Geraldo Almendra
O judiciário sempre foi
conivente com os outros poderes, sempre foi um chancelador do que os outros poderes
decidiam. Até hoje há juízes que comungam a ideia de que é preciso ser amigo do
rei.” Ministra Eliana Calmon. Complementando, talvez amigo do bandido.
Alguém se lembra? “O
mensalão virou piada de salão ontem no jantar oferecido pela senadora Marta
Suplicy (PT-SP) para comemorar a eleição de seu aliado Rui Falcão (SP) para a presidência
do PT e a volta ao convívio petista do companheiro Delúbio Soares, operador do
esquema que desviou R$ 55 milhõespara financiar apoios de partidos aliados.”
Os primeiros efeitos
eleitorais que Lula não desejava quando tentou evitar o julgamento antes das
eleições já são sentidos nas pesquisas.
Em nenhuma das capitais do país
o PT poderá ganhar no primeiro turno o que demonstra que o povo não é tão idiota
e imbecil quanto os corruptos acham e que continuarão se vendendo por bolsas
qualquer coisa e subornos variados.
As primeiras condenações dos
bois de piranha pelo STF não deixam dúvidas: o maior escândalo de corrupção da história
do país que promoveu suborno geral e quase irrestrito de políticos para
aprovarem projetos dos desgovernos petistas não foi uma fantasia da oposição ou
da mídia maldita, conforme o que representantes do PT divulgaram na época.
Já começa a ser discutido onde
irão ser presos os condenados do mensalão caso a maioria dos togados do STF
continuem cumprindo com suas responsabilidades perante a sociedade que lhes
sustenta para promoverem uma Justiça que não mais pactue com a impunidade dos canalhas
da corrupção.
Como sugestão deveriam ficar
em presídios comuns servido de noivas para as suas vítimas presas no sistema carcerário,
a maioria nascida e criada em guetos enquanto nos corruptos engordavam seus
patrimônios e suas contas correntes com o dinheiro dos contribuintes que
deveria estar sendo aplicado em segurança pública, educação, saneamento básico
e cultura.
Uma nota na Revista Veja desta
semana demonstra a inesgotável ousadia do grupo que tenta em reuniões no Instituto
Lula traçar uma estratégia de sobrevivência:
Conforme a Revista, as
conclusões do grupo formado por Lula, José Dirceu, Rui Falcão, Márcio Tomaz
Bastos e Sigmaringa Seixas podem ser resumidas na linha “o STF condenou,
mas o povo continua com o PT”.
Depois das primeiras
condenações pelo STF a frase acima pode ser substituída por outra: na visão
desse grupo os eleitores são todos idiotas e imbecis e
continuarão votando em massa no PT mesmo que já esteja sendo provado que o
desgoverno Lula agiu como corruptor de parlamentares entre muitos outros
crimes.
Se no nosso país tivéssemos
uma Justiça que merecesse esse nome os projetos “financiados” pelo mensalão
podem e devem ser legalmente questionados.
Mesmo que ainda estejamos
desacreditando na condenação dos tubarões do “Mensalão” pelo STF e que seja
evidenciado quem foi o verdadeiro mandante e chefe do esquema de transformação
do Parlamento em um covil de lacaios, vendidos corruptos obedecendo ao PT, a colocação
da ministra Eliana Calmon em uma entrevista publicada pela Revista Veja desta
semana, de que no julgamento do “Mensalão” o Judiciário também está sendo
julgado, nos permite ter a esperança de que togado bandido, togado vestido
de bandido, ou togado covarde não queiram ser assim reconhecidos pela
sociedade.
A Ministra Calmon já havia
declarado que há bandidos escondidos atrás de togas. Conforme for a postura do
STF temos a expectativa de que até o final do julgamento a sociedade possa
reconhecer dentro deste Tribunal Superior um ou mais exemplos desse perfil.
A entrevista da Ministra,
destacando-se a frase que inicia esta crônica, nos dá absoluta razão quando
entendemos que o Poder Judiciário está apodrecido e que sua estrutura precisa
ser tratada com tolerância zero pela sociedade que, conforme divulgado, paga
salários e aposentadorias de mais de trezentos mil reais para dezenas de
“togados”.
Indo mais longe, podemos
afirmar que o desastre moral das relações públicas e privadas tem sua origem
mais importante na degeneração e do apodrecimento moral do Poder Judiciário.
O caso mensalão é uma
irretocável comprovação da associação entre crime e política sob os
auspícios de uma fraude de Justiça e do apoio de milhares de esclarecidos
canalhas, que se aliaram aos corruptos para promover a Fraude da Abertura
Democrática objetivando deixar o país sob o domínio espúrio de oligarquias
e burguesias públicas e privadas que inventaram uma esquerda calhorda que
pratica o capitalismo do enriquecimento ilícito, no mesmo tempo
que tenta dominar a sociedade
com o assistencialismo cala a boca dos menos favorecidos e com o suborno dos cúmplices
do PT.
Título e Texto: Geraldo Almendra, 09-9-2012
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