quinta-feira, 3 de maio de 2012

Explorado pelo Pingo Doce cala os "representantes dos explorados"



Adriano Pinto
Sou um funcionário do Pingo Doce e vou deixar aqui um comentário sobre o dia 1 de Maio. Já ouvi, pessoalmente, ontem, críticas enquanto estava na caixa, (críticas de quem se beneficava da promoção? Só pode ser piada de português!...), vejo críticas na rede social como uma parte deste comentário “Parece-me que não sabe o significado do dia 1 de Maio... considerado "O Dia do Trabalhador… Talvez se trabalhasse de sol a sol a sua opinião seria diferente e não defenderia quem tem o mundo nas mãos”, onde muitos nem sabem nem imaginam o que se passa dentro do grupo PD, em que dizem que os funcionários foram obrigados e fizeram pressão para irem trabalhar.
Não fui obrigado a nada, fui por livre vontade, só é de dar valor ao meu patrão que pagou o dia a triplicar vou ter uma folga compensatória, e no fecho da loja estivemos a jantar.
Críticas e mais críticas é dor de cotovelo de não estar num grupo desta dimensão a trabalhar, num país e empresas que roubam tudo ao empregado.
O Sr. que trabalha de sol a sol não foi trabalhar, então por que se queixa? Não tinha € porque o seu patrão não pagou? Não teve tempo de ir ás compras ou costuma ir à concorrência? Daí até compreendo  a sua queixa. É o dia do trabalhador, tá certo, mas eu vou gozar esse dia na mesma, mas em outro dia, vai dar ao mesmo, mas já tenho no bolso 3 dias.
Qual a empresa que ajuda o empregado nesta crise, na saúde, dá prémios pela sua avaliação de desempenho como funcionário, partilha os lucros da empresa? Bem, Portugal é pequeno e a resposta é fácil, mas se englobar o MUNDO, bem, acho que a resposta também é fácil e o Pingo Doce fica no TOP dos 5 ou TOP 1?

Mais digo: fui por livre vontade em tudo, fui na véspera trabalhar 2 horas por livre vontade para orientar a minha secção coisa que fui o único da minha loja a ir. Fazer graxa, como ouvi colegas a dizer-me? Não, nunca foi intenção minha, mas sim, ajudar, então, se a empresa também me ajuda, e ajudou, eu retribuo. No dia 1 de maio apenas fiz 30 min de almoço porque quis, também ninguém me obrigou ok?, Acho que colegas tambem deviam ter esse bom senso, muitos tiveram mas se todos tivessem obteríamos mais ainda objectivos. Mas é apenas uma opinião minha e nada mais, não somos todos iguais nem nunca vamos ser.
Foi muita confusão mesmo, mas senti um bem-estar interior em ver a loja repleta de pessoas e ver a sua alegria a fazer compras, comprar coisas que muitas pessoas não podiam num dia normal sem descontos: bolachas, bacalhau, carne etc...
Aqui fica um exemplo do que o Grupo Jerónimo Martins deu aos clientes e muitos devem ter entrado a primeira vez ontem, mas talvez voltem e abram os olhos.
Agora imaginem o que dão aos empregados, pois somos nós que damos os lucros à empresa e reconhecem isso. Quantas fazem isso? Nem o governo reconhece.
2 De Maio de 2012
Foto e Texto: Adriano Pinto, em sua página do Facebook

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