Faz caminho uma retórica
negativista e negrejante em muita da bloga afecta ao socratismo conspirativo.
Sem nunca situar e especificar os porquês e as causas próximas e remotas,
diz-se da dívida soberana que continua a aumentar a um ritmo mais acelerado, diz-se
das empresas que continuam a ir à falência; diz-se dos banqueiros a verdade e o
que não precisamos que nos digam: parecem viver noutro país; diz-se do
desemprego que aumenta, mesmo quando diminui; diz-se dos investidores
estrangeiros que fogem, mesmo quando afluem como de há muito o não faziam. A
quem interessa pregar o discurso da morte e espetar a retórica mais
desanimadora que se possa pregar?!
A quem interessa
fundamentalmente apoucar os resultados das políticas, mesmo quando são bons e
necessitam da paciência e de extremo cuidado para que se não comprometam, os
sinais, ténues que sejam, de que alguma coisa de bom está a emergir em
Portugal?! Fundamentalmente aos socratistas. Move-os uma insaciável sede de
vingança. Se os portugueses perderem a paciência e a capacidade de aguardarem
pelo melhor, perante a disputa reles que a ala socratista promove contra a
liderança segurista, presa por ter cão e por não ter, obviamente que isto não
vai acabar bem. Isto não vai acabar bem para quem deseje que isto não acabe bem
e possa tirar daí dividendos políticos óbvios.
Passos Coelho conhece alguns
dos bons sinais e primícias do sucesso, o que não adianta se ninguém falar
neles e não houver quem explique convictamente como se sai de uma grave crise.
Paulo Portas cometeu a maior imprudência do século: como o século vai fresco,
bem podemos dizê-lo e repeti-lo. As Esquerdas, das quais hoje tanto se fala,
aparecem a liderar os esforços de resistência e ruptura com a Troyka, seduzindo
o PS para que vá a reboque de toda a sua clarividência revolucionária.
O deputado Galamba chantageia
Seguro com o risco de um compromisso assinado com a Direita-que-Governa
representar um suicídio político do PS, mesmo que represente a acalmia dos
mercados, a sustentabilidade do Estado Português a médio prazo e a inserção do
País no reduto escasso dos Países que cumprem escrupulosamente aquilo que
assinam e que, na medida em que cumprem, vêem suavizado o que a todos os
títulos seria intolerável. O Presidente da República optou por um caminho
ínvio, complexo, onde nada é claro, suscitando uma fórmula de negociação da
Maioria com o PS que veio fazer o Pais perder tempo, dar azo à espiral de
recessão em vez de tirar partido da espiral virtuosa que porventura se desenha
nos indicadores recentemente divulgados da produção industrial, do emprego e da
excepcional arrecadação fiscal. Estúpida, a crise política eclodiu e só eclodiu
porque é imperativo ir mais além na brutalidade austeritária em vista da
salvaguarda das condições de pagabilidade da nossa dívida, merda para quem a
fez. Nunca teríamos uma crise política num contexto de frieza e confiança,
diante dos resultados que surgem e de que não interessa falar.
Quinze anos de socialismo não
podem ser esquecidos. Não é honesto que se considere serem estes dois anos,
dois anos perdidos: o colapso é precisamente a zona de onde saímos, após as
restrições de 2011 geradas pelo socratismo e a completa destruição da nossa
credibilidade externa; o investimento público e privado acontece quando há
dinheiro e folga, não quando há um Estado atolado em dívida: queriam que o
investimento viesse de onde?! Milhares de empresas foram à falência por falta
de liquidez de caixa e restrições extremas do sistema bancário: nenhum Governo
decreta a morte de milhares de empresas, a não ser que, por anos de incúria e
governação com os pés, se comprometa de tal modo o Estado que alguém tenha de
pagar em falências e desemprego, cidadãos e tecido produtivo; são a crise e o
contexto europeu que promovem o desinvestimento, as falências e o desemprego;
mesmo despedir parte dos funcionários públicos e intervir nas pensões não é
senão o último recurso para evitar perdas e danos incomparavelmente mais
graves, à vista de qualquer político suficientemente honesto. Evidentemente que
estas políticas nos são impostas porque há uma Troyka, porque há um Memorando e
porque há uma crise bancária europeia larvar, bem como um risco subjacente ao
Euro, mas não haverá democracia nem Euro sem correcções estruturais muito
duras, País a País.
A quem interessa que Portugal
borregue e dê o dito por não dito?! De quem é a mão por detrás dos arbustos
socratina?! Quem é o palhaço socratesiano escondido que engendra e encoraja
toda uma Reviravolta Copernicana de Políticas Anti-Troyka não passíveis de
subscrição pelo PS?! Nem o Bin Laden detonaria com mais competência as torres
gémeas como por duas vezes esse espécimen parece querer detonar com Portugal: a
primeira, endividando o País à força toda, com absoluta avidez comissionista e
dolo no modo e no tempo; a segunda, agora, aparecendo pela sombra, comentando,
condicionando desesperadamente nos bastidores, colocando homens de mão nas
posições negociais ou mediáticas-chave, formatando uma aliança de alienados e
alienígenas à Esquerda que, na melhor das hipóteses, vincule o PS. Duas vezes sacana e incompetente. Duas vezes canalha e
desmesurado. Mil vezes filho da puta, dominando na sombra, com extrema
deslealdade, a política partidário-socialista por um desejo pessoal de vingança
e de sabotagem que arriscam conduzir Portugal ao colapso e à desordem. Dizem
que fugiu uma vez para Paris para viver do dinheiro que roubou, quando exigia
obra e mais obra e mais obra. Talvez tenha de fugir de novo do País que hoje
instiga à miséria e ao conflito. Está na cara. Só não vê quem não quer. E há
imensa tralha ofuscada que não quer ver.
Título e Texto: Joaquim Carlos Rocha Santos, Joshua, no blogue “PALAVROSSAURUS REX”, 16-7-2013
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