quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

O Partido dos Trabalhadores


Peter Rosenfeld
Charge: Angeli
Quando o Partido dosTrabalhadores foi criado, lá pelos idos de 1980, se eu não estiver enganado, cometeu um erro crasso, em minha opinião.
Esse erro foi considerar “trabalhadores” só as pessoas que trabalhavam em chão de fábrica, como gostam de dizer, excluindo todos os que eram empregados em funções como burocratas, balconistas, barbeiros, copeiros, garçons e centenas de outras atividades.
Eu próprio, empregado de uma empresa multinacional, senti-me excluído, e fiquei algo magoado. Perguntava-me porque não haviam batizado o partido de “Trabalhista”, como haviam feito os ingleses algumas centenas de anos antes.
Com todo o respeito, penso que os brasileiros erraram por falta de pensar pouco melhor e para poder como que agredir as chamadas (por eles) “classes dominantes”, que eram aqueles que lhes davam empregos e pagavam seus salários.
Era (e até hoje continua sendo) de um primarismo doentio, apesar de ser aquilo que se poderia esperar de um retirante nordestino, que se jactava de não haver lido nada, pois a leitura lhe dava sono e azia...
Se tivesse lido e absorvido o que tinha lido, certamente teria preferido a designação “partido trabalhista”.
Os ideais e os princípios do novo partido eram o que qualquer um poderia desejar: decência, combate à corrupção, enobrecimento da classe trabalhadora (ué, quem é que disse que trabalhar não enobrece? Só uma mente doentia e/ou mal intencionada diria isso...).
É sabido que a vida sindical genuína requer muitos sacrifícios dos trabalhadores, a começar pelo financeiro, pois os membros dos sindicatos legítimos têm que estar preparados para arcar com os custos de manutenção das entidades.
No Brasil, o famigerado Imposto Sindical se encarrega de irrigar com muito dinheiro as burras dos sindicatos. Logo, a preocupação financeira é menor ou nem existe!
Os custos são pesados, principalmente quando em uma greve, o sindicato tem que arcar com a manutenção dos associados, já que a regra tem que ser NÃO TRABALHOU, NÃO RECEBEU SALÁRIO.

Mas o grau de irresponsabilidade de nossos dirigentes sindicais não tem limites! Vejam só: a primeira reivindicação da lista é, sempre: pagamento dos dias não trabalhados!
Esquecem a boa regra que existe entre o trabalhador e o empregador: o trabalhador trabalha e o empregador lhe paga por isso. Se não for assim, não há acordo. E os trabalhadores, através de seus líderes, têm a obrigação de brigar por isso.
Em não o fazendo, a relação que deveria ser sadia e de respeito mútuo, deixa de existir!
Qualquer um ser pensante, na atualidade, sabe que as relações humanas têm que ter como item primeiro o respeito mútuo. Sem ele, tudo é falso, artificial, portanto, fadado ao insucesso.
Para esclarecer: o Partido Trabalhista Britânico (Labour) é respeitado em todo o País, já exerceu o Poder várias vezes Inclusive assumiu o poder, em 1944 em plena guerra mundial tendo como lider o Sr. Clement Attlee.
O Partido dos Trabalhadores brasileiro foi deslustrado por seus líderes (por quase todos os líderes), de forma completa e indelével.
Praticou ou participou de crimes dos mais hediondos, incluindo assassinatos (que, muito convenientemente, nunca foram esclarecidos e seus autores jamais punidos).
Participou de ações, algumas até bizarras, como os famosos “dólares da cueca” de um de seus seguidores.
Mas também participou de uma quadrilha, concebida e liderada por um de seus expoentes, que acabou por ser conhecida como “Ali Babá e os 40 ladrões”.
Se a justiça no Brasil funcionasse “mesmo” esses todos já teriam sido julgados e condenados há tempos. Mas não. Talvez, e repito “talvez”, sejam julgados antes da prescrição do crime, mas todos, e principalmente o Ali Babá, torcem e fazem o possível para que isso não aconteça.
O líder máximo do partido chegou à Presidência da República depois de várias tentativas, tendo governado o País de forma lastimável.
Sua grande arma foi, e continua sendo, seu incrível carisma. E como em nosso País quase nada é levado a sério; em que, de acordo com a Constituição atual, até os analfabetos votam, o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o maior prestidigitador que já se conheceu continua dominando a cena política e, com certeza, ele ou quem quer que indique será eleito para qualquer cargo que ele quiser.
Cortejou, durante seus dois mandatos, as piores figuras do cenário político mundial, especialmente ditadores e carniceiros.
A pessoa que se jacta de jamais ter lido um livro foi alçada à figura de doutor honoris causa de várias universidades, tanto no Brasil como no exterior. Aspira ganhar um prêmio Nobel, o que não está fora de cogitações dentro de algum tempo.
Mas deixou o Brasil, ao término de seus dois mandatos, em ruínas. Ainda há dias circularam, pela internet, fotos do estado das obras da famosa transposição das águas do Rio São Francisco, que seria a redenção de enorme área do nordeste que padece constantemente da praga da seca.
O que se viu foram ruínas, e não obras em andamento. E, a exemplo dessa obra, e apesar de a atual Presidente da República ter sido, quando Ministra, a “gerentona” dessas obras (que integram os Programas de Aceleração do Crescimento – PACs.), são muitos milhões de reais jogados pelo ralo (exceto os reais que foram parar nas contas bancárias da horda de corruptos, contas no exterior, diga-se de passagem...).
A tão celebrada auto-suficiência de combustíveis (petróleo em especial) é uma falácia; o Brasil nunca importou tanto óleo como tem feito recentemente.
Toda a infraestrutura do Pais está em ruínas; a educação é um desastre, mas o Sr. da Silva apregoa que “nunca antes neste paíz foram criadas tantas universidades”. Imagino como serão esses estabelecimentos...
E a herança que deixou para sua sucessora, inclusive um ministério quase todo indicado pelo próprio Sr. da Silva, está um caos. Seis ministros já foram afastados por corrupção e um sétimo está na corda bamba.
Por enquanto, note-se. Virão outros!
E esse é o PT, partido dos trabalhadores, cujos mandatários estão trabalhando com afinco e persistência para implantar uma censura à lá antiga República Soviética no Brasil.
Espero que não o consigam, mas não apostaria nisso.
Título e Texto: Peter Wilm Rosenfeld, Porto Alegre (RS) 14 de dezembro de 2011

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