Peter Rosenfeld
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Charge: Angeli |
Quando o Partido dosTrabalhadores foi criado, lá pelos idos de 1980, se eu não estiver enganado,
cometeu um erro crasso, em minha opinião.
Esse erro foi considerar
“trabalhadores” só as pessoas que trabalhavam em chão de fábrica, como gostam
de dizer, excluindo todos os que eram empregados em funções como burocratas,
balconistas, barbeiros, copeiros, garçons e centenas de outras atividades.
Eu próprio, empregado de uma
empresa multinacional, senti-me excluído, e fiquei algo magoado. Perguntava-me
porque não haviam batizado o partido de “Trabalhista”, como haviam feito os
ingleses algumas centenas de anos antes.
Com todo o respeito, penso que
os brasileiros erraram por falta de pensar pouco melhor e para poder como que
agredir as chamadas (por eles) “classes dominantes”, que eram aqueles que lhes
davam empregos e pagavam seus salários.
Era (e até hoje continua
sendo) de um primarismo doentio, apesar de ser aquilo que se poderia esperar de
um retirante nordestino, que se jactava de não haver lido nada, pois a leitura
lhe dava sono e azia...
Se tivesse lido e absorvido o
que tinha lido, certamente teria preferido a designação “partido trabalhista”.
Os ideais e os princípios do
novo partido eram o que qualquer um poderia desejar: decência, combate à
corrupção, enobrecimento da classe trabalhadora (ué, quem é que disse que
trabalhar não enobrece? Só uma mente doentia e/ou mal intencionada diria
isso...).
É sabido que a vida sindical
genuína requer muitos sacrifícios dos trabalhadores, a começar pelo financeiro,
pois os membros dos sindicatos legítimos têm que estar preparados para arcar
com os custos de manutenção das entidades.
No Brasil, o famigerado
Imposto Sindical se encarrega de irrigar com muito dinheiro as burras dos
sindicatos. Logo, a preocupação financeira é menor ou nem existe!
Os custos são pesados,
principalmente quando em uma greve, o sindicato tem que arcar com a manutenção
dos associados, já que a regra tem que ser NÃO TRABALHOU, NÃO RECEBEU SALÁRIO.
Mas o grau de
irresponsabilidade de nossos dirigentes sindicais não tem limites! Vejam só: a
primeira reivindicação da lista é, sempre: pagamento dos dias não trabalhados!
Esquecem a boa regra que
existe entre o trabalhador e o empregador: o trabalhador trabalha e o
empregador lhe paga por isso. Se não for assim, não há acordo. E os
trabalhadores, através de seus líderes, têm a obrigação de brigar por isso.
Em não o fazendo, a relação
que deveria ser sadia e de respeito mútuo, deixa de existir!
Qualquer um ser pensante, na
atualidade, sabe que as relações humanas têm que ter como item primeiro o
respeito mútuo. Sem ele, tudo é falso, artificial, portanto, fadado ao insucesso.
Para esclarecer: o Partido
Trabalhista Britânico (Labour) é
respeitado em todo o País, já exerceu o Poder várias vezes Inclusive assumiu o
poder, em 1944 em plena guerra mundial tendo como lider o Sr. Clement Attlee.
O Partido dos Trabalhadores
brasileiro foi deslustrado por seus líderes (por quase todos os líderes), de
forma completa e indelével.
Praticou ou participou de
crimes dos mais hediondos, incluindo assassinatos (que, muito convenientemente,
nunca foram esclarecidos e seus autores jamais punidos).
Participou de ações, algumas
até bizarras, como os famosos “dólares da cueca” de um de seus seguidores.
Mas também participou de uma
quadrilha, concebida e liderada por um de seus expoentes, que acabou por ser conhecida
como “Ali Babá e os 40 ladrões”.
Se a justiça no Brasil
funcionasse “mesmo” esses todos já teriam sido julgados e condenados há tempos.
Mas não. Talvez, e repito “talvez”, sejam julgados antes da prescrição do
crime, mas todos, e principalmente o Ali Babá, torcem e fazem o possível para
que isso não aconteça.
O líder máximo do partido
chegou à Presidência da República depois de várias tentativas, tendo governado
o País de forma lastimável.
Sua grande arma foi, e
continua sendo, seu incrível carisma. E como em nosso País quase nada é levado
a sério; em que, de acordo com a Constituição atual, até os analfabetos votam,
o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o maior prestidigitador que já se
conheceu continua dominando a cena política e, com certeza, ele ou quem quer
que indique será eleito para qualquer cargo que ele quiser.
Cortejou, durante seus dois
mandatos, as piores figuras do cenário político mundial, especialmente
ditadores e carniceiros.
A pessoa que se jacta de
jamais ter lido um livro foi alçada à figura de doutor honoris causa de várias
universidades, tanto no Brasil como no exterior. Aspira ganhar um prêmio Nobel,
o que não está fora de cogitações dentro de algum tempo.
Mas deixou o Brasil, ao
término de seus dois mandatos, em ruínas. Ainda há dias circularam, pela
internet, fotos do estado das obras da famosa transposição das águas do Rio São
Francisco, que seria a redenção de enorme área do nordeste que padece
constantemente da praga da seca.
O que se viu foram ruínas, e
não obras em andamento. E, a exemplo dessa obra, e apesar de a atual Presidente
da República ter sido, quando Ministra, a “gerentona” dessas obras (que
integram os Programas de Aceleração do Crescimento – PACs.), são muitos milhões
de reais jogados pelo ralo (exceto os reais que foram parar nas contas
bancárias da horda de corruptos, contas no exterior, diga-se de passagem...).
A tão celebrada
auto-suficiência de combustíveis (petróleo em especial) é uma falácia; o Brasil
nunca importou tanto óleo como tem feito recentemente.
Toda a infraestrutura do Pais
está em ruínas; a educação é um desastre, mas o Sr. da Silva apregoa que “nunca
antes neste paíz foram criadas tantas
universidades”. Imagino como serão esses estabelecimentos...
E a herança que deixou para
sua sucessora, inclusive um ministério quase todo indicado pelo próprio Sr. da
Silva, está um caos. Seis ministros já foram afastados por corrupção e um
sétimo está na corda bamba.
Por enquanto, note-se. Virão outros!
E esse é o PT, partido dos
trabalhadores, cujos mandatários estão trabalhando com afinco e persistência
para implantar uma censura à lá antiga República Soviética no Brasil.
Espero que não o consigam, mas
não apostaria nisso.
Título e Texto: Peter Wilm
Rosenfeld, Porto Alegre (RS) 14 de dezembro de 2011
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