Na Europa existe neste momento
uma legislação sobre a blasfémia no que respeita ao islão e outra para as
demais religões. Destas últimas podemos dizer o que nos apetece. No caso do catolicismo
a liberdade não só é total quanto a regra até é inversa: quanto mais se
disser de mal mais se passa por pessoa inteligente.
Quanto ao islão o caso é
completamente diferente. Para lá do silenciozinho nascido do medo das bombas
temos o politicamete correcto a obrigar-nos a fazer três
declarações prévias de admiração pela sabedoria que lhe está subjacente.
Em França que vive enredada na
demanda do Graal da laicidade tudo isto é levado sempre ao extremo e assim
naquele país acaba de ser condenada a uma multa de 3 000 euros a dirigente de
uma associaçao de extrema-direita por ter afirmado: “L’islam est une saloperie (…), c’est un danger pour la France”.
Pode dizer-se que a senhora
está errada e que a pena é de uma hipocrisia extrema quando se vê, lê e ouve o
que se diz em França sobre os judeus ou os americanos sem que daí resulte mais
que admiração e silêncio. Mas também se tem de ver aqui a oportunidade para a
França resolver os seus problemas de tesouraria: se o mesmo critério for agora
aplicado ao que se diz do judaísmo ou dos norte-americanos em França choverão
milhões nos cofres do tesouro francês. Allons enfants de la Patrie. Le
jour de l’argent est arrivé.
Título e Texto: Helena Matos,
Blasfémias,
10-08-2014
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