De volta ao Vietnã

Otacílio Guimarães

Minha amiga e companheira Naomi tem algumas paixões, mas a maior delas é a culinária. A segunda, sua filha Jonishiro. A terceira, suas duas pátrias, Japão e Austrália. Não sei em que posição da escala eu me encontro, mas fico feliz em ser uma de suas paixões, mesmo que esteja em último lugar, o que já é um grande privilégio.

Atualmente ela está estudando a culinária vietnamita. Como eu estive no Vietnã e conheci essa culinária, ela procura conversar comigo a respeito. Acho que minhas informações lhe deixaram mais curiosa ainda e ela agora quer ir ao Vietnã para ver de perto e que se come por lá. Gostei da idéia porque o Vietnã foi um dos países que visitei que mais me deixou fascinado.  

Hoje, entretanto, a conversa sobre o Vietnã teve a presença do Jeff, cujo pai, que era piloto de caça da RFAA, morreu na guerra do Vietnã, abatido em combate. Jeff também fez carreira na RFAA mas depois resolveu ser um empresário de muito sucesso na área de turismo e hoje é meu sócio na criação de bodes. É muito versátil esse rapaz. Seu irmão também fez carreira na RFAA e atualmente é o comandante da base aérea de Tindal, aqui perto de Katherine.  

Depois de uma longa conversa sobre a guerra do Vietnã, uma tragédia provocada pelo comunismo soviético, resolvemos ir todos juntos numa viagem que não sabemos ainda quando será mas que eu já estou planejando para janeiro do próximo ano depois da formatura de Kika.

Uma das coisas que mais me surpreenderam no Vietnã, além de sua culinária, foi a ocidentalização de seu povo. Nas grandes cidades, tem-se a impressão de que se está em Chicago, Nova Iorque ou São Paulo, com um aspecto curioso: são orientais vivendo à moda ocidental.

Não há miséria no Vietnã, há pobreza, mas não é uma pobreza humilhante porque todos procuram trabalho. Um vietnamita pobre jamais pede uma esmola, mas sim, um trabalho. O povo vietnamita é orgulhoso de si mesmo, de suas orígens milenares. Suas mulheres são lindas na maioria, as feias são graciosas. Têm uma cultura ímpar e são diferentes de todos os povos orientais. Sua música me cativou e sua culinária mais ainda. Se eu vivesse no Vietnã ia morrer obeso... hehehehe!! Vejam este vídeo:

Fiquei feliz com a decisão de voltar ao Vietnã. Vou planejar esta viagem nos mínimos detalhes, pois estou ansioso para rever Saigon, Hue, Khe Sahn e Hanoi.  

Um abraço a todos,

Otacílio Guimarães, 19-8-2012

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