domingo, 16 de setembro de 2012

Quando ouvirem (ou lerem) 500 mil manifestantes...

Quadro de María Burgaz
Alexandre Poço
As manifs de ontem tiveram uma grande adesão, ninguém pode negar. Porém, começou a circular por aí um valor de 500 mil pessoas em Lisboa e eu comecei a desconfiar, pois aprendi aqui há uns anos a duvidar destes números colossais, que rapidamente são avançados pelas organizações que promovem os protestos e depois, pelos media. Não vou dizer que não estiveram 500 mil pessoas (ou mais até) na capital. Daí dizer que duvido e não que discordo. E o motivo é o facto de ter assistido a uma conferência dada por um professor americano da Universidade do Arizona - Steve Doig de seu nome, Prémio Pulitzer for Public Service, à altura professor de uma cadeira do mestrado de jornalismo na Universidade Nova de Lisboa - na qual transmitiu aos presentes um método para contar o número de manifestantes numa manifestação. O método é explicado aqui, nesta notícia do Expresso de Novembro de 2010, e o objecto de estudo é uma manif anti-NATO (na altura, realizava-se em Portugal, uma cimeira da Aliança Altântica).  
Já agora, deixo aqui 2 artigos de dois blogs diferentes - insuspeitos por serem referenciados neste contexto - que peroraram sobre este assunto. Um texto do (in)confidências e outro do Da Literatura . Estou certo que hoje, 16 de Setembro de 2012, cerca de dois anos depois e após estes números, os autores dos textos continuam a lembrar-se do método de Steve Doig.  
Como diria Eduardo Pitta no texto supracitado: "Fica como matéria de reflexão."
Título e Texto: Alexandre Poço, blogue “Forte Apache”, 16-9-2012

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