quinta-feira, 15 de maio de 2014

PT está em pânico. A farsa está sendo revelada

Gerhard Erich Boehme
Duas questões fundamentais a serem debatidas daqui até às eleições: uma é esclarecer a todos que votar em branco, nulo ou não comparecer às urnas é o mesmo que dar o voto a quem lidera. Isso significa que o voto será dado a quem estiver em vantagem, mesmo por apenas um único voto. Sem um voto em um candidato significa que você concorda com a maioria. E não podemos esquecer que neste caso as pesquisas são fundamentais, pois uma das principais características do brasileiro é a de se apropriar da vitória alheia, como é o caso do futebol. Ele somente é ganhador se seu time vencer, se seu candidato vencer. Caso contrário perde em tudo. É um fracassado.

É triste escrever isso, mas é a realidade da grande maioria, a mesma que com o retorno do imposto inflacionário será também a mais penalizada. E infelizmente isso ocorrerá, basta entender como a inflação está sendo gerada e quais os seus efeitos. Recomendo neste sentido a leitura do texto do Instituto Ludwig von Mises Brasil “O básico sobre a inflação”:

A outra questão importante é esclarecermos esta farsa do “sucesso” do Lula e da Dilma, na realidade trata-se de um embuste. Esclareço:

Foram três as principais razões do sucesso Lula ocupando o Palácio do Planalto, o que se seguiu também nos dois primeiros anos da Presidenta Dilma Rousseff Linhares ocupando o Palácio do Planalto. Nenhuma delas se deve ao ex-presidente e muito menos ao seu partido, o Partido dos Trabalhadores – PT ou sua sua base afilhada.

A primeira se deve aos efeitos do fim do imposto inflacionário, seguramente o mais cruel dos impostos. Com o Plano Real, herança do Governo de Itamar Franco, que completou o mandato de ex-Presidente Fernando Affonso Collor de Mello, quando de sua renúncia, ante a ameaça de impedimento (impeachment) tivemos de fato o fim da inflação, a qual retornou com toda força no Governo Dilma.

O fim do imposto inflacionário colocou parcela significativa da população brasileira dentro do regime de mercado, quando, como consumidores, passaram a ter a liberdade de realizarem seus gastos realizando o plebiscito diário de escolher livremente o que comprar, de quem comprar e onde comprar, o que conferiu a eles poder de compra e eliminou a ameaça da ação da rotuladora de preços e a necessidade de compra logo após o recebimento do salário. Antes, a grande maioria dos brasileiros tinha que fazer as suas compras assim que recebiam, pois os aumentos eram diários, sem contar que na véspera os aumentos foram os mais significativos.

Além disso a grande maioria dos brasileiros foi inserida também no mercado de crédito, podendo contrair dívidas de médio e longo prazo, com total previsibilidade de pagamentos, o que antes era inviável, já que entre todas as adversidades impostas pela inflação, ou melhor, pelo imposto inflacionário era o consequente achatamento de salários e mesmo o restabelecimento do poder de compra do salário mínimo. Isso levava com grande facilidade o brasileiro para a inadimplência.
O fim do imposto inflacionário aqueceu a economia, já que o cidadão deixou de ter seus recursos apropriados pelo Governo.

Assim tivemos a grande maioria dos brasileiros com capacidade de compra e capacidade de financiamento. Sem contar que também nesta conjuntura o brasileiro passou a ter não apenas referencial de preço, mas também do valor de seu próprio ganho, o que é fundamental, já que mais de 50% dos brasileiros trabalham na informalidade.

Em resumo, sem o imposto inflacionário, a maioria dos brasileiros tiveram de fato ganho. Enriqueceram porque deixaram de ser literalmente roubados pelos políticos em Brasília. Resta ainda que a população acorde para os outros meios, legais, mas imorais que dão resultado a excessiva carga tributária, que retira compulsoriamente mais de 40% do ganho do brasileiro e não retorna a ele em serviços e bens público de qualidade.

As outras duas se referem em grande parte porque a economia brasileira foi favorecida por dois fatores externos poderosos e determinantes: os bancos centrais dos países desenvolvidos baixaram os juros injetando muita liquidez no sistema bancário, em especial depois da crise de 2008 e os preços das nossas commodities de exportação dispararam, melhorando em muito nossos termos de troca com o exterior. A questão das commodities teve forte influência devido ao crescimento chinês, que com médias anuais de crescimento daquele país sempre acima de 8% ao ano e gerou uma melhora da qualidade de vida do chinês fantástica, que retirou da miséria mais de 50 milhões ao ano.

Na medida que os ventos externos deixaram de soprar tão fortemente a nosso favor, tudo ficou bem mais difícil para nossos governantes e cabe indagar se um terceiro mandato de Lula não teria os mesmos resultados medíocres alcançados pelo governo Dilma?

“A essência da liberdade de um indivíduo é a responsabilidade individual, e com ela a oportunidade de divergir e se distanciar das maneiras tradicionais de se pensar e de se fazer as coisas. O planejamento feito por uma autoridade central estabelecida impossibilita todo e qualquer planejamento feito pelos indivíduos, o que retira dele também a liberdade de ação, sua principal contribuição para a geração de renda, emprego e riqueza. Sem a possibilidade de agirmos sem coerção deixamos de ser livres”. (Gerhard Erich Boehme)

Ou estou errado?
Abraços,
Gerhard Erich Boehme

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