quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O submarino e o Aerus

Waldo Deveza
Olá!  
Antes de iniciar o tema deste e-mail, quero sinceramente pedir aos "cumpanheiros" que, por favor, destinem os seus e-mails para o hotmail e não para o yahoo e/ou gmail. Já fiz este pedido tempo atrás, mas parece que não houve o devido entendimento em relação ao meu pedido. Por outro lado, evitem enviar e-mails para este que vos escreve que não tenham como fundo o nosso problema. Procuro ser bem informado naturalmente e, assim sendo, não me interessam e-mails que falem sobre campanhas contra o que acontece na ilha da fantasia, porque nada irá mudar. Já chega as propagandas de lojas e outros afins que recebo e dos quais não consigo me livrar, pois parecem que estão colados com super bond. Também deixo claro que utilizo o PC pela necessidade do momento, apenas para o trato do nosso caso e outras pesquisas particulares. Não "curto" a internet de forma a me tornar um dependente dela. Para terem idéia, adquiri o PC em 2000, naquela promoção feita pelo AERUS e o fiz para atender às necessidades da minha esposa em relação ao trabalho dela. Só em 2006, quando ocorreu o nosso problema, é que eu me vi obrigado a aprender a fazer e-mails. Fora isso, só o usava para pesquisar o que para mim era e é importante. Para encerrar este assunto, quero também dizer que não sou ligado ao facebook e a outros sistemas, pois ainda sou à moda antiga.

Agora, dando partida ao que me interessa, quero passar o que tenho observado nestes últimos dias. Parece que o número de "cumpanheiros" que se sentem lesados aumentou e ontem mesmo, tive a oportunidade de sentir isso no blog "O Cão que Fuma".
É, realmente, muitos estão passando por séria situação financeira e de saúde e por outro lado, estão desanimados e revoltados com tudo o que nos tem sido atingido de forma víl, como se todos fossemos responsáveis pelo que aconteceu. É lógico que entre nós se escondem alguns que colaboraram em muito pelo que aconteceu, devido aos cargos que ocuparam dentro da pioneira, e que provavelmente levam as suas vidas sem maiores problemas, numa boa, como se nada tivesse acontecido. É, eles estão por aí, desfrutando o que roubaram e deixaram os outros roubarem. Mas, adianta ficar sem dormir por causa deles, vai mudar a nossa situação, mesmo sabendo que o deles está reservado e no caso, não quero estar no lugar deles?

O tempo passou e as coisas ficaram do jeito que todos sabem, menos, quem sabe, para os cegos, surdos e sonhadores.

Imagem retirada daqui

Agora, dentro do meu pensamento inicial, sobre a quantidade de "cumpanheiros" desesperados, quero formular um raciocínio, para chegar a uma conclusão. Acho que todos já assistiram a filmes retratando situações de naufrágios e muitos mostrando casos verídicos, envolvendo situações de perigo de naufrágios dentro de submarinos e sabem como é? Normalmente não tem por onde escapar, o que não é o nosso caso. Alguns realmente naufragaram, matando todos os tripulantes, mas houve casos em que isso não ocorreu, muito embora a situação tivesse sido de extrema gravidade. Para que não acontecesse, as tripulações utilizaram todos os meios possíveis e até imaginários para salvarem as embarcações e suas respectivas vidas.

Eles não ficaram vendo o desastre acontecer, com a água atingindo níveis incontroláveis, muito pelo contrário: bombas foram usadas; válvulas foram fechadas até com risco de quem os faziam; portas estanques foram acionadas vedando partes do submarino, sendo até usados pinos de madeira no sentido de bloquear a entrada de água e por ai vai. Mesmo nas embarcações mais simples, essas que navegam em rios e lagos, principalmente barcos de madeira, nunca se deixa acumular a água no fundo da embarcação, pois o perigo é muito grande. Em suma, nunca se deixa chegar a um momento extremo para depois se fazer alguma coisa, porque pode ser irreversível.

No caso do AERUS, é exatamente o que está acontecendo. A "água" já atingiu o pescoço da maioria de nós e está muito perto da boca e, além do desespero perigoso, o que mais está se fazendo, fora do que se sabe? Será que vale a pena conversar com políticos em BSB (salvo exceções) e outras autoridades constituidas? Por acaso não são sempre "aquelas" e dessa forma, sempre com os mesmos discursos? Todos sabemos que infelizmente (até onde sei), nada existe de concreto no papel, devidamente assinado e protocolado, que mostre uma solução próxima, muito pelo contrário! Em relação ao processo da Defasagem Tarifária o mesmo está parado provavelmente na gaveta da Ministra Cármen Lúcia e, pelo que se sabe, nada existe em levá-lo ao julgamento imediato. Será que estou errado? Me provem, PÔ!

