Vai aí mais um exemplo da
absurda e invejosa maneira de fazer política. Da parte de quem não tem
absolutamente nada a propor, porque é incapaz de construir o que quer que seja
limitando-se à mediocridade da crítica constante a tudo que mexa… Deixe-me
explicar:
A Tvi flagrou uma conversa informal
entre o ministro das Finanças português, Vítor Gaspar, e o ministro homólogo
alemão, Wolfgang Schauble.
Durante esta conversa, o
ministro alemão elogia Portugal pela forma como está a executar o
programa de ajustamento e diz-se disponível para flexibilizar esse mesmo
programa, mas avança que só o pode fazer depois de resolvida a questão da
Grécia.
Vejam bem, uma conversa
informal, uma conversa como tantas outras que acontecem antes de reuniões
formais. Entre dois (ou mais) seres humanos normais.
Agora, leia a manchete do
jornal “Público”:
Seguro exige explicações sobre
conversas “às escondidas” de Gaspar
Exige?
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Foto: Daniel Rocha |
“O primeiro-ministro tem que
dar explicações no Parlamento.” Foi assim que António José Seguro,
secretário-geral do PS, reagiu à divulgação de um diálogo entre os ministros
das Finanças alemão e português onde se discutia a revisão o programa de ajuda
financeira a Portugal.
Que explicações, cara pálida??
“É uma boa notícia, e como
sabe fui o primeiro político em Portugal a dizer que Portugal precisava de mais
um ano para ajustar as contas públicas", começou por afirmar o líder
socialista. Mas depois acabou por criticar a contradição entre aquilo que o
Governo dizia sobre a necessidade de renegociação da ajuda e o que fazia “às
escondidas”. (??!!)
“Tenho pena que assuntos
necessários sejam tratados como vimos na televisão", disse, para depois
lamentar que o “Governo esteja às escondidas a conversar com o Governo alemão
como nós assistimos na televisão”.
Às escondidas??
A reacção surgiu numa
entrevista concedida à RTP1, onde Seguro precisou ainda outras das medidas
constantes no acordo da troika com as quais não concordava. Citou a
privatização das Águas de Portugal, da RTP, dos seguros da Caixa Geral de
Depósitos, além do despedimento por inadaptação ao posto de trabalho. O líder do
PS precisou melhor uma posição transmitida durante uma reunião interna do
partido, em que assumiu não concordar com todas as decisões impostas pelo
programa de resgate financeiro.
Público, 10-02-2012
É isso aí, o que viram e o que
leram. Claro, devo acrescentar que outros “oposicionistas” são mais vulgares e
rasteiros nas “críticas”. E por quê? Ora, é só prestar atenção, fria e objetivamente
- sem se deixar levar por slogans, palavras de ordem ou preconceitos - no que está acontecendo no país, ou melhor
no que está sendo feito e quais as razões. Simples, ao dar certo o
trabalho de retirar o país da eme em que
se meteu e recolocá-lo num rumo normal (aqui sim, gerenciando a dívida
externa), essa malta ficará sem discurso, compreende? Por isso é que torcem
contra, utilizando de tudo. Quando começar a dar resultado a esquerda
rancorosa, como toda a esquerda, já não poderá manter as bobagens tipo “o
capitalismo acabou”, nem as ofensas tipo
“pacto de agressão”, “roubos das pensões”…
e outras frases de museu. "Tendeu, mermão"?
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