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Foto: Jim Young/Reuters
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Alberto de Freitas
Pedro Fraga e Nuno Mendes são
dois atletas do remo. Conquistaram – tal como os partidos nas eleições, nunca
se admite a derrota – um glorioso 5º lugar nas Olimpíadas. Evento, onde muitos
atletas “prata” metem as mãos à cabeça pelo desgosto da derrota.
Nos “festejos”, em vez da
“ameaça”: “vamos trabalhar para na próxima fazermos melhor”, de imediato surgem
as carpideiras, na penosa choraminguice pela “moribundez” do apoio. Já não há
“saco”… nem dinheiro para os "apoios"
Li algures sobre Cristiano
Ronaldo que, quando em miúdo, com família paupérrima e pai alcoólico, aumentava
o valor nutricional das refeições, com a duplicação dos pratos de sopa. A isso
acrescentava a ambição, algo que move os humanos na direção do objetivo
almejado.
Em Portugal assiste-se à
lamúria recorrente da falta de apoio. Não se espera que os “apoios”, postos
perante o esforço ilimitado de alguém, decidam apoiar. Devia-se perguntar aos
atletas do topo, originários de países africanos miseráveis, em que a própria
sobrevivência do ser humano é já um ato de coragem, quais os apoios que
obtiveram, antes – com a notoriedade obtida com os resultados – dos apoios se
aproveitarem deles.
Muitos entendem os apoios como
essenciais à realização de desejos; desde fadistas a corredores de fundo,
ninguém lá vai sem apoio… do Estado. Como parte contribuinte do pecúlio
Estatal, farto-me de “remar” com parcos resultados, mas também sem apoios. E
não estou só, no que é recomendado: se o “remar” não chega, pois então remem
mais.
O que se recomenda aos
remadores: remar mais… até conseguirem remar melhor. E, depois, remar mais
ainda, até não haver mais ambição.
E não se amofinem os fãs dos
remo, pois não existem apoios que cheguem, para tantas modalidades a precisar
de apoio.
Ou talvez optar pelos
Paraolímpicos. Assim, vai o atleta e… o apoio.
Título e Texto: Alberto de
Freitas, 06-8-2012
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