sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Confira um exemplo de “oposição” em Portugal

Vai aí mais um exemplo da absurda e invejosa maneira de fazer política. Da parte de quem não tem absolutamente nada a propor, porque é incapaz de construir o que quer que seja limitando-se à mediocridade da crítica constante a tudo que mexa… Deixe-me explicar:
A Tvi flagrou uma  conversa informal entre o ministro das Finanças português, Vítor Gaspar, e o ministro homólogo alemão, Wolfgang Schauble.
Durante esta conversa, o ministro alemão elogia Portugal pela forma como está a executar o programa de ajustamento e diz-se disponível para flexibilizar esse mesmo programa, mas avança que só o pode fazer depois de resolvida a questão da Grécia.
Vejam bem, uma conversa informal, uma conversa como tantas outras que acontecem antes de reuniões formais. Entre dois (ou mais) seres humanos normais.



Agora, leia a manchete do jornal “Público”:
Seguro exige explicações sobre conversas “às escondidas” de Gaspar
Exige?
Foto: Daniel Rocha
“O primeiro-ministro tem que dar explicações no Parlamento.” Foi assim que António José Seguro, secretário-geral do PS, reagiu à divulgação de um diálogo entre os ministros das Finanças alemão e português onde se discutia a revisão o programa de ajuda financeira a Portugal.
Que explicações, cara pálida??
“É uma boa notícia, e como sabe fui o primeiro político em Portugal a dizer que Portugal precisava de mais um ano para ajustar as contas públicas", começou por afirmar o líder socialista. Mas depois acabou por criticar a contradição entre aquilo que o Governo dizia sobre a necessidade de renegociação da ajuda e o que fazia “às escondidas”. (??!!)
“Tenho pena que assuntos necessários sejam tratados como vimos na televisão", disse, para depois lamentar que o “Governo esteja às escondidas a conversar com o Governo alemão como nós assistimos na televisão”.
Às escondidas??
A reacção surgiu numa entrevista concedida à RTP1, onde Seguro precisou ainda outras das medidas constantes no acordo da troika com as quais não concordava. Citou a privatização das Águas de Portugal, da RTP, dos seguros da Caixa Geral de Depósitos, além do despedimento por inadaptação ao posto de trabalho. O líder do PS precisou melhor uma posição transmitida durante uma reunião interna do partido, em que assumiu não concordar com todas as decisões impostas pelo programa de resgate financeiro.
Público, 10-02-2012

É isso aí, o que viram e o que leram. Claro, devo acrescentar que outros “oposicionistas” são mais vulgares e rasteiros nas “críticas”. E por quê? Ora, é só prestar atenção, fria e objetivamente - sem se deixar levar por slogans, palavras de ordem ou preconceitos  - no que está acontecendo no país, ou melhor no que está sendo feito e quais as razões. Simples, ao dar certo o trabalho  de retirar o país da eme em que se meteu e recolocá-lo num rumo normal (aqui sim, gerenciando a dívida externa), essa malta ficará sem discurso, compreende? Por isso é que torcem contra, utilizando de tudo. Quando começar a dar resultado a esquerda rancorosa, como toda a esquerda, já não poderá manter as bobagens tipo “o capitalismo acabou”,  nem as ofensas tipo “pacto de agressão”, “roubos das pensões”…  e outras frases de museu. "Tendeu, mermão"?

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