domingo, 10 de agosto de 2014

A solução para a crise francesa

Helena Matos
Na Europa existe neste momento uma legislação sobre a blasfémia no que respeita ao islão e outra para as demais religões. Destas últimas podemos dizer o que nos apetece. No caso do catolicismo a  liberdade não só é total quanto a regra até é inversa: quanto mais se disser de mal mais se passa por pessoa inteligente.

Quanto ao islão o caso é completamente diferente. Para lá do silenciozinho nascido do medo das bombas temos  o politicamete correcto  a obrigar-nos a fazer três declarações prévias de admiração pela sabedoria que lhe está subjacente.

Em França que vive enredada na demanda do Graal da laicidade tudo isto é levado sempre ao extremo e assim naquele país acaba de ser condenada a uma multa de 3 000 euros a dirigente de uma associaçao de extrema-direita por ter afirmado: “L’islam est une saloperie (…), c’est un danger pour la France”. 

Pode dizer-se que a senhora está errada e que a pena é de uma hipocrisia extrema quando se vê, lê e ouve o que se diz em França sobre os judeus ou os americanos sem que daí resulte mais que admiração e silêncio. Mas também se tem de ver aqui a oportunidade para a França resolver os seus problemas de tesouraria: se o mesmo critério for agora aplicado ao que se diz do judaísmo ou dos norte-americanos em França choverão milhões nos cofres do tesouro francês. Allons enfants de la Patrie. Le jour de l’argent est arrivé.
Título e Texto: Helena Matos, Blasfémias, 10-08-2014

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