MADURO INCITA EMPREGADOS DO SETOR PRIVADO A TOMAREM AS EMPRESAS QUE
FAÇAM O QUE CHAMA DE “GUERRA ECONÔMICA” AO GOVERNO.
Francisco Vianna
Seguindo a lógica socialista,
Maduro põe a culpa do retrocesso econômico no setor privado e que ainda produz
na Venezuela. A agência de noticias espanhola EFE divulgou que o presidente
venezuelano, Nicolás Maduro, no sábado último, incitou os empregados das
empresas privadas do país a tomarem o comando das empresas de seus empresários
quando o governo denunciar que elas estão “fazendo guerra econômica” contra o
regime “com a lei na mão”.
“A empresa que aderir à
‘guerra econômica’ contra o governo de um modo ou de outro, os trabalhadores,
por força da lei especial editada para isso, devem tomar a unidade produtiva e
fazê-la funcionar por si próprios”, disse Maduro durante a instalação do Congresso Nacional dos Trabalhadores
Socialistas. “Contem com o investimento necessário para seguir avançando
nesse sentido”, acrescentou o mandatário.
Nos últimos meses, Maduro et
caterva têm culpado os empresários e a oposição (é claro) de levar adiante uma
“guerra econômica” que se expressa pelo desabastecimento de produtos de consumo
em grande escala, um mercado ilegal paralelo de divisas e de fixação de preços
“de usura” ao consumidor, tudo isso, assegura ele, com o fim de “desestabilizar
o poder executivo” do país.
Para tanto, os empresários
responsabilizam o executivo pela situação com o argumento de que não recebem do
estado as divisas necessárias para produzir ou importar, entre outras
distorções da economia, e que o governo tem acabado com o setor privado
produtivo com as estatizações. “Somos homens de diálogo, mas não vamos tolerar
que continuem com seus planos de sabotagem”, disse Maduro.
Maduro anunciou que os
‘trabalhadores’ contarão com todo o apoio do governo para “recuperar e fazer
funcionar as empresas que a burguesia vier a abandonar”.
Mesmo assim, ele garantiu
estar disposto a avaliar quais são as “defasagens” na economia e fazer os
ajustes que forem necessários, inclusive dar subsídio necessário para tal e
favorecer os venezuelanos.
A Venezuela terminou o ano de
2013 com uma inflação superior a 56 %, com severos problemas de
desabastecimento de produtos de primeira necessidade e um retrocesso econômico
que o executivo atribui em parte a uma “guerra econômica” encabeçada por
empresários em aliança com a oposição para desestabilizar o regime.
Título e Texto: Francisco Vianna, 11-08-2014
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