quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Acordo da Troika

Luisa Castel-Branco
O governo devia publicar em todos os jornais, em publicidade paga pelos bolsos dos contribuintes, o acordo da Troika na sua totalidade, mas de preferência traduzido para algo que o cidadão comum compreendesse, isto é, nada de linguagem de economista.Talvez assim os portugueses compreendessem o que é evidente: os sacrifícios que estamos a fazer são os acordados com a Troika pelo senhor engenheiro Sócrates.
O mesmo que negou durante mais de dois anos que necessitássemos de apoio, que se não nos emprestassem dinheiro ficaríamos na bancarrota, sem poder pagar os ordenados aos funcionários públicos, aos reformados, etc, etc.Vamos a ver se nos entendemos. Os mesmos senhores que agora andam para aí a gritar e a tentar fazer levantamentos na rua são aqueles que não abriram a boca enquanto durante dez anos o PS delapidou o Estado.
Vamos a ser claros. Fosse quem fosse que estivesse hoje sentado no lugar de primeiro-ministro teria que fazer exactamente a mesma coisa. O principal culpado está, segundo parece, em Paris, onde aprendeu no curso que tirou que a divida de um País não é para pagar! Valha-nos Deus! E já agora, para todos os que lêem este artigo em viagem de comboio para o trabalho, a greve que os funcionários da CP fizeram foi pela inacreditável razão de não aceitarem que quem não cumpriu a lei em greves anteriores e obedeceu aos serviços mínimos não deve ter processos.
E se pensam que os trabalhadores da CP perderam dias de trabalho com a greve, desenganem-se. Os sindicatos pagam. A nós é que ninguém nos devolve o dinheiro do passe.
Título e Texto: Luisa Castel-Branco, Destak, 05-01-2012

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