segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Avança a sovietização na Venezuela

MADURO INCITA EMPREGADOS DO SETOR PRIVADO A TOMAREM AS EMPRESAS QUE FAÇAM O QUE CHAMA DE “GUERRA ECONÔMICA” AO GOVERNO.

Francisco Vianna 
Seguindo a lógica socialista, Maduro põe a culpa do retrocesso econômico no setor privado e que ainda produz na Venezuela. A agência de noticias espanhola EFE divulgou que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no sábado último, incitou os empregados das empresas privadas do país a tomarem o comando das empresas de seus empresários quando o governo denunciar que elas estão “fazendo guerra econômica” contra o regime “com a lei na mão”.

“A empresa que aderir à ‘guerra econômica’ contra o governo de um modo ou de outro, os trabalhadores, por força da lei especial editada para isso, devem tomar a unidade produtiva e fazê-la funcionar por si próprios”, disse Maduro durante a instalação do Congresso Nacional dos Trabalhadores Socialistas. “Contem com o investimento necessário para seguir avançando nesse sentido”, acrescentou o mandatário.

Nos últimos meses, Maduro et caterva têm culpado os empresários e a oposição (é claro) de levar adiante uma “guerra econômica” que se expressa pelo desabastecimento de produtos de consumo em grande escala, um mercado ilegal paralelo de divisas e de fixação de preços “de usura” ao consumidor, tudo isso, assegura ele, com o fim de “desestabilizar o poder executivo” do país.

Para tanto, os empresários responsabilizam o executivo pela situação com o argumento de que não recebem do estado as divisas necessárias para produzir ou importar, entre outras distorções da economia, e que o governo tem acabado com o setor privado produtivo com as estatizações. “Somos homens de diálogo, mas não vamos tolerar que continuem com seus planos de sabotagem”, disse Maduro.

Maduro anunciou que os ‘trabalhadores’ contarão com todo o apoio do governo para “recuperar e fazer funcionar as empresas que a burguesia vier a abandonar”.

Mesmo assim, ele garantiu estar disposto a avaliar quais são as “defasagens” na economia e fazer os ajustes que forem necessários, inclusive dar subsídio necessário para tal e favorecer os venezuelanos.

A Venezuela terminou o ano de 2013 com uma inflação superior a 56 %, com severos problemas de desabastecimento de produtos de primeira necessidade e um retrocesso econômico que o executivo atribui em parte a uma “guerra econômica” encabeçada por empresários em aliança com a oposição para desestabilizar o regime.
Título e Texto: Francisco Vianna, 11-08-2014

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