Peter Schiff
A despeito dos esquerdistas clamarem pelo
monopólio da justiça e da generosidade, a reação deles ao meu experimento que
parte de um raciocínio muito básico revela que eles tão somente querem dar ao
próximo aquilo que eles puderem roubar dos outros.
Tenha em mente que os comentários provêm de
pessoas que poderiam ser seus vizinhos.
Enquanto a maioria dos
americanos passava os últimos dias celebrando pacificamente o feriado santo
junto com suas famílias, centenas – se não – milhares de pessoas que eu nunca
havia visto na vida ameaçaram-me de agressões físicas, atacaram os membros da
minha família, enviaram ameaças de morte, descreveram as várias doenças com que
eles têm esperança que me aflijam, e me atacaram por conta da minha religião
judaica.
“Eu realmente desprezo você, e
estou enojado por você respirar o mesmo ar que eu respiro”, veio no Facebook de
uma tal de Karen Jordan.
Depois de expressar seus votos
desejando ver minha esposa e eu assassinados, Clayton Fletcher disse, “a
humanidade seria muito melhor sem estes dois gigantescos desperdícios de carne
e ossos humanos respirando o ar da terra.”
“Você é uma pessoa diabólica e
você faz parte daquilo que está errado neste país”, escreveu-me Jeff Kernen de
Eugene, no Oregon.
De Portland, no Oregon, Lydia
Andy Bendorf escreveu: “Espero que você pegue câncer, Aids, 'gang grena', a
praga, e sofra de uma lenta, miserável e solitária morte (sic).”
Allen Bates opinou: “Espero
que você desenvolva uma psoríase no seu (palavrão).”
O blogueiro da Truth Milita
escreveu: “(palavrão) seu velho (palavrão), cale a boca e morra como um bom e
gentil escravo! Esses judeus me deixam tão (palavrão) doente.”
Pois bem, como foi que
desencadeei esta onda de ódio tão desvairada?
Simplesmente publiquei um
vídeo, no qual, em tom cômico desmascarei uma bandeira política muito popular
da esquerda – a exigência que companhias lucrativas como o Walmart paguem
salários mais altos.
Disfarçado como um representante de um grupo nacional de defesa dos trabalhadores, perguntei aos clientes do Walmart se eles aceitariam pagar um aumento de 15% caso esta sobretaxa fosse transferida diretamente para o pagamento de um salário de US$ 15 /hora para todos os empregados do Walmart. Embora o meu apelo por salários maiores tenha recebido apoio amplo, sem nenhuma surpresa, quase ninguém estava disposto a pagar pelo aumento ali mesmo.
Embora este seja precisamente
o requisito indispensável para que um empregado possa ganhar mais.
Apesar do seu tamanho e da sua
onipresença no território americano, a margem bruta do Walmart é sabidamente
pequena (em torno de 3%). Esta cifra corresponde a um retorno sobre o
investimento do acionista num período de 13 anos (fatorando o aumento do preço
da ação e os dividendos ao longo daquele período de tempo). Este lucro modesto
dificilmente poderia ser qualificado como um lucro fenomenal. Mesmo assim, ao
ver uma família de bilionários o sangue da esquerda ferve. A verdade é que o
Walmart cresceu ao ponto de se tornar a maior empresa do ramo varejeiro no
mundo, não por que seus donos lucram muito, mas porque seus clientes pagam
muito pouco. Parte dessa fórmula requer a manutenção dos custos num patamar
baixo. Fora o preço dos produtos, o custo da folha salarial é a maior despesa
da empresa.
Contudo, isso não significa
que o Walmart pague salários de escravos. O fato é que o Walmart recebe 50
candidatos por cada oferta de emprego. Na média, o salário pago pelo Walmart
aos seus trabalhadores é de US$ 10.10 /hora. Um aumento para US$ 15 /hora iria
provocar um aumento de 50% na folha de pagamento anual que orça em US$ 26
bilhões, ou seja, US$ 13 bilhões de acréscimo em um ano. Isto é aproximadamente
80% de todo o lucro operacional da companhia, que é US$ 16 bilhões. Financiar
tais aumentos sacando dos lucros seria devastador para as finanças da companhia
e colocaria ela numa situação de desvantagem competitiva.
Meu experimento mostrou a
auto-aniquilação que o Walmart sofreria se a exigência dos seus trabalhadores
fosse colocada à frente da necessidade dos seus clientes e dos seus acionistas.
A despeito dos esquerdistas clamarem pelo monopólio da justiça e da
generosidade, a reação deles ao meu experimento que parte de um raciocínio
muito básico revela que eles tão somente querem dar ao próximo aquilo que eles
puderem roubar dos outros.
Forçados a questionar os
fundamentos sobre os quais a sua própria visão de mundo está construída, esses
ideólogos, ao contrário, partiram para o ataque, declarando abertamente o seu
desejo de eliminar as pessoas e as ideias contrárias às presunções que eles
abraçam com tanta força.
Com efeito, eles manifestaram
cada uma daquelas características más que os esquerdistas atribuem aos
conservadores do Tea Party. Eles afirmam não terem gostado do meu vídeo, mesmo
assim não acham nem um pouco repugnante a sua própria conduta. (Verifique o que
as pessoas estão escrevendo em meu mural no Facebook caso não esteja
acreditando https://www.facebook.com/PeterSchiff;
faz muito tempo que me envolvo em polêmicas, mesmo assim nunca havia me
deparado com nada similar.)
Tenha em mente que os
comentários provêm de pessoas que poderiam ser seus vizinhos. Eles são
professores “educando nossas crianças” e cidadãos que votam nas eleições. Isto
faz nascer a conjectura se a batalha pela mentalidade de nossa nação já não foi
perdida, e se o seu destino já não está selado de vez.
No que toca ao aspecto
econômico, existem muitas razões pelas quais é uma má ideia forçar companhias
como o Walmart a pagar salários acima do mercado para trabalhos sem
qualificação e que servem de porta de entrada no mundo de trabalho. Uma delas é
que uma alteração como a proposta tornaria ainda mais difícil aos trabalhadores
sem experiência conseguir o seu primeiro emprego através do qual poderão
adquirir a experiência e as habilidades necessárias para ganhar maiores
salários no futuro. Além disso, destruiria o conceito de propriedade privada e
de mercado livre. Contudo, só posso desejar boa sorte na tentativa de mostrar
essas nuances mais delicadas a pessoas que preferem ater-se à ideologia
preponderando sobre tudo o mais.
Do site de Peter Schiff - http://www.schiffradio.com, 30-12-2013
Tradução: Francis Lauer
Mídia Sem Máscara
Do site de Peter Schiff - http://www.schiffradio.com, 30-12-2013
Tradução: Francis Lauer
Mídia Sem Máscara
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