texto: Vitor Cunha, Blasfémias, 20-1-2017

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