segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O mensalão não foi uma piada de salão

Geraldo Almendra
O judiciário sempre foi conivente com os outros poderes, sempre foi um chancelador do que os outros poderes decidiam. Até hoje há juízes que comungam a ideia de que é preciso ser amigo do rei.” Ministra Eliana Calmon. Complementando, talvez amigo do bandido.

Alguém se lembra? “O mensalão virou piada de salão ontem no jantar oferecido pela senadora Marta Suplicy (PT-SP) para comemorar a eleição de seu aliado Rui Falcão (SP) para a presidência do PT e a volta ao convívio petista do companheiro Delúbio Soares, operador do esquema que desviou R$ 55 milhõespara financiar apoios de partidos aliados.”
Os primeiros efeitos eleitorais que Lula não desejava quando tentou evitar o julgamento antes das eleições já são sentidos nas pesquisas.
Em nenhuma das capitais do país o PT poderá ganhar no primeiro turno o que demonstra que o povo não é tão idiota e imbecil quanto os corruptos acham e que continuarão se vendendo por bolsas qualquer coisa e subornos variados.
As primeiras condenações dos bois de piranha pelo STF não deixam dúvidas: o maior escândalo de corrupção da história do país que promoveu suborno geral e quase irrestrito de políticos para aprovarem projetos dos desgovernos petistas não foi uma fantasia da oposição ou da mídia maldita, conforme o que representantes do PT divulgaram na época.
Já começa a ser discutido onde irão ser presos os condenados do mensalão caso a maioria dos togados do STF continuem cumprindo com suas responsabilidades perante a sociedade que lhes sustenta para promoverem uma Justiça que não mais pactue com a impunidade dos canalhas da corrupção.
Como sugestão deveriam ficar em presídios comuns servido de noivas para as suas vítimas presas no sistema carcerário, a maioria nascida e criada em guetos enquanto nos corruptos engordavam seus patrimônios e suas contas correntes com o dinheiro dos contribuintes que deveria estar sendo aplicado em segurança pública, educação, saneamento básico e cultura.
Uma nota na Revista Veja desta semana demonstra a inesgotável ousadia do grupo que tenta em reuniões no Instituto Lula traçar uma estratégia de sobrevivência:
Conforme a Revista, as conclusões do grupo formado por Lula, José Dirceu, Rui Falcão, Márcio Tomaz Bastos e Sigmaringa Seixas podem ser resumidas na linha “o STF condenou, mas o povo continua com o PT”.
Depois das primeiras condenações pelo STF a frase acima pode ser substituída por outra: na visão desse grupo os eleitores são todos idiotas e imbecis e continuarão votando em massa no PT mesmo que já esteja sendo provado que o desgoverno Lula agiu como corruptor de parlamentares entre muitos outros crimes.
Se no nosso país tivéssemos uma Justiça que merecesse esse nome os projetos “financiados” pelo mensalão podem e devem ser legalmente questionados.
Mesmo que ainda estejamos desacreditando na condenação dos tubarões do “Mensalão” pelo STF e que seja evidenciado quem foi o verdadeiro mandante e chefe do esquema de transformação do Parlamento em um covil de lacaios, vendidos corruptos obedecendo ao PT, a colocação da ministra Eliana Calmon em uma entrevista publicada pela Revista Veja desta semana, de que no julgamento do “Mensalão” o Judiciário também está sendo julgado, nos permite ter a esperança de que togado bandido, togado vestido de bandido, ou togado covarde não queiram ser assim reconhecidos pela sociedade.
A Ministra Calmon já havia declarado que há bandidos escondidos atrás de togas. Conforme for a postura do STF temos a expectativa de que até o final do julgamento a sociedade possa reconhecer dentro deste Tribunal Superior um ou mais exemplos desse perfil.
A entrevista da Ministra, destacando-se a frase que inicia esta crônica, nos dá absoluta razão quando entendemos que o Poder Judiciário está apodrecido e que sua estrutura precisa ser tratada com tolerância zero pela sociedade que, conforme divulgado, paga salários e aposentadorias de mais de trezentos mil reais para dezenas de “togados”.
Indo mais longe, podemos afirmar que o desastre moral das relações públicas e privadas tem sua origem mais importante na degeneração e do apodrecimento moral do Poder Judiciário.
O caso mensalão é uma irretocável comprovação da associação entre crime e política sob os auspícios de uma fraude de Justiça e do apoio de milhares de esclarecidos canalhas, que se aliaram aos corruptos para promover a Fraude da Abertura Democrática objetivando deixar o país sob o domínio espúrio de oligarquias e burguesias públicas e privadas que inventaram uma esquerda calhorda que pratica o capitalismo do enriquecimento ilícito, no mesmo tempo
que tenta dominar a sociedade com o assistencialismo cala a boca dos menos favorecidos e com o suborno dos cúmplices do PT.
Título e Texto: Geraldo Almendra, 09-9-2012

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