Quanto ao processo que se arrasta na 14ª Vara Federal de BSB, o mesmo está nas mãos de um Juiz que, no passado já o indeferiu na cara do Dr. Maia, dizendo, àquela altura, que se tínhamos o INSS, para quê o benefício do AERUS? Onde já se viu que pagamentos de cerca de R$6000,00, fossem pagos pelo governo? Quando a maior parte da população sobrevivia com salário mínimo? Ah, se não fosse a Desembargadora Dra. Neusa A. da Silva!

Por outro lado, nós do plano 1, temos um sério problema em relação ao plano 2. Volto a afirmar que nada tenho contra os "cumpanheiros" do plano 2, (até certo ponto), mas a forma como estamos sendo tratados é simplesmente vergonhosa. Não dá para entender que um plano tenha sido formulado pela Varig e autorizado pela antiga SPC, com o dinheiro e bens retirados do plano inicial do AERUS, sendo que em nenhuma página do estatuto original está prevista essa possibilidade. Nós do plano 1, temos até junho, caixa para recebermos.

O plano 2, tem cerca de 3 vezes mais dinheiro para este ano, isso sem mencionar o que ainda eles têm para 2013, 2014…!! Se vocês visitarem o site do AERUS e lerem os comunicados 38, 39 e 40, ficarão estarrecidos com a diferença de grana entre os dois planos e isso é criminoso.
Mesmo acreditando que um "certo" caixa será mantido para o plano 1, pois é como eu questionei aquela aberração do então Ministro da Previdência, quando lá estivemos, em 2007, de já àquela altura, eu me sentia como um paciente em estado terminal dentro da UTI de um hospital, em que como não se pode aplicar a eutanásia, os médicos procuravam manter a vida com o mínimo sofrimento e de despesas, até o derradeiro momento, isso realmente eu penso que está acontecendo, com a aquiescência de todos do plano 1. É como se fosse "algo" intocável, proibido de se falar; até parece o dogma religioso da Virgem Maria!

Num passado nada distante, a Geny e mais alguns pouquíssimos "cumpanheiros" (no qual me incluo), tentamos questionar as autoridades em BSB em relação ao que recebíamos e inclusíve o próprio AERUS em relação ao que o sr. Albiérgio estava fazendo com o nosso patrimônio (exemplo: a venda absurda do Hotel da Bahia), numa tentativa de acionar a Defensoria Federal e inclusive quanto à possibilidade de se entrar com um novo processo, mas, infelizmente, nada se conseguiu devido à falta de apoio de uma droga de um sindicato (SNAe/SAO), e da participação de muitos lesados, tanto em relação a nós aposentados/pensionistas, como também dos da ativa, mas parece que as forças do mal são ou estão sendo mais poderosas.

Caros "cumpanheiros", não dá para acreditar no que vejo e sinto. Não dá para aceitar que muitos do plano 1, vejam o que está acontecendo… e nada façam, ou pelo menos promovam como eu, fazer alguma coisa para reverter o que sentimos no dia-a-dia.
Mesmo assim, penso que está na hora de se fazer algo a nível de associação (?), como por exemplo, um processo certo (que cabe!), o qual seria o de PERDAS E DANOS MORAIS E MATERIAIS, sofridos por todos nós, no decorrer desses quase seis anos, ou será que só eu e poucos o tivemos?

No meu caso, desde o final de 2005, quando a situação da pioneira se agravava, nenhuma colher de cimento e areia foi colocada em minha casa para terminá-la; perdi o plano de saúde que era bom, perdi até certo ponto a saúde e tive outras perdas irreparáveis que não vêm ao caso.

Quero deixar clara a minha posição que não é só minha. Outros também se sentem humilhados diante do que estão recebendo, sabendo que outros que trabalharam na mesma empresa, por "manobras" havidas em 1995, hoje desfrutam de cerca de 70%, do total de seus benefícios. Bom, né?
E por falar em benefícios pagos este mês, informo que recebi cerca de R$50,00 a menos, do que recebia antes, e que já era pouco. Será que já é um prenúncio do que virá em seguida?
Sem mais,
Título e Texto: Waldo Deveza, 05-01-2012
Revisão e Edição: JP

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