sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A covardia no uso dos apelos emocionais contra Israel

Luciano Henrique
 
Só há uma forma honesta de tratarmos questões de guerra: com senso de proporções, um olhar para a realidade e entendendo o que move os participantes dos conflitos sob análise. Sem isso, o que teremos são análises enviesadas, sempre mandando a racionalidade às favas.

É um fato que a análise política dos adversários de Israel já ultrapassou as raias do ridículo, mesmo que qualquer pessoa em sã consciência seja obrigada a reconhecer que de fato há efeitos colaterais indesejáveis no atual conflito entre Israel e o Hamas. A morte de pessoas inocentes, principalmente em cenários onde os terroristas têm a mania de colocar crianças perto de suas bases de lançamentos de mísseis, é uma consequência da defesa contra jihadistas.

Nada disso justifica apelos emocionais baratos e covardes, como aquele feito pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon (foto), que disse anteontem, dia 30, que “nada é mais vergonhoso que matar crianças dormindo”. Desculpem-me sair da seriedade que o assunto requer, mas… e se as crianças estivessem acordadas, teríamos um atenuante moral? É claro que Ban-Ki-moon partiu para a apelação mais barata.

Temos que avaliar a questão sob uma ótica racional: há algum traço de verdade na alegação de que Israel está escolhendo seus alvos (onde existem “crianças”) de forma deliberada? Essa é a questão a ser discutida. Não parece que isso esteja ocorrendo e não há evidência alguma nesse sentido. Dessa forma, todo o chororô contra Israel e “em nome das criancinhas palestinas” não passa do oportunismo mais calhorda que uma mente cínica pode prover.

Alias, se é para apelar à emoção, de forma pífia, difícil arrumar um exemplo mais cristalino do que o do jornalista britânico Chris Guinness, da BBC. Ele, um notório defensor do Hamas, fez o dramalhão abaixo:


É claro que o choro ali é fingido! O pior é que o energúmeno chorou com a mão no rosto. Ninguém merece um circo patético desses.

Quando jornalistas resolvem apelar ao anti-semitismo e deixam de fazer jornalismo, é o momento de começarmos a tratá-los com mais severidade em termos de escrutínio cético. Ou eles têm provas de que Israel tem atacado civis de forma deliberada ou não têm. Ou eles têm provas de que todas as evidências mostrando que o Hamas usa crianças como estudos humanos são falsas ou não têm.

Do lado dos inimigos de Israel, as regras já estão claras: eles deliberadamente resolveram abandonar qualquer forma de debate e partir para a demonização israelense, fazendo uso de “crianças vítimas” para demonizar Israel.

Tudo isso enquanto eles escondem fatos como a mania que o Hamas tem de lançar mísseis contra Israel enquanto existe o cessar-fogo. Mas é claro que gente como Ban-Ki-moon jamais irá denunciar isso, certo?
Título, Imagem e Texto: Luciano Henrique, Ceticismo Político, 01-08-2014

Um comentário:



  1. Assim que a "última trégua" foi acertada... em menos de 2 horas o Hamas atacou Israel e a trégua foi para o espaço. Estas vitimas civis são produto único de responsabilidade do bando terrorista que os colocam como "proteção" aos seus foguetes, armas e milicianos. O bombardeamento israelense tem como alvo os terroristas, mas estes se escondem, covardemente, atrás da barreira humana de civis ali colocados, algumas vezes sob força, para sua proteção... Querem condenar Israel pois então condenem PRIMEIRO os terroristas palestinos, e os próprios palestinos, historicamente recém-chegados aquela região por não terem constituído o seu pais, como Israel o fez, em 1947...

